Quando vemos as grandes
parangonas noticiosas a dizer que se encontrou uma solução para viabilizar o
terceiro resgate à Grécia, e se percebem algumas das exigências feitas,
percebe-se que tudo não passa duma mistificação.
Desde cedo se percebeu que a
verdadeira intenção da Alemanha e seus vassalos era a de se verem livres da
Grécia, mas a partir de certo momento o problema da sua saída começou a ter
repercussões mundiais, desestabilizando a economia de outras potências, como a
China, os EUA e o Japão, o que se tornou demasiado perigoso.
Com uma crise de grandes
proporções nas mãos, podia pensar-se que a Alemanha e seus lacaios mudavam de
ideias, mas não foi assim. As negociações continuaram mas tudo se resumiu à
intenção de fazer ajoelhar os representantes gregos, impondo condições
humilhantes a um povo que se atreveu a enfrentar a hegemonia alemã.
As condições impostas são
simplesmente ridículas e não podem ter qualquer sucesso. Quem pode acreditar
que a abertura do comércio ao domingo será um factor de crescimento económico,
ou que a transferência de fundos gregos para o Luxemburgo, poderão ajudar a
economia da Grécia?
Na Grécia as coisas estão prestes
a entrar num descontrolo total, porque o governo perdeu a credibilidade, e se
tentar implementar as exigências europeias será forçado a demitir-se, e aí as
coisas só podem complicar-se ainda mais. Na Europa também teremos um panorama
negro, porque a queda da Grécia implicará uma grande turbulência no euro, o que
afectará as economias mais débeis, com Portugal bem no centro das atenções dos
especuladores…