Já nos vamos habituando a conviver com indivíduos que têm uma aversão visceral a funcionários públicos, vá-se lá saber porquê, mas que aproveitam todo e qualquer motivo para deitar as culpas aos servidores públicos.
Esta obsessão é típica de pessoas de direita, mais ou menos declarada, que preferem ser considerados conservadores moderados. Podia aqui dar-vos mais exemplos mas fico-me por dois personagens que todos conhecem: Miguel Sousa Tavares e João César das Neves.
Em regra gente desta não singra na política, não sei bem porquê, mas gravita em seu redor ainda que alardeando uma independência que julgam que lhes fica bem. Quanto à sua doentia aversão aos funcionários públicos e aos serviços públicos, que dizem dever ser reduzidos ao mínimo, esbarra sempre no facto de serem os países europeus onde o Estado tem maior peso, precisamente aqueles onde a qualidade de vida é melhor, e onde as desigualdades são menores.
Nada os faz demover do preconceito que nutrem, mas podiam ao menos não dizer ou escrever barbaridades, como dizer que de 2008 a 2011 os funcionários públicos e pensionistas estiveram incólumes aos sacrifícios, porque é uma rematada mentira, senhor César das Neves.
Também lhe fica mal identificar o acordo de dia 18 com o espírito de Abril, porque ele é a sua antítese, por desequilibrar completamente as relações entre o capital e o trabalho, saindo o 1º beneficiado e o segundo diminuído.
Mesmo admitindo e respeitando a diferença de opiniões, que é um princípio democrático, acho que há que se ser intelectualmente honesto para não misturar alhos com bugalhos, como o fez JCN no seu artigo de opinião no DN de 6 de Fevereiro.
4 comentários:
Escolheste dois tipos simplesmente detestáveis que eu deixei simplesmente de ler a bem da minha psique.
Bjos da Silvia
Esse JCN também anda num pasquim gratuito matinal. Mais um tachista do sistema.
Saudações!
O chefe do conselho
anda tresmalhado
Com um PM, como o que nos calhou, admiramo-nos com escribas como estes?
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