O Orçamento de Estado para o próximo ano recebeu votos contra de toda a oposição, como aliás se esperava, e votos a favor apenas dos deputados do PS.
A certa altura ainda se falou em votos contra, ou abstenções dos deputados eleitos pela Madeira, mas após algumas reuniões, e sobretudo depois de ter sido comunicado pelo PS, que ía ser imposta a disciplina de voto na matéria em questão, ficou alguma expectativa sobre o desfecho da votação.
Desilusão, a partidocracia vingou uma vez mais.
Os deputados, que é suposto representarem os seus eleitores, submetem-se à disciplina partidária, e mandam às urtigas os interesses de quem os elegeu.
Democrático é apenas o plebiscito onde se apresentam os partidos, numa farsa eleitoral, em que os eleitos imediatamente esquecem a confiança neles depositada pelos cidadãos, para se vincularem à voz do chefe, que passa a decidir por eles, invocando a “disciplina de voto”.
As declarações de voto no final da aprovação do OE, são mais um episódio patético da comédia montada e do cinismo político com que nos brindam os partidos políticos.
Concluo recordando que as críticas trocadas entre todos os partidos, sobre se os partidos são “donos” ou não dos mandatos, afinal estão a cair sobre os telhados de vidro de todos eles, e mesmo assim, nenhum toma a iniciativa de propor uma regra que garanta a independência dos deputados em relação às direcções partidárias, em todas as matérias, proibindo terminantemente aquilo que chamam (indevidamente) de “disciplina de voto”.
A certa altura ainda se falou em votos contra, ou abstenções dos deputados eleitos pela Madeira, mas após algumas reuniões, e sobretudo depois de ter sido comunicado pelo PS, que ía ser imposta a disciplina de voto na matéria em questão, ficou alguma expectativa sobre o desfecho da votação.
Desilusão, a partidocracia vingou uma vez mais.
Os deputados, que é suposto representarem os seus eleitores, submetem-se à disciplina partidária, e mandam às urtigas os interesses de quem os elegeu.
Democrático é apenas o plebiscito onde se apresentam os partidos, numa farsa eleitoral, em que os eleitos imediatamente esquecem a confiança neles depositada pelos cidadãos, para se vincularem à voz do chefe, que passa a decidir por eles, invocando a “disciplina de voto”.
As declarações de voto no final da aprovação do OE, são mais um episódio patético da comédia montada e do cinismo político com que nos brindam os partidos políticos.
Concluo recordando que as críticas trocadas entre todos os partidos, sobre se os partidos são “donos” ou não dos mandatos, afinal estão a cair sobre os telhados de vidro de todos eles, e mesmo assim, nenhum toma a iniciativa de propor uma regra que garanta a independência dos deputados em relação às direcções partidárias, em todas as matérias, proibindo terminantemente aquilo que chamam (indevidamente) de “disciplina de voto”.
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11 comentários:
Vim cá cedinho, mas não tinhas novidades, à segunda vejo que resolveste bater nos que acham que não, mas acenam que sim. Obediência ao chefe, o que é suposto só acontecer em ditaduras, quando falamos dos que se dizem nosso representantes.
O Goraz deu com força na(ir)responsabilidade das juntas médicas.
Bjos
típica coerência portuguesa, como é que alguém pode ser capaz de aprovar algo que lhe é completamente abjecto?
Procura-se a coluna vertebral do Sr. Manuel Alegre.
È uma maneira de disfarçar e de chamar a atenção... ó para mim que sou tão rebelde...
Disciplina de voto: não há liberdade de voto: não há democracia: não há democracia na Assembleia da Repúplica: não há regime democrático: há ditadura.
...miséria politicos que temos :-(
Grande cartoon do Goraz ;-)
Bjs
"O respeitinho é muito lindo". Cobardolas.
Vou Linkar o "zepovinho" no classepolitica se não te importas.
abraço,ruy
Eu quase sempre estou de acordo contigo mas, neste caso, acho que não. Os partidos têm programas e linhas de actuação que devem ser discutidas em reuniões internas. Depois penso que deve subsistir a tal disciplina. É apenas uma opinião.
Adorei, adorei, adorei a figura do fulano todo enfaixado e que tem que ir à Junta Médica como se estivesse com saúde. Gosto de todos os cartoons mas este é demais!
"Os deputados, que é suposto representarem os seus eleitores, submetem-se à disciplina partidária, e mandam às urtigas os interesses de quem os elegeu."
A não esquecer!
E consegues fazer-me rir com coisas sérias porque as acompanhas com imagens perfeitas.
Beijinhos
Cara Silênci Culpado
Respeito todas as opiniões, mesmo aquelas que discordam de mim. Antes de me pronunciar sobre o assunto, tive o cuidado de ler a Constituição e a lei eleitoral, e em lado nenhum encontrei qualquer sustentação para a dita disciplina de voto. Como acho que os deputados são os nossos eleitos (ainda que nenhum tenha merecido o meu voto), a sua única vínculação efectiva é com o eleitorado.
Para simplificar, para não os chamar de hipócritas, podiam ocultar as suas divergência ou reticências, ou se as manifestam, têm de ser consequentes e votar em consciência e de acordo co as suas convicções. Ainda que mal comparado é como nos casamentos, ou falam agora, ou calam-se para todo o sempre.
Nada, nem sequer o estatuto dos deputados prevê a obediência cega às determinações do chefe. A democracia começa em casa, e os partidos têm, como eu, de admitir opiniões discordantes.
Peço desculpa por utilizar este espaço dos meus leitores para renovar a mesma opinião que tive no post.
Abraço do Zé, para todos, mesmo que eu não os tenha convencido.
Como se verifica, no PS é só fumaça, coerência nada
Depois tem o truque da declaração de voto, só para não perderem a face
Bom fim de semana
Saudações amigas
Perante uma grande sacanice que está a ser feita sobre alguns professores que não recebem vencimento,têm horários d e12 horas ou estão a recibos verdes sugere-se que todos os blogues publiquem a notícia que está no http://cegueiralusa.blogspot.com
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