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terça-feira, abril 01, 2014

AS CONTAS DE QUE NÃO SE FALA

Nos últimos anos os impostos sobre os rendimentos do trabalho subiram enormemente, sempre a pretexto da dívida pública, o que não é verdade ou pelo menos não é totalmente verdade.

A dívida pública aumentou cerca de 30% desde o início da crise, pelo que os sacrifícios tidos até agora não foram para a reduzir. Outra coisa de que pouco se fala é da dívida privada que é maior ainda do que a pública.

Quando agora vem a público que nós já financiámos em 6.134 milhões de euros a banca nacional, que até agora só pagou 1.399 milhões, estando o Estado a perder 4.735 milhões, aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto.

Para os menos informados, a estes montantes há ainda a acrescentar outras medidas mais dissimuladas, comuns na União Europeia, de ajudas concedidas aos bancos cujo montante ainda não foi apurado.


A política e a alta finança têm andado de mãos dadas enquanto a maioria dos cidadãos é chamada a fazer sacrifícios para pagar os desvarios de uns e de outros. Parece que o crime compensa neste país desgraçado… 

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quinta-feira, abril 07, 2011

PORTUGAL JÁ PEDIU AJUDA

Eu já tinha dito por aqui que Portugal iria pedir ajuda externa até ao mês de Maio, quando ainda pouco se falava nessa ajuda e quando José Sócrates e Teixeira dos Santos juravam a pés juntos que não era necessário.

A necessidade do recurso à ajuda externa é sempre discutível, mas há condições externas que podem ter grande influência nestas decisões, e elas já se desenhavam há muito com o jogo das agências de rating.

O problema da dívida externa foi sendo abordado de modo errado, sendo que se dizia que era a dívida soberana do Estado que nos estava a empurrar para o fundo, quando na realidade o problema maior era o da dívida dos bancos e das empresas, que era naturalmente mais preocupante para os mercados, como acabou por ser reconhecido por Strauss-Kahn, director do FMI.

Em Portugal e na Irlanda o povo está a ser chamado para resolver não só erros dos políticos que nunca conseguiram prever e evitar a situação que a banca criou e a política acabou por potenciar. As medidas restritivas vão incidir sobre os rendimentos do trabalho, e sobre a segurança social, para que aconteça o resgate da banca e dos grandes devedores, que são precisamente as grandes empresas.

Os irlandeses bem nos avisaram de que o FMI não era a solução para os nossos problemas. Agora a Europa caminha a passos largos para enfrentar maiores tempestades, porque os próximos alvos dos abutres da especulação, são países com maior dimensão e que vão causar maior mossa caso as respostas da União Europeia continuem a ser da natureza das que nos vão ser impostas.


CARTOON




FOTOGRAFIA
By Palaciano