É confrangedor ouvir da boca de
dirigentes políticos e sobretudo de economistas, que o aumento do salário
mínimo nacional (SMN), numa situação de depressão económica, iria contribuir
para um aumento do desemprego.
O nosso país tem muitas empresas
que produzem para o mercado interno, para não falar dos serviços que são em
número muito elevado, e tem um tecido exportador demasiado fraco, pelo que com
um abrandamento brutal do consumo, como o que temos, condena grande parte das
empresas à falência.
Outro disparate imenso é trazer a
terreiro a experiência de países como a Alemanha, Dinamarca, Finlândia ou
Suécia, para alegar que discutir o SMN é demagógico. Não sei se discutir o
facto de pelo menos 10% dos portugueses com emprego estão em risco de pobreza
por ganharem apenas 485 euros brutos é demagogia? Ou então trazer à conversa o
facto de metade dos 17% dos portugueses desempregados já não receberem o
subsídio também é demagogia.
Não seria necessário estar a
discutir o SMN se ter um emprego fosse garantia de viver com dignidade, e se a
Segurança Social estivesse presente quando a praga do desemprego atinge que
quer trabalhar.
Curiosamente nos países que não têm definido um SMN, o Estado
está presente nas situações de carência, e a sua dimensão não incomoda os seus
cidadãos.
O crescimento só é possível com
um Estado com menor dimensão? Então porque é que falam da Alemanha, da
Dinamarca, da Finlândia e da Suécia a propósito do salário mínimo nacional?
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Humor muito liberal
A Selva by Peter De Seve
4 comentários:
Só ataca o salário mínimo quem nunca teve de sobreviver com tão pouco.
Bjos da Sílvia
Falam desses países quando lhes convém atirar ainda mais areia para os olhos das pessoas.
É suficientemente claro que, quanto menor é o poder de compra ,aiores são as dificuldades de muitas empresas sobreviverem, tanto mais que elas vivem, na sua maioria, do consumo nacional e não das exportações.
Um abraço.
Falam desses países quando lhes convém atirar ainda mais areia para os olhos das pessoas.
É suficientemente claro que, quanto menor é o poder de compra ,aiores são as dificuldades de muitas empresas sobreviverem, tanto mais que elas vivem, na sua maioria, do consumo nacional e não das exportações.
Um abraço.
Agora é que vai ser!
Com o papa chico ao leme dos destinos do mundo!...
Forte abraço!
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