quarta-feira, abril 30, 2014

DOCUMENTO DE ESTRATÉGIA ORÇAMENTAL

Com a apresentação do DEO, que acaba por ser o desmentido das promessas dos nossos políticos, fica bem deixar um "boneco" a propósito da ocasião... 

terça-feira, abril 29, 2014

SÓ NOS GOZAM

Aqui os nossos vizinhos espanhóis, cujo país atravessa também uma crise económica, têm tido uma abordagem diferente à dita, recusando-se a seguir à letra a receita que nos tem sido imposta de fora, com a conivência “mansa” dos partidos da maioria.

Apesar do grande número de desempregados e de alguma falta de investimento estrangeiro, a Espanha não atacou da mesma maneira o Estado social, nem desinvestiu no ensino e na saúde como acontece em Portugal.

De qualquer modo, ainda têm humor suficiente para constatar que Portugal segue por estradas secundárias, gozando com o facto da autoestrada do Algarve estar quase às moscas, enquanto a velhinha EN-125 parece ter renascido, tal o tráfego que regista.

A frase que melhor ilustra a opção política do nosso governo é esta: “ de outra maneira – de como Portugal se encolhe, retrocede e como de repente carece dos meios suficientes… para que funcione o seu próprio motor.

Sancho: Com tanta palha, e tanta asneira que se faz por aí, eu diria que o burro é mais recomendável...

segunda-feira, abril 28, 2014

RECOMEÇAR COM MÚSICA

Depois de festejar o 25 de Abril vou começar a nova semana com um trovador e a sua música que sempre gostei de escutar.

sábado, abril 26, 2014

A LEGITIMIDADE SEGUNDO CAVACO

O homem que diz não ser um político e que está na política há mais de 20 anos, nunca me convenceu, nem sequer quando afirmou estar a fazer a rodagem do seu automóvel.

Toda a intervenção cívica é um acto político, e a candidatura a um lugar público é feita com o intuito de servir, foi isto que me ensinaram, mesmo na escola do antigamente.

Fica tudo muito mais claro, para mim, quando leio uma declaração de Cavaco Silva, que disse: ”num regime democrático só há um critério para definir a legitimidade dos governantes – o voto expresso nas urnas. É isso que distingue a democracia de uma ditadura.”

Se para o presidente os votos obtidos nas urnas bastam para legitimar os governantes, é porque tem uma visão muito redutora do assunto, porque a sua actuação e a sua coerência com o que se propôs executar quando se apresentou ao eleitorado, são condições indispensáveis a qualquer eleito.


Percebe-se que Cavaco Silva não tenha valorizado a palavra dos políticos e o cumprimento das suas promessas eleitorais, pois só assim se compreende que ainda não tenha demitido o actual executivo. 

Como disse Mário Soares: Cavaco nunca usou um cravo vermelho na lapela, e eu acrescento, nem escudado numa barreira de cravos consegue ser um entusiasta do 25 de Abril.

sexta-feira, abril 25, 2014

25 DE ABRIL

Porque o 25 de Abril nunca se cumpriu na sua plenitude, aqui fica não só a lembrança do 40º aniversário desta data, mas também uma canção cuja letra também importa recordar.

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quinta-feira, abril 24, 2014

BINGO



Muitos de nós achamos que é quase impossível ouvir uma verdade da boca de Passos Coelho, tal o número de “inverdades” com que ele nos tem brindado, mas tal como acontece com os relógios estragados, que marcam a hora certa duas vezes por dia, também o 1º ministro, por vezes acerta uma.

A afirmação de que «não se deve esfolar um coelho antes de o caçar» é absolutamente verdadeira, e nem levo em conta o que acrescentou, «e eu que estou aqui e sou Coelho, não gostaria de ser caçado…».

É também verdade que foi caçado em coisas que lhe não são favoráveis logo em seguida, porque confessou estar comprometido com a troika em flexibilizar as regras da contratação colectiva, a que chamou «dinamização da contratação colectiva», sem nunca o ter anunciado antes aos portugueses.

Não menos grave foi dizer que se paga hoje menos pelos encargos da dívida do que em 2011, quando os dados mais recentes apontam até para um aumento, no 1º trimestre, dos juros em 19% relativamente aos do ano anterior.

Passos Coelho é frequentemente caçado pela realidade, e será, não esfolado certamente, mas desmascarado mais vezes.


segunda-feira, abril 21, 2014

LEGALIDADE E ILEGALIDADE TANTO FAZ

Veio a público que Paulo Portas e Passos Coelho assinaram com a troika um plano para aliviar o custo das empresas com ilegalidades nos despedimentos.

O governo onde pontuam estes dois senhores acha que o custo para as empresas que fazem despedimentos ilegais deve ser mais leve – menos penalizados – de modo a reduzir a diferença em relação aos despedimentos legais.

Estes dois senhores são os mesmos que dizem, hipocritamente, que o desemprego é uma chaga social e um dos nossos maiores problemas, e que juraram defender a Constituição e as nossas leis.

Qualquer pessoa no seu perfeito juízo sabe que ilegal é o contrário de legal, e que quando se pretende aproximar os dois conceitos contraditórios, só se pode estar a negar a Justiça e o bom senso.


Infelizmente estes senhores são o primeiro ministro e o vice-primeiro ministro deste pobre país. Estamos lixados!... 


sábado, abril 19, 2014

DESEJOS PASCAIS

Acreditem meus caros, este é o Passos porque eu sou da Liga dos Defensores dos Coelhos...

quinta-feira, abril 17, 2014

EXCLUSIVIDADE E DESCRÉDITO

A política e boa parte dos seus actores, que representam os seus partidos e não os cidadãos eleitores, estão completamente desacreditados, mas como o sistema por eles criado os defende, vão ignorando a realidade.

Para boa parte dos eleitores a política e os políticos estão divorciados dos seus problemas e das suas necessidades, defendendo antes interesses a que estão ligados, ou pretendem estar ligados quando largarem a vida pública.

A fidelidade dos deputados aos interesses dos seus partidos e a não exclusividade dos mesmos faz com que as suspeitas dos cidadãos aumentem ainda mais.


É por demais evidente que estas coisas não mudarão por vontade dos partidos maioritários, como se viu pelo chumbo das propostas de exclusividade apresentadas e discutidas na Assembleia da República, mesmo sabendo-se o que o povo pensa disso, por isso a política nacional tem cada vez menos credibilidade…


quarta-feira, abril 16, 2014

A FRASE DA SEMANA



A mesma frase na boca de pessoas diferentes pode ter também significados diferentes. Muitos de nós conhecemos as posições defendidas por Ferraz da Costa, não só como cidadão mas sobretudo como representante do patronato, cargo que ocupou durante vários anos.


Não se pode dizer que Ferraz da Costa seja um esquerdista, nem sequer um entusiasta do 25 de Abril, pelo que a frase que escolhi para esta semana, não deixa de ser curiosa porque saída da sua boca:


«Um destes dias acordamos e temos um partido de extrema-direita».


Confesso que fiquei sem saber se é um simples desejo ou se será uma ameaça, mas também não estou interessado… 



domingo, abril 13, 2014

ROMA ALDRABOU

Não me apetece citar o secretário de Estado que recorreu ao latim para dizer que o chefe falou, logo está falado, porque as coisas não são nada simpáticas e apetece dizer algo muito diferente.

Depois de um «briefing» no Ministério das Finanças que mostrou como o governo anda desnorteado, tivemos governantes a desdizer o foi sendo noticiado falando em manipulação, o que foi sucedido pelo conhecimento dum documento da Comissão Europeia que acaba por confirmar o que tinha sido noticiado na nossa comunicação social.


A conclusão é só uma: Roma mentiu, porque o que disse não era verdade, e a frase que fica é “nada de novo!”. 

sexta-feira, abril 11, 2014

POBREZA

Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.

Mahatma Gandhi

terça-feira, abril 08, 2014

A FRASE

Já que falaram de outra rainha muito gastadora e cuja noção do valor do dinheiro era apenas do tamanho dum "brioche", aqui vos deixo uma frase, menos famosa, é certo, mas não deixa de uma frase duma rainha:

"Quem  quer  Rainhas,  paga-as"

Sabem quem proferiu esta frase? 

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domingo, abril 06, 2014

D. MARIA PIA



Nascida em Turim a 16 de Outubro de 1847, a filha do rei Victor Emanuel II unificador da Itália, viria a ser rainha de Portugal com apenas 15 anos de idade.

Apesar da sua habilidade ajudando o rei D. Luís, usando a sua influência em assuntos de Estado, e da sua dedicação aos filhos, que viria a ser desvalorizada pelo deputado Rodrigues de Freitas, a infidelidade do rei D. Luís manifestou-se abundantemente, em especial no caso com a actriz Rosa Damasceno.

Criada na abundância nunca se interessou verdadeiramente com o que gastava, mesmo quando isso era tema das discussões na opinião pública. As suas posições enquanto mãe, esposa e rainha eram contudo bem firmes, como pôde testemunhar o duque de Saldanha, que foi brindado com a cruel frase: “Se eu fosse Rei, mandava-o fuzilar.”

D. Maria Pia de Saboia passou os últimos dias em Portugal no Palácio de Sintra, de onde saiu para o exílio no seu Piemonte natal, onde viria a falecer a 5 de Julho de 1911. Saliente-se que é o único membro da família real portuguesa, exilada após o 5 de Outubro de 19410, cujo corpo não retornou a Portugal.



quinta-feira, abril 03, 2014

O ENORME CUSTO DA ENERGIA

Portugal atravessa uma crise de enormes proporções que nos está a custar muito caro, e em grande parte ela foi causada por más decisões de vários governos.

No campo da energia os erros são mais do que muitos, desde a privatização da EDP e da REN, passando pela regulação do mercado energético, até ao IVA que pagamos pelo consumo da energia.

O IVA da energia está em 23%, numa altura em que precisamos de produzir mais barato e em que tanto se penaliza o trabalho, o que é absolutamente incompreensível.

Outra perplexidade é a do papel do regulador, porque estamos a falar dum mercado onde a competição não passa de uma piada. Todos nos perguntamos como é que continua a existir um défice tarifário monumental, sabendo-se que apesar de cerca de 80% da energia estar a resultar das energias alternativas, sobretudo da hídrica, os preços não aliviaram relativamente ao ano anterior, pelo contrário.


Se algum governo quisesse dificultar o crescimento do país e ao mesmo tempo gostasse de infernizar a vida dos cidadãos, bastava copiar o que tem sido feito em Portugal.

terça-feira, abril 01, 2014

AS CONTAS DE QUE NÃO SE FALA

Nos últimos anos os impostos sobre os rendimentos do trabalho subiram enormemente, sempre a pretexto da dívida pública, o que não é verdade ou pelo menos não é totalmente verdade.

A dívida pública aumentou cerca de 30% desde o início da crise, pelo que os sacrifícios tidos até agora não foram para a reduzir. Outra coisa de que pouco se fala é da dívida privada que é maior ainda do que a pública.

Quando agora vem a público que nós já financiámos em 6.134 milhões de euros a banca nacional, que até agora só pagou 1.399 milhões, estando o Estado a perder 4.735 milhões, aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto.

Para os menos informados, a estes montantes há ainda a acrescentar outras medidas mais dissimuladas, comuns na União Europeia, de ajudas concedidas aos bancos cujo montante ainda não foi apurado.


A política e a alta finança têm andado de mãos dadas enquanto a maioria dos cidadãos é chamada a fazer sacrifícios para pagar os desvarios de uns e de outros. Parece que o crime compensa neste país desgraçado… 

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