sábado, março 30, 2013

CARTOONS DA PÁSCOA

Numa altura em que quase todos os portugueses estão no último furo dos cintos, ou até já sem cinto para apertar, há que tomar uma atitude para garantir um pouco de dignidade, e isso só acontecerá com o fim destas políticas que, está provado, só pioram a situação do povo e do país. Vamos exigir a demissão deste governo e o fim das suas políticas.
Houve quem tivesse ansiado por uma maioria e um presidente da mesma côr, e agora que isso é uma realidade, torcem a orelha e não sai nada...

Um mistério para muitos, mas em Portugal conhecemos um Coelho que também produz muita coisa estranha, que ofende a inteligência do povo.

sexta-feira, março 29, 2013

PASSADO E IRRESPONSABILIDADE



Não assisti à entrevista de José Sócrates, e penso que não perdi nada com isso, porque a acreditar no que diz a crítica, não acrescentou nada ao que já se sabia,

Depois de hora e meia de entrevista e de um dia de reacções, o evidente saltou à vista de todos: a culpa nunca é de quem fala, mas sim dos outros, o que os outros fizeram é que foi mais prejudicial para o país, e quem fala nunca errou, ao contrário dos outros.

Visto existir esta impunidade, esta falta de vergonha imensa, e da grande capacidade de manipular dados e de convencer os incautos, não admira que cada vez mais cidadãos conscientes desprezem tanto a classe política que está ou passou pelos mais altos cargos decisórios da nação.

Como será o futuro do país com esta gente irresponsável e virada para o passado? Brilhante não será, de certeza… 


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Música e Zurros

quarta-feira, março 27, 2013

POESIA



Já Foste Rico e Forte e Soberano

Já foste rico e forte e soberano,
Já deste leis a mundos e nações,
Heróico Portugal, que o gram Camões
Cantou, como o não pôde um ser humano!

Zombando do furor do mar insano,
Os teus nautas, em fracos galeões,
Descobriram longínquas regiões,
Perdidas na amplidão do vasto oceano.

Hoje vejo-te triste e abatido,
E quem sabe se choras, ou então,
Relembras com saudade o tempo ido?

Mas a queda fatal não temas, não.
Porque o teu povo, outrora tão temido,
Ainda tem ardor no coração.


Saúl Dias


CARTOON
A Bicicleta by Nikola-Hendrickx

segunda-feira, março 25, 2013

MÁ DISPOSIÇÃO

 Desiludido com a política no meu país, e com os políticos que tão mal têm comandado os nossos destinos, hoje apenas me apetece deixar aqui este pensamento bem a propósito.

"Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta."

Albert Einstein

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Pintura
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Música

sábado, março 23, 2013

TIRO AO ALVO



Um governo que pretende fazer crer que está a fazer uma reforma da Função Pública, tornando em alvos de rescisão os funcionários das categorias mais baixas dos funcionários, é simplesmente ridículo, para não dizer estúpido.

Os confessados alvos da dita reestruturação são os assistentes operacionais (antigos operários), e os assistentes administrativos. Convém esclarecer que nestas carreiras estão pedreiros, carpinteiros, mecânicos, calceteiros, telefonistas, auxiliares de acção educativa, administrativos ou vigilantes de museu, entre outros.

Quando ouvi Passos Coelho dizer que estas rescisões podiam ser uma oportunidade para os abrangidos, e que estes eram os que tinham menores habilitações, percebi que o ideal dele devi ser ter naquelas funções doutores e engenheiros, ainda que essas habilitações em nada os qualificassem para as funções.

Eu sei que há muito quem odeie quem trabalha na Função Pública, mas mesmo esses terão imensa dificuldade em responder à simples pergunta: quem irá desempenhar no futuro essas funções, e quanto é que isso custará ao erário público? A resposta a esta pergunta devia ser conhecida por todos, antes deste programa de rescisões, mas isso seria pedir muito a um governo de incompetentes.


quinta-feira, março 21, 2013

RAFAEL BORDALO PINHEIRO

No 167º aniversário do nascimento de Rafael Bordalo Pinheiro na da mais natural lembrar os seus "bonecos" e uma frase, que não sendo sua, aconpanhou uma das publicações em que ele participou.

“A República, em verdade, feita primeiro pelos partidos constitucionais dissidentes, e refeita depois pelos partidos jacobinos, que tendo vivido fora do poder e do seu maquinismo, a tomam como uma carreira, seria em Portugal uma balbúrdia sanguinolenta.”
Eça de Queiroz, 1880


O Zé Povinho cavalgado pelos políticos e rei D. Luís do regime monárquico constitucional.
Des. de Rafael Bordalo Pinheiro, semanário O António Maria, 9-09.1880.

quarta-feira, março 20, 2013

MERCEEIROS E GULOSOS



Já falei por aqui do país de merceeiros que temos, porque são os únicos com negócio garantido, não só pela posição dominante que têm da distribuição e do retalho, mas também porque as pessoas precisam de comer para sobreviverem.

Um dos nossos grandes merceeiros decidiu mudar a sede dos seus negócios para a Holanda, para pagar menos impostos, e agora o outro vem dizer que a mão-de-obra barata é útil como base para a economia.

Não são só os dois merceeiros, a quem os sucessivos governos permitiram montes de grandes superfícies com horários alargados e abertura aos sábados, domingos e feriados, que me incomodam, também me incomodam, um banqueiro que acha que o povo aguenta fazer mais sacrifícios, um primeiro-ministro que acha que o desemprego pode ser uma boa oportunidade e um ministro das Finanças que não acerta uma única previsão.

Haja quem me explique que raio de caminho é este que o país está a seguir, e para onde nos conduzem estes personagens, se não para um buraco sem fundo…



segunda-feira, março 18, 2013

PORTUGUESES DE SACO CHEIO

Já não somos só eu e os meus amigos que estamos cheios de raiva à conta das partidas que Passos Coelho e seus muchachos nos andam a pregar.


Hoje estive numa repartição de finanças, e clientes e funcionários trocavam palavras pouco abonatórias em relação a este executivo. Uns queixavam-se dos valores apurados pelas Finanças para o imobiliário ser tributado pelo IMI, alguns de maior idade perguntavam porque é que tinham de preencher e entregar a declaração de IRS com pensões de miséria, e um funcionário lamentava a sua sorte pois temia ir brevemente para a rua, como já aconteceu com outros colegas nas mesmas condições contratuais.


As coisas em 2013 vão agravar-se, quer devido a despedimentos, que agora se chamam rescisões de mútuo acordo, com cortes salariais a que chamam racionalização de meios, e com mais desemprego, que será cada vez mais desprotegido.


Portugal está à deriva, a Europa é uma desunião completa, tutelada por uma Alemanha que mais uma vez pretende levar o mundo até às portas de mais uma guerra. A pergunta com que me despeço é: quando for público que Portugal é incapaz de pagar a sua dívida, o que é que acontecerá ao dinheiro dos portugueses, que estã depositados em bancos nacinais? Seremos o próximo Chipre?



domingo, março 17, 2013

O PAÍS VAI DE CARRINHO

O país ouviu o ministro das Finanças anunciar os resultados referentes ao défice de 2012, e para além dos falhanços das suas previsões, houve uma coisa que faltou, que foi o pedido de desculpas e a resignação de quem não conseguiu acertar em nada e conseguiu deixar o país ainda em pior situação do que aquela em que o encontrou.

quinta-feira, março 14, 2013

O MAIOR CEGO…



Há uma máxima bem conhecida que diz que “não há maior cego do que aquele que não quer ver”, e infelizmente não só é verdade, como também há muita gente que não quer ver.

Vem o ditado a propósito das declarações do ministro alemão, que perante a recessão que atinge a Europa, ainda vem com a frase de que “não há motivos para temer uma depressão”, sustentando que contas públicas sustentáveis são amigas do crescimento e do emprego.

Schaüble disse isto durante uma conferência de imprensa em Berlim para assinalar o Dia da Alemanha, mas quase toda a Europa está a ter dificuldades no campo do desemprego e do crescimento, a que não são alheios os esforços demasiado pesados para controlar o défice em curto espaço de tempo.

O ministro alemão até pode estar a ter em linha de conta os interesses alemães, mas há países como Portugal onde a situação decorrente desta linha que tem vindo a ser imposta, já atingiu os limites do que é suportável. Talvez fosse melhor, e mais avisado, levar a sério o que disse Jean-Claude Junker que é mais realista: “Corremos o risco de assistir a uma revolta social”.