Eu, como muitos outros da minha geração, que começámos a aprender a política em 1968 e nos envolvemos nela em 74, acreditámos em ideais, lutámos por eles tentando cada um à sua maneira e com a sua sensibilidade, criar uma sociedade melhor e mais justa. Os anos passaram, os políticos também, e os ideais começaram a ser esquecidos substituídos pelo que se convencionou chamar, o pragmatismo.
Hoje temos uma classe política mais preocupada com os altos desígnios da s finanças públicas, que se regem por normas internacionais, por conceitos importados do estrangeiro, virados para a macroeconomia e para as regras do mercado, e por último e apenas no discurso, preocupados com o bem estar dos cidadãos do nosso rectângulo. Os políticos são agora quase todos profissionais, forjados nas juventudes partidárias e catapultados para a ribalta mais pela militância do que pela experiência de vida ou por conhecimentos comprovados nas áreas de intervenção.
O divórcio entre esta nova classe política e os cidadãos é ainda maior porque ao eleger-se a economia como prioridade, se criam dependências e cumplicidades com o poder económico, mais interessado com o lucro do que com a justiça social e o bem estar geral das populações.
O resultado é o fecho de escolas, maternidades e urgências com o pretexto da rentabilidade, como a relação custo benefício destes serviços pudesse ser medido do mesmo modo, na cidade ou no interior. O cidadão não é o interesse primeiro dos novos políticos, mas sim a economia. A cidadania é reduzida a números colocados nas colunas do deve e do haver e a política é um mero exercício de contabilidade.
Não acredito em políticos para quem os números são mais importantes que as pessoas, nem nos que prometem uma coisa e depois fazem outra. O meu voto vai continuar a ser em branco, enquanto os políticos não forem capazes de dignificar a política.
Hoje temos uma classe política mais preocupada com os altos desígnios da s finanças públicas, que se regem por normas internacionais, por conceitos importados do estrangeiro, virados para a macroeconomia e para as regras do mercado, e por último e apenas no discurso, preocupados com o bem estar dos cidadãos do nosso rectângulo. Os políticos são agora quase todos profissionais, forjados nas juventudes partidárias e catapultados para a ribalta mais pela militância do que pela experiência de vida ou por conhecimentos comprovados nas áreas de intervenção.
O divórcio entre esta nova classe política e os cidadãos é ainda maior porque ao eleger-se a economia como prioridade, se criam dependências e cumplicidades com o poder económico, mais interessado com o lucro do que com a justiça social e o bem estar geral das populações.
O resultado é o fecho de escolas, maternidades e urgências com o pretexto da rentabilidade, como a relação custo benefício destes serviços pudesse ser medido do mesmo modo, na cidade ou no interior. O cidadão não é o interesse primeiro dos novos políticos, mas sim a economia. A cidadania é reduzida a números colocados nas colunas do deve e do haver e a política é um mero exercício de contabilidade.
Não acredito em políticos para quem os números são mais importantes que as pessoas, nem nos que prometem uma coisa e depois fazem outra. O meu voto vai continuar a ser em branco, enquanto os políticos não forem capazes de dignificar a política.
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A MELHOR DE ONTEM
CARTOON
5 comentários:
Ainda bem que há mais gente que vota em branco como eu
A desilusão é colectiva, não conheço ninguém que admita ter votado PS
Ideologia, só a do dinheiro. Isto é o capitalismo selvagem no seu pior. Política? Não existe, a menos que a obtenção e manutenção de tachos agora tenha esse nome.
Estão na moda esses urinóis?
Não queria ser alarmista, mas penso que irá continuar em branco por muito tempo. Infelizmente...
É que não consigo descortinar uma nova geração de políticos que possa inverter a tendência dominante. Infelizmente...
Abraço.
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