As notícias segundo as quais os ministros da Economia e das Finanças teriam a sua segurança reforçada não causam qualquer admiração, ainda que não creia que tenham recebido qualquer ameaça expressa.
Durante estes últimos meses, mais precisamente desde que este executivo tomou posse, quase todos os cidadãos têm sido ameaçados com a possibilidade de cair no desemprego, de verem diminuídas as suas remunerações, de terem cortes em salários e pensões, de perderem o direito a diversas prestações sociais, de serem despejados, deverem os seus bens penhorados, etc.
Sempre com a desculpa da crise e das imposições da troika, tem sido um fartar de vilanagem, sem qualquer respeito pelos direitos das pessoas e sem um mínimo de bom senso. Esta escalada sem freio ultrapassou já tudo o que seria razoável e suportável, pelo que são cada vez mais as pessoas que já pouco ou nada têm a perder.
O senhor ministro Álvaro e o senhor ministro Vítor Gaspar podem ser talvez os que mais são identificados com todos estes cortes, mas o povo sabe bem que há mais responsáveis, tanto no governo como fora dele. Cavaco Silva terá já percebido que também não está isento de responsabilidades, e que o descontentamento também o atinge.
A situação começa a ser difícil para toda a gente, e o descontentamento ainda mais difícil de controlar. As autoridades de segurança já o perceberam, parece que só os políticos é que ainda não perceberam que há por aí muita raiva reprimida, e que isso é muito perigoso.
3 comentários:
Cada vez temos menos razões para ter medo, Zé. Quando começar vai ser difícil de controlar...
Bjos da Sílvia
Não será por acaso que ao mesmo tempo que se cancelam as admissões na função pública em geral se tenham admitido mais uns milhares de entradas na PSP e na GNR em particular e, pasme-se, também mais 4000 para as forças armadas ao mesmo tempo que se insinua que são insustentáveis. Nós temos medo de não ter pão para a boca, eles têm cu!
Um abraço sem medo
Só espremem :s
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