Ainda esta semana se ouviu dizer
que há imprensa que faz uns fretes a alguns interesses, como se tal não fosse
evidente para todos, apesar das juras de imparcialidade que se vão ouvindo.
Certa imprensa vive de notícias
com origem no governo, outras estão mais bem informadas sobre o mundo dos
negócios e outras vivem dos boatos e das colunas das desgraças alheias.
Verdadeiro jornalismo de investigação é cada vez mais raro e não é incentivado
pelos “donos” da nossa imprensa.
Quando um jornal veicula uma
notícia sobre as medidas que o FMI vai propor no próximo mês, e todos o citam
como se fosse uma “caixa” de algum jornalista bem informado, logo surgem muitas
desconfianças, pois a assinatura dele não existe, nem a fonte é identificada.
Lendo com alguma atenção o texto,
e escalpelizando as medidas, logo nos cheira a fonte governamental. O timing, o
único tema abordado e as críticas recentes sobre as informações erradas
fornecidas pelo executivo, são boas pistas para decifrar a origem da
informação.
Os portugueses podem estar
distraídos em Agosto, mas tantas coincidências fazem desconfiar até os mais
crédulos…