segunda-feira, abril 30, 2007

O PORTUGAL DOS PEQUENINOS

É curioso que um semanário de referência coloque no editorial uma referência ao guia contra a corrupção na Administração Pública, comentando que era bom que todos os funcionários fossem esses santos que os sindicatos propalam. Sinceramente nem sei se hei-de classificar a afirmação como uma tolice se como um insulto aos funcionários públicos.
Se escolhesse a tolice, teria que dizer que os funcionários públicos são os únicos cidadãos que não podem argumentar em sua defesa que desconhecem a Lei, é estranho mas é mesmo assim. Podia acrescentar que já existe o Código do Procedimento Administrativo e outras disposições elaboradas por diversos governos, que já prevêem todas as situações mencionadas no novo manual, e que portanto este é uma redundância, razão porque é criticado, não só pelo conteúdo como pela oportunidade.
Na hipótese de insulto, não vejo como é possível, ou justo, afirmar-se que a corrupção é maior entre os funcionários públicos do que entre todas as outras actividades. A santidade, cá para nós, é pertença de outro departamento que é o da fé.
Gostava de não ficar com a suspeita de que um jornal que leio todas as semanas, embarca numa campanha que visa exclusivamente denegrir a imagem do funcionalismo público, orquestrada pelo governo.

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CARTOON


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Vu

6 comentários:

Anónimo disse...

Se não me engano trata-se do Expresso, que tamb´wm fala no Carmona e no Isaltino... para esses, mesmo que o manual fosse também para autarcas, já chegou tarde.
Bjos

Anónimo disse...

Há jornalistas que proclamam aos sete ventos a sua independência e ao mesmo tempo fazem o frete a quem lhes paga e garante o emprego. Não chega noticiar as suspeitas de corrupção ou aplaudir pífios manuais anti-corrupção. Os resultados práticos são a impunidade de quem prejudica em grande o erário público (o nosso dinheirinho) como no antigamente em que se considerava esta prática como "pequenos desvios". Muito barulho mega-processos, mega-investigações e mega-julgamentos e lá vão eles em paz para casa ameaçando com pedidos de indemnização chorudos pelo incómodo a que foram sujeitos.

José Lopes disse...

Quantas páginas seríam necessárias para um manual contra a corrupção nos altos cargos da Administração Pública Central e Local?
Poupem a floresta, por favor!

Anónimo disse...

O apelo à inveja é o mote da campanha de Sócrates contra os funcionários públicos. Há muito quem embarque...

Laurentina disse...

Gostava de saber se o Socretino no final do mandato vai abdicar da reforma vitalícia e choruda a que tem direito por estar num cargo publico que ele quis ocupar.
Determinados cargos não deveriam ter regalias isso sim é que era democracia -governar um pais para todos os outros deveria ser uma obrigação-passaria a ser mais democrática a coisa .
COMEDORES!!
Zé muito obrigada.
Beijão grande

Anónimo disse...

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