Mostrar mensagens com a etiqueta Merceeiros. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Merceeiros. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, março 20, 2013

MERCEEIROS E GULOSOS



Já falei por aqui do país de merceeiros que temos, porque são os únicos com negócio garantido, não só pela posição dominante que têm da distribuição e do retalho, mas também porque as pessoas precisam de comer para sobreviverem.

Um dos nossos grandes merceeiros decidiu mudar a sede dos seus negócios para a Holanda, para pagar menos impostos, e agora o outro vem dizer que a mão-de-obra barata é útil como base para a economia.

Não são só os dois merceeiros, a quem os sucessivos governos permitiram montes de grandes superfícies com horários alargados e abertura aos sábados, domingos e feriados, que me incomodam, também me incomodam, um banqueiro que acha que o povo aguenta fazer mais sacrifícios, um primeiro-ministro que acha que o desemprego pode ser uma boa oportunidade e um ministro das Finanças que não acerta uma única previsão.

Haja quem me explique que raio de caminho é este que o país está a seguir, e para onde nos conduzem estes personagens, se não para um buraco sem fundo…



terça-feira, março 05, 2013

O PODER DOS GRANDES MERCEEIROS



Portugal revela-se um paraíso para os grandes merceeiros, como se constata pelo facto de os dois maiores merceeiros da nossa praça, terem enriquecido 742 milhões em 2012, um ano em que a maioria dos cidadãos deste pobre país viu as suas finanças encolherem brutalmente.

Nada tenho contra os grandes merceeiros, considerando apenas a actividade que é necessária, mas tenho grandes objecções quanto ao domínio do mercado da distribuição, quanto ao tipo de contratações praticadas pelos dois players, e quanto às isenções que os dois grupos conseguem nas contribuições ao Estado.

Com a contracção dos salários e com o aumento brutal do desemprego, é sempre bom saber-se quem ainda lucra nestas situações… 


CARTOONS

quinta-feira, dezembro 30, 2010

A ILÓGICA DA MATEMÁTICA

Já afirmei aqui por diversas vezes a minha dificuldade em entender os economistas e fiscalistas, especialmente quando eles tentam explicar a justiça de medidas de contenção, dos aumentos, ou até dos impostos. Para eles é tudo uma questão de números, percentagens e progressividade, completamente abstracta.

Hoje ouvi umas explicações disparatadas sobre a justeza das taxas moderadoras na saúde, que vão ser pagas por todos os que tenham um rendimento superior a 485 euros mensais. Para os governantes e para o economista que falava, trata-se de um acto de moralização no sistema, porque só haverá justiça se todos, a partir de um patamar, contribuírem.

Os mesmos economistas defendem aumentos salariais usando percentagens, e sempre acharam isso da mais elementar justiça. Sobre os impostos, em particular sobre o IVA, defendem-no com unhas e dentes, mesmo quando sobe como agora acontece, por ser universal, mesmo não sendo progressivo, mas porque tem taxas diferenciadas consoante o tipo de bens e serviços em causa.

Os senhores, e senhoras, economistas e fiscalistas nunca mencionam o ponto de partida da questão sobre a qual se pronunciam sobre a sua justiça, que é sempre o rendimento mensal de cada um. A realidade fica para além da abstracção matemática, mas bastava colocar números no papel para facilmente provar que os cursos que tiraram, ou caíram no esquecimento, ou então terão sido tirados em alguma universidade manhosa. Não me esqueci da possibilidade de estarem a fazer um favor aos interesses que lhes pagam, porque isso podia ofender a sua dignidade pessoal, e ainda apanhava com algum processo!

Por último deixo aqui um conselho grátis para essas sumidades, que é o de tirarem um estágio grátis na mercearia do senhor Manuel, aqui pertinho, para aprenderem umas continhas de merceeiro, que lhes iriam abrir novos horizontes.



FOTOGRAFIA
By Ben Goossens

CARTOON
Ainda te hei-de meter juizo nessa tola