Com a decisão de não realizar o referendo ao Tratado de Lisboa, tanto o PS como o PSD prestaram um péssimo serviço à Democracia. Podem estes dois partidos aduzir os argumentos que quiserem para justificar a atitude, que nunca poderão apagar da memória dos portugueses as promessas que fizeram na campanha eleitoral anterior.
Ficou registada a preocupação com o exemplo dado aos outros países da União Europeia, que é perfeitamente descabelada considerando que são todos Estados independentes, portanto soberanos para decidirem o seu futuro, e o argumento de se tratar de um tratado diferente do que se propuseram referendar, o que ainda é mais caricato porque todos sabemos que na essência é igual, tendo sido apenas expurgado de alguns aspectos formais de pormenor. Não me esqueci também da legitimidade invocada para a ratificação parlamentar, que também tropeça no facto de este parlamento ter resultado do voto popular quando confrontado com os programas partidários, onde constava precisamente o compromisso do referendo.
O anúncio feito agora pelo governo, dizendo que está «empenhado» na promoção de um amplo debate sobre o tratado, não só no parlamento como junto da sociedade civil, é não só completamente inútil quando a sua ratificação já não depende da opinião pública, mas tão só da vontade partidária que até pode utilizar a disciplina de voto para a ratificação, como dá a sensação de ser uma manobra de diversão, tendente a desviar as atenções dos cidadãos de outros assuntos que estão ou estarão na ordem do dia.
Foram bastantes os políticos que se referiram à complexidade do tratado e à dificuldade em realizar um referendo sobre o assunto, mas acreditem que os portugueses sabem quando estão a ser “embarrilados”.
A sarjeta e a políticaFicou registada a preocupação com o exemplo dado aos outros países da União Europeia, que é perfeitamente descabelada considerando que são todos Estados independentes, portanto soberanos para decidirem o seu futuro, e o argumento de se tratar de um tratado diferente do que se propuseram referendar, o que ainda é mais caricato porque todos sabemos que na essência é igual, tendo sido apenas expurgado de alguns aspectos formais de pormenor. Não me esqueci também da legitimidade invocada para a ratificação parlamentar, que também tropeça no facto de este parlamento ter resultado do voto popular quando confrontado com os programas partidários, onde constava precisamente o compromisso do referendo.
O anúncio feito agora pelo governo, dizendo que está «empenhado» na promoção de um amplo debate sobre o tratado, não só no parlamento como junto da sociedade civil, é não só completamente inútil quando a sua ratificação já não depende da opinião pública, mas tão só da vontade partidária que até pode utilizar a disciplina de voto para a ratificação, como dá a sensação de ser uma manobra de diversão, tendente a desviar as atenções dos cidadãos de outros assuntos que estão ou estarão na ordem do dia.
Foram bastantes os políticos que se referiram à complexidade do tratado e à dificuldade em realizar um referendo sobre o assunto, mas acreditem que os portugueses sabem quando estão a ser “embarrilados”.
*** * ***
FOTOGRAFIA
10 comentários:
sempre muito oportuno
Saudações amigas
Os políticos querem lá saber das promessas que fazem. Nós é que temos que lhes avivar a memória não votando neles.Voto branco, amigo. Branquinho. Quando os votos brancos forem muitos quero ver os meninos com o cu ao pé das calças.
Pode não ter nada a ver com o assunto aqui tratado, mas porque a cultura é um “bem” importantíssimo a defender, convido-vos a participarem nos VI Jogos Florais de Avis, que já são uma referência no panorama cultural português. Sendo uma iniciativa da Amigos do Concelho de Aviz-Associação Cultural, o regulamento está disponível em www.aca.com.sapo.pt
Concorram e boa sorte.
Saudações culturais.
P’la ACA,
Fernando Máximo!
Para quê o debate, para debater o que está decidido ?
Enfim. Tentam remediar o mal feito.
meu carozé, espero que os putativos votantes nas próximas legislativas não só se lembrem que agora, e uma vez mais, foram embarretados como o têm sido desde que este desgoverno tomou posse.
Claro que o "amplo debate" na sociedade civil é uma manobra de diversão e um GOZO pegado, já nem sendo sequer manobra demagógica. É mesmo GOZAR com a populaça!
Um abraço.
Acho que mais uma vez, o Goraz com o seu cartoon, diz tudo sobre a política e os políticos portugueses! Para além disso a máxima do futebolês, que diz que o que hoje é verdade amanhã é mentira, aplica-se aqui lindamente!
Aquele abraço infernal!
Hum...mas o meu caro amigo não entende que esses assuntos não são para ser discutidos com o povão???
Houve uma época em que o anti-federalismo podia ter singrado, mas ninguém ligou...agora aguentem-se!
Bom fim de semana!
Eles andam é a gozar connosco.
Tratado diferente em quê?
Falta de palavra e falta de ética, em toda a linha é o que é.
Mas que eles são assim não é novidade, importa é não ter memória curta aquando das próximas eleições.As imagens estão um mimo como sempre.
Há um prémio para si lá nas páginas amigo Zé.Tenha um bom fim-de-semana.
Um abraço
Quer dizer, o tratato é complicado para ser referendado mas já não é complicado para ser discutido!
Das duas uma, ou eles estão convencidos que somos todos uns tansos e perderam o respeito por nós, ou eles sabem que nós percebemos que nos estão a enganar e perderam o respeito por nós!
Nós já perdemos o respeito por eles: são de facto uns filhos da puta!
Enviar um comentário