Recebi por correio electrónico uma mensagem amável de um amigo, que lamentava a situação de fecho das ruínas de S. Cucufate, mas que considerava o tema inoportuno exactamente por referir o roteiro de Cavaco Silva pelo Património, ensombrando assim esta iniciativa e prejudicando o impacto que a mesma teria na comunicação social e portanto na opinião pública. Lamento ter de afirmar que não concordo mesmo nada com essa ideia, porque o estado de abandono a que está votado o nosso Património deve ser divulgado, a par do que eventualmente esteja a ser bem feito, que é bem pouco.
Recordo as palavras proferidas pelo presidente da República em Coimbra “Portugal só será um país verdadeiramente moderno se for um país com memória”. A preservação, o estudo, a divulgação e a fruição destes espaços que constituem o nosso Património são um imperativo nacional, não porque o presidente assim o diz, mas porque fazem parte da nossa identidade e da nossa história enquanto povo.
Certamente que os responsáveis pela Cultura neste país estão a mostrar o que já foi feito, e o que têm intenção de vir a fazer no futuro, mas é óbvio que não vão querer dizer o que não fizeram, e muito menos o que estão a fazer mal.
A política de recursos humanos, e já só falo do pessoal indispensável à manutenção e abertura dos serviços, como é o caso de S. Cucufate, é um perfeito desastre, para não dizer que até roça a ilegalidade, pois tem sido baseada na contratação de pessoal ao abrigo de um protocolo de mercado social de emprego com o IEFP, para o desempenho de funções que são de necessidade permanente dos serviços. Veja-se que com a alteração deste tipo de contratos, agora até nem se pode contratar ninguém em situação semelhante, devido à inexistência de pessoal do quadro. O Ministério da Cultura não conhece a legislação, para cometer um erro desta natureza? Isso é inadmissível e só pode ter acontecido por absoluta incompetência dos serviços.
É precisamente na altura em que o mais alto responsável da nação dedica uns dias à Cultura, que se torna oportuno denunciar este tipo de situações, para que os responsáveis do sector tomem as medidas necessárias para resolver este problema, até porque não é desejável que tenhamos de falar novamente no problema dentro de uns meses, quando o mesmo problema se vier a colocar com outros serviços também na alçada do Ministério da Cultura.
A crítica pode ser construtiva nesta ocasião, até porque a solução deste problema vai para além do Ministério da Cultura, pois a quem tem a palavra final é o todo-poderoso Ministério das Finanças, como todos bem sabemos.
Recordo as palavras proferidas pelo presidente da República em Coimbra “Portugal só será um país verdadeiramente moderno se for um país com memória”. A preservação, o estudo, a divulgação e a fruição destes espaços que constituem o nosso Património são um imperativo nacional, não porque o presidente assim o diz, mas porque fazem parte da nossa identidade e da nossa história enquanto povo.
Certamente que os responsáveis pela Cultura neste país estão a mostrar o que já foi feito, e o que têm intenção de vir a fazer no futuro, mas é óbvio que não vão querer dizer o que não fizeram, e muito menos o que estão a fazer mal.
A política de recursos humanos, e já só falo do pessoal indispensável à manutenção e abertura dos serviços, como é o caso de S. Cucufate, é um perfeito desastre, para não dizer que até roça a ilegalidade, pois tem sido baseada na contratação de pessoal ao abrigo de um protocolo de mercado social de emprego com o IEFP, para o desempenho de funções que são de necessidade permanente dos serviços. Veja-se que com a alteração deste tipo de contratos, agora até nem se pode contratar ninguém em situação semelhante, devido à inexistência de pessoal do quadro. O Ministério da Cultura não conhece a legislação, para cometer um erro desta natureza? Isso é inadmissível e só pode ter acontecido por absoluta incompetência dos serviços.
É precisamente na altura em que o mais alto responsável da nação dedica uns dias à Cultura, que se torna oportuno denunciar este tipo de situações, para que os responsáveis do sector tomem as medidas necessárias para resolver este problema, até porque não é desejável que tenhamos de falar novamente no problema dentro de uns meses, quando o mesmo problema se vier a colocar com outros serviços também na alçada do Ministério da Cultura.
A crítica pode ser construtiva nesta ocasião, até porque a solução deste problema vai para além do Ministério da Cultura, pois a quem tem a palavra final é o todo-poderoso Ministério das Finanças, como todos bem sabemos.
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FOTOS - REFLEXOS
12 comentários:
So venho informar que há um album exclusivo de flores no ouro cru.
Se quiser, elaas o esperam!
Fique bem.
Devia ser mostrado o estado degradado do património para ver se alguem de direito o acode, e nãosó os lados positivos, mas e principalmente o negativo para se corrigir
Saudações amigas
Cultura e educação não são do interesse dos políticos. O povo deve saber o mínimo possível para não ser incómodo.
Lol
Plenamente de acordo que se divulgue o que de mau por aí existe. A ver se esses exemplos passam a ombrear com alguns exemplos de bom funcionamento, boa recuperação ou bons investimentos na área.
Olá querido amigo Zé, como sempre linda postagem no seu conjunto.
Adoro visitar-te.
Beijinhos de carinho e amizade.
Fernandinha
Não só considero oportuno como corajoso e premente falar destas realidades e justamente nesta altura.
as palavras do Presidente da República são muito bonitas mas carecem de práticas condizentes por parte do executivo.
Quem passear por Espanha, por qualquer região espanhola, logo aí poderá verificar, sem ter de ir à "Europa Civilizada", a diferença entre os que cuida, do seu património e aqueles que o vêem como ruínas sem préstimo nem lugar na História.
É com a denúncia de situações tristes no que ao património diz respeito que se vê quem quer bem ao país. O resto são floreados.
Um abraço.
Cultura não enche os bolsos dos governantes. Logo não tem interesse.
As fotos são um espectáculo e os cartoons também.
Um abraço
Ainda não tive a oportunidade, de dissecar na totalidade o seu blog mas acho-o bem interessante.Vou ler com atenção o roteiro presidencial e apontar o dedo à falta da ida às prisões.
Obrigado por ter estado no "Sidadania" e pelo seu comentário.Links e tudo o mais que dê a conhecer o blog e a causa da SIDA são mais que bem vindos,portanto eu é que agradeço a sua boa vontade.A SIDA pode bater à porta de todos sem data nem hora marcada.Alertar, Informar, Prevenir e desmistificar a doença cabe a todos os que estão solidãrios connosco.Um abraço
Cavaco não joga com cultura. Mais alto responsável da nação ou um dos maiores responsáveis pelo estado da nação?!
pois o problema as vezes é a falta de coragem para divulgar as ilegalidades que o próprio estado faz, e percebe-se bem porque,
felizmente ainda vai havendo uns bons exemplos de recuperação de património mas ainda é uma gota no oceano, espero que não o deixa desmoronar como estão a deixar o país
Zé Povinho, meu amigo,
não conheço Cucufate
mas miséria que me farte
quero ver o bom não consigo.
Zé Povinho, meu amigo
vamos todos ao roteiro
a ver quem chega primeiro
a mostrar o seu castigo
que é viver em Portugal
neste país recessado
que é tão mal governado
e começa a cheirar mal.
Estou 100% de acordo consigo amigo Zé. Quando as coisas estão mal ou não funcionam é que importa denunciá-las, para que a situação se possa vir a alterar.Importa saber como recuperar e preservar todo o nosso património histórico e cultural pois um povo que não protege esse seu legado é um povo sem identidade e sem memória.
Um abraço
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