RETRATO DO PAÍS

Ao ler que o “suicídio causa duas vezes mais mortes que acidentes na estrada”, lembro-me logo da afirmação de Passos Coelho, que disse que Portugal ia cumprir o programa de assistência económica “custe o que custar”.

Um 1º ministro que mostra esta insensibilidade, num país que já está na linha da frente em todos os indicadores negativos, como seja o do desemprego e o das desigualdades, merece todas as críticas.

Na fotografia fica também visível o aumento “colossal” dos transportes públicos que ficam em muitos casos mais caros que noutros países europeus bem mais ricos do que nós. Fala-se em privatizações e poucos serão hoje os portugueses que não tenham já percebido que isso é significado de mais aumentos dentro momentos.

Também ressalta do boneco a notícia de que vários bancos desistiram de recuperar as dívidas de Joe Berardo. Eu enquanto simples cidadão já teria penhoras às costas e um corte no salário, em favor dos bancos credores, certamente com dívidas de uma grandeza muito menor.

As manchas são notórias na consciência social dos governantes, no mau trabalho da Justiça e na lógica do capital, que em conjunto me causam náuseas logo pela manhã.