Mentindo ao povo, o que nem é
novidade, o governo diz estar a preparar a reforma do Estado, sem um programa
credível que seja conhecido mas com montantes de poupança conhecidos.
A reforma do Estado é uma simples
política de cortes de pensões, salários e de funcionários públicos, o que aos
poucos vai ficando bem claro para todos.
Com os cortes inconstitucionais
das pensões já na Presidência da República e com as propostas de rescisão já no
correio, mesmo antes da entrada em vigor da nova Lei Geral do trabalho em
Funções Públicas, o governo vai colocando as cartas na mesa.
Passos Coelho conta com a
possibilidade de ver estas medidas aprovadas pelo Tribunal Constitucional,
cujos juízes ficam por agora fora dos cortes, mas isso é uma faca de dois
gumes, porque a haver essa aprovação todos dirão que a decisão é o resultado
dessa medida de excepção, e aí o descrédito dos governantes alastra até aos
magistrados do TC, o que é um rastilho que nada poderá apagar.
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3 comentários:
A reforma das tesouras.
Bjos da Sílvia
A reforma do estado por cá sempre termina em pizza...
Como o estado precisa que muito do trabalho hoje feito por funcionários públicos continue a ser feito. Há setores que não pode mesmo prescindir deles e não são só os homens dos tribunais, das pistolas e das metralhadores; parece-me que o objetivo é criar espaço para proliferarem por aí muitas empresas privadas que prestem todo e género de serviços ao estado. É claro que vai sair tudo muito mais caro, embora esses trabalhadores sejam muito mal pagos. Mas alguém vai ganhar muito dinheiro com esses negócios. Já temos muitos exemplos de trabalhos que antes eram feitos por trabalhadores do Estado e que agora são negócio de empresas privadas: construção e manutenção de estradas de de muitas pontes, limpezas em todos os serviços públicos e nas ruas, recolha de lixos, cantinas, porteiros (hoje chamados de seguranças), todo o género de serviços auxiliares, jardineiros, transporte e entregas de correio, telefonistas,.... acho que já chega! Isto era assim mesmo antes da chamada democracia, no antigo regime.
Zé da Burra o Alentejano
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