sexta-feira, julho 31, 2015

O MILAGREIRO DE MASSAMÁ

Num dia o desemprego atingia 13,2% dos portugueses, mas o INE, que tinha dado este número veio corrigir os números do mês de Maio, e consequentemente os de Junho, mês em que não se registaram alterações no número de desempregados, para uns miríficos 12,4% que imediatamente foram exibidos como troféu maior do governo.

Não posso dizer que o INE tem muitos incompetentes que não conseguem acertar as previsões, nem sequer ficar perto dos resultados finais, ou que só o fazem quando há mudanças nas carreiras da estatística, como aconteceu agora, prefiro atribuir o facto deste milagre nos números do desemprego à "intervenção abençoada" de S. Passos Coelho.
 

terça-feira, julho 28, 2015

FÉRIAS RADICAIS

Que tal brincar ao surfista louco? Nas férias há que soltar um pouco da nossa "insanidade"...


domingo, julho 19, 2015

FÉRIAS DE VERÃO

O Zé vai gozar umas merecidas férias e as visitas a este espaço serão mais espaçadas e ditadas por alguma folga no programa familiar que tem toda a prioridade nos próximos dias.


CARTOON

O PORTAS ANTES DAS FEIRAS

Paulo Portas já viu que o futuro do seu partido está comprometido caso a coligação de que faz parte perca as próximas eleições, e como é hábito seu, desatou a debitar umas quantas frases sonantes, para "aparecer" nos noticiários, antes de chegar a rota das feiras e mercados...


sexta-feira, julho 17, 2015

AS "VERDADES" DE PASSOS COELHO

Esta semana Passos Coelho teve muito trabalho a tentar dizer que a ideia do fundo de privatizações da Grécia tinha sido uma ideia sua, mas lá surgiu o Donald Tusk, o presidente do Conselho Europeu, a atribuir a ideia ao primeiro-ministro da Holanda.

As coisas não correram bem a nível europeu, mas cá dentro também não. Também esta semana conheceu-se um relatório do Tribunal de Contas que afirmava taxativamente que os descontos dos funcionários públicos para a ADSE eram excessivos, e que o aumento desses descontos em nada beneficiou os quotizados, mas" serviu apenas propósitos de consolidação orçamental das finanças públicas que não são compatíveis com um sistema financiado apenas por fundos privados".

Passos Coelho e os seus ministros vieram desmentir o Tribunal de Contas, que ao que parece, e na óptica deste governo, não acerta uma só, porque o executivo não aceita nunca as suas conclusões...



quarta-feira, julho 15, 2015

POBRE CULTURA



Portugal é um dos países mais antigos do mundo, e consequentemente tem uma História de muitos séculos e uma Cultura própria muito vasta em diversos áreas.

A Cultura em Portugal tem sido desde sempre um parente pobre da política nacional, apesar do seu enorme contributo, directo e indirecto, para o produto interno bruto.

A porção do PIB dedicado à Cultura é simplesmente ridículo, pois nem sequer atinge a miséria de 1%, que nos tem sido prometido como objectivo dos mais diversos quadrantes políticos, mas nem só de verbas vive a Cultura.

Os dirigentes políticos que têm sido responsáveis pela pasta nos últimos anos têm sido bastante maus, mas devo salientar como expoentes máximos da incompetência, ou do supremo desprezo para com a Cultura, Pedro Passos Coelho, que é quem na realidade a tutela, e o actual SEC, Jorge Barreto Xavier, que juntos são responsáveis pela trapalhada do Museu do Chiado, e pela entrega dos monumentos da zona de Belém e Ajuda à gestão privada ainda antes do fim desta legislatura.

Espera-se que quem venha a arcar com as responsabilidades actualmente nas mãos do SEC e da DGPC, saiba fazer mais e melhor do que tem sido feito pelos actuais responsáveis pelo Património de todos nós. 



segunda-feira, julho 13, 2015

O RESGATE EM QUE NINGUÉM ACREDITA



Quando vemos as grandes parangonas noticiosas a dizer que se encontrou uma solução para viabilizar o terceiro resgate à Grécia, e se percebem algumas das exigências feitas, percebe-se que tudo não passa duma mistificação.

Desde cedo se percebeu que a verdadeira intenção da Alemanha e seus vassalos era a de se verem livres da Grécia, mas a partir de certo momento o problema da sua saída começou a ter repercussões mundiais, desestabilizando a economia de outras potências, como a China, os EUA e o Japão, o que se tornou demasiado perigoso.

Com uma crise de grandes proporções nas mãos, podia pensar-se que a Alemanha e seus lacaios mudavam de ideias, mas não foi assim. As negociações continuaram mas tudo se resumiu à intenção de fazer ajoelhar os representantes gregos, impondo condições humilhantes a um povo que se atreveu a enfrentar a hegemonia alemã.

As condições impostas são simplesmente ridículas e não podem ter qualquer sucesso. Quem pode acreditar que a abertura do comércio ao domingo será um factor de crescimento económico, ou que a transferência de fundos gregos para o Luxemburgo, poderão ajudar a economia da Grécia?

Na Grécia as coisas estão prestes a entrar num descontrolo total, porque o governo perdeu a credibilidade, e se tentar implementar as exigências europeias será forçado a demitir-se, e aí as coisas só podem complicar-se ainda mais. Na Europa também teremos um panorama negro, porque a queda da Grécia implicará uma grande turbulência no euro, o que afectará as economias mais débeis, com Portugal bem no centro das atenções dos especuladores…   



quarta-feira, julho 08, 2015

A EMBAIXADA AO PAPA LEÃO X



No ano de 1514, D. Manuel I enviou uma faustosa embaixada ao papa Leão X, pretensamente para homenagear e manifestar a obediência ao sucessor de Pedro.

A rica embaixada era chefiada por Tristão da Cunha, o famoso navegador e combatente dos infiéis, como se dizia, e além da pantera, dos leopardos e de outras curiosidades tão badaladas, existiam outras riquezas num valor estimado entre 300.000 e 500.000 cruzados.

Os intentos do rei português iam muito para além do respeito pelo papa, pois existiam outros objectivos como o benefício da pregação da cruzada, valorizando as motivações espirituais das descobertas para justificar as vantagens económicas e o recrutamento e organização das viagens marítimas.

Saliente-se que Leão X tinha sido duramente criticado por Martinho Lutero por causa do fausto em que vivia, pela venda de indulgências e pela continuação das obras faustosas da basílica de S. Pedro.

Como se percebe este jogo de interesses não é muito diferente do que vemos nos nossos dias…



terça-feira, julho 07, 2015

E AGORA EUROPA?



Li algures uma crónica dum político português do CDS onde ele perguntava "e agora Grécia?". Percebe-se bem que alguém tão à direita e conhecedor da burocracia europeia apresente este tipo de questão, exactamente porque tem uma visão de Democracia diferente da que os gregos e eu temos.

Nuno Melo e os nossos governantes nunca se questionaram sobre se os portugueses deviam ter sido ouvidos quando Portugal entrou para o euro, nem se interrogaram se tinham um mandato para fazer o contrário do que prometeram antes de ser eleitos, ou sobre se deviam ir ainda mais longe do que a troika, na imposição de tanta austeridade.

A estranheza do senhor também deve abranger a actuação da Europa, que também devia ter em conta o sentir dos gregos, povo já muito castigado pela austeridade e que já tem muito pouco a perder, pelo menos na sua grande maioria. Também me apetece deixar uma pergunta para Nuno Melo: onde para a Europa solidária que nos "venderam"?



segunda-feira, julho 06, 2015

HÁ SEMPRE ALGUÉM QUE RESISTE

Os gregos votaram e a vitória no NÃO foi uma resposta clara às ameaças e às chantagens duma Europa nada solidária, e refém do poder económico, cujo braço forte é corporizado pela senhora Merkel e pela senhora Lagarde.

Por cá temos o senhor Coelho, fiel súbdito das duas senhoras, que alinhou sempre pela cartilha dos poderosos, ignorando os interesses nacionais e o sentir do povo que devia representar.

Seja qual for o desfecho desta luta do povo grego, o que é evidente é que quando nada mais há a perder, o povo sabe bem o que deseja, e isso faz tremer quem julga poder amordaçar para sempre a vontade popular. 

sábado, julho 04, 2015

A FALTA DA IDEOLOGIA

Uma das grandes mudanças que se verificaram nos últimos anos foi o abandono das convicções políticas que caracterizavam os partidos políticos, que eram o verdadeiro cimento da sua coesão, na defesa dos povos e dos ideais.

No final do século XX e nos primeiros anos do actual século, é difícil encontrar coerência entre os nomes de muitos partidos e a actuação dos mesmos quando chegam ao poder. O cimento que une grande parte dos partidos que partilham o poder, deixou de ser a ideologia e os princípios, que foram trocados pelo jogo de interesses, de lugares e de tachos, o que fez proliferar uma classe de políticos que se caracterizam pela ambição e pela incompetência.


O resultado desta mudança operada na classe política resultou na desconfiança dos cidadãos nos políticos em geral, e no surgimento de radicalismos que fazem perigar a Democracia.