Um dos grandes trunfos, e porventura o mais explorado, do governo e das confederações patronais tem sido a fraca produtividade dos trabalhadores portugueses. Tem servido como escudo para alterar as leis laborais, tornando o trabalho cada vez mais precário e reduzindo os direitos dos trabalhadores à sua ínfima expressão.
Aquilo que é uma verdadeira luta entre o poder do capital e a força do trabalho, os trabalhadores têm vindo a recuar abdicando de direitos a troco de nada, calando reivindicações com medo de despedimentos e aguardando que os cortes não cheguem aos seus sectores. A estratégia está bem montada e a pressão vai aumentando à medida que sectores, como a função pública, vêm reduzida a sua capacidade de resistência e poder reivindicativo.
Mas quanto à produtividade há que reflectir sobre as razões dos números apresentados. Um dos factores que nunca entra, nem pode entrar, em linha de conta é obviamente a economia paralela que muitos observadores situam na casa dos 30%. Pois bem, entrando com este valor a produtividade aumenta cerca de 2% a 2,5%, e neste caso estamos claramente acima da média dos países da UE. Falar da qualidade das nossas empresas e no investimento tecnológico e de formação, talvez também fosse útil para encontrar algumas explicações, mas isso não é conveniente a quem joga com os números da produtividade para obter vantagem.
Há quem argumente com o número de horas trabalhadas, mas também aqui nem com malabarismos se chega lá.
Pergunta-se então qual o factor que nunca é equacionado nesta problemática da produtividade? A retribuição do trabalho e a motivação que se dá para obter maior produtividade.
Será que é com trabalho precário, com baixos salários e quase sem direitos que vamos melhorar a nossa produtividade? Será que é aumentando grandemente os salários mais altos à medida que se diminuem os salários reais dos mais desfavorecidos, que lá vamos?
Os mesmos relatórios que falam da baixa produtividade nacional demonstram de forma inequívoca, que os países onde a repartição da riqueza é mais equitativa a produtividade é maior e a qualidade tem altos padrões. Será que isso não interessa divulgar e analisar?
Aquilo que é uma verdadeira luta entre o poder do capital e a força do trabalho, os trabalhadores têm vindo a recuar abdicando de direitos a troco de nada, calando reivindicações com medo de despedimentos e aguardando que os cortes não cheguem aos seus sectores. A estratégia está bem montada e a pressão vai aumentando à medida que sectores, como a função pública, vêm reduzida a sua capacidade de resistência e poder reivindicativo.
Mas quanto à produtividade há que reflectir sobre as razões dos números apresentados. Um dos factores que nunca entra, nem pode entrar, em linha de conta é obviamente a economia paralela que muitos observadores situam na casa dos 30%. Pois bem, entrando com este valor a produtividade aumenta cerca de 2% a 2,5%, e neste caso estamos claramente acima da média dos países da UE. Falar da qualidade das nossas empresas e no investimento tecnológico e de formação, talvez também fosse útil para encontrar algumas explicações, mas isso não é conveniente a quem joga com os números da produtividade para obter vantagem.
Há quem argumente com o número de horas trabalhadas, mas também aqui nem com malabarismos se chega lá.
Pergunta-se então qual o factor que nunca é equacionado nesta problemática da produtividade? A retribuição do trabalho e a motivação que se dá para obter maior produtividade.
Será que é com trabalho precário, com baixos salários e quase sem direitos que vamos melhorar a nossa produtividade? Será que é aumentando grandemente os salários mais altos à medida que se diminuem os salários reais dos mais desfavorecidos, que lá vamos?
Os mesmos relatórios que falam da baixa produtividade nacional demonstram de forma inequívoca, que os países onde a repartição da riqueza é mais equitativa a produtividade é maior e a qualidade tem altos padrões. Será que isso não interessa divulgar e analisar?
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5 comentários:
Leio-te sempre com atenção e sobre o post de ontem, as sondagens, vi logo para que serviram ouvindo o Teixeira dos prantos a falar na televisão. Quanto à produtividade, gostei imenso da abordagem, só ficou a faltar o exagerado número de chefias(bem pagas) e os numerosos grupos de trabalho e de estudos (pagos a peso de ouro).
Um país com baixa produtividade mas com uma boa percentagem de Ferraris. Pois é, uma república de bananas.
Os diplomas em engenharia e os MBA's nascem das figueiras? Ganda nóia.
Como é que é? Um gajo do sindicato vem dizer que não há greve na Páscoa, nos museus e nos monumentos porque se estão a guardar para a greve de dia30 de Maio? Esse safardanas falou com quem?
Será que os funcionários dos gabinetes ministeriais, das empresas municipais,dos institutos públicos, também entram para o cálculo da produtividade do trabalhador português?
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