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sexta-feira, maio 26, 2017
segunda-feira, maio 05, 2008
DEMOCRACIA, MAS DAS PIORES
Embora não constitua uma surpresa para muitos, que seguem com atenção a política nacional, as conclusões do estudo da Demos, segundo a qual a Democracia portuguesa é das piores da Europa, devia deixar os nossos políticos envergonhados.
A partidocracia dominante em Portugal é mais formal do que real, e na prática a participação cívica não tem espaço nem poder para escrutinar e intervir na área política, onde os partidos não permitem intromissões.
Mesmo nas relações familiares a nossa atitude tem pouco de democrática, nas decisões tão simples como a escolha das férias.
Porque não é novidade nenhuma, nos primeiros lugares deste estudo lá surgem os países nórdicos. A qualidade das Democracias esbate-se à medida que se desce no mapa europeu.
O estudo não o revela, mas a qualidade da Democracia é directamente proporcional ao nível de vida e de protecção social, bem como de respeito pelas obrigações sociais e fiscais dos cidadãos. Curiosamente isto já era verdade na década de 60 do século passado, mas sempre me recordo de ouvir dizer que não podemos importar o modelo dos países nórdicos, vá-se lá saber porque carga de água, ou em defesa de que interesses.
A partidocracia dominante em Portugal é mais formal do que real, e na prática a participação cívica não tem espaço nem poder para escrutinar e intervir na área política, onde os partidos não permitem intromissões.
Mesmo nas relações familiares a nossa atitude tem pouco de democrática, nas decisões tão simples como a escolha das férias.
Porque não é novidade nenhuma, nos primeiros lugares deste estudo lá surgem os países nórdicos. A qualidade das Democracias esbate-se à medida que se desce no mapa europeu.
O estudo não o revela, mas a qualidade da Democracia é directamente proporcional ao nível de vida e de protecção social, bem como de respeito pelas obrigações sociais e fiscais dos cidadãos. Curiosamente isto já era verdade na década de 60 do século passado, mas sempre me recordo de ouvir dizer que não podemos importar o modelo dos países nórdicos, vá-se lá saber porque carga de água, ou em defesa de que interesses.

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FOTOGRAFIA
sexta-feira, novembro 09, 2007
DECLARAR O … NIM
O Orçamento de Estado para o próximo ano recebeu votos contra de toda a oposição, como aliás se esperava, e votos a favor apenas dos deputados do PS.
A certa altura ainda se falou em votos contra, ou abstenções dos deputados eleitos pela Madeira, mas após algumas reuniões, e sobretudo depois de ter sido comunicado pelo PS, que ía ser imposta a disciplina de voto na matéria em questão, ficou alguma expectativa sobre o desfecho da votação.
Desilusão, a partidocracia vingou uma vez mais.
Os deputados, que é suposto representarem os seus eleitores, submetem-se à disciplina partidária, e mandam às urtigas os interesses de quem os elegeu.
Democrático é apenas o plebiscito onde se apresentam os partidos, numa farsa eleitoral, em que os eleitos imediatamente esquecem a confiança neles depositada pelos cidadãos, para se vincularem à voz do chefe, que passa a decidir por eles, invocando a “disciplina de voto”.
As declarações de voto no final da aprovação do OE, são mais um episódio patético da comédia montada e do cinismo político com que nos brindam os partidos políticos.
Concluo recordando que as críticas trocadas entre todos os partidos, sobre se os partidos são “donos” ou não dos mandatos, afinal estão a cair sobre os telhados de vidro de todos eles, e mesmo assim, nenhum toma a iniciativa de propor uma regra que garanta a independência dos deputados em relação às direcções partidárias, em todas as matérias, proibindo terminantemente aquilo que chamam (indevidamente) de “disciplina de voto”.
A certa altura ainda se falou em votos contra, ou abstenções dos deputados eleitos pela Madeira, mas após algumas reuniões, e sobretudo depois de ter sido comunicado pelo PS, que ía ser imposta a disciplina de voto na matéria em questão, ficou alguma expectativa sobre o desfecho da votação.
Desilusão, a partidocracia vingou uma vez mais.
Os deputados, que é suposto representarem os seus eleitores, submetem-se à disciplina partidária, e mandam às urtigas os interesses de quem os elegeu.
Democrático é apenas o plebiscito onde se apresentam os partidos, numa farsa eleitoral, em que os eleitos imediatamente esquecem a confiança neles depositada pelos cidadãos, para se vincularem à voz do chefe, que passa a decidir por eles, invocando a “disciplina de voto”.
As declarações de voto no final da aprovação do OE, são mais um episódio patético da comédia montada e do cinismo político com que nos brindam os partidos políticos.
Concluo recordando que as críticas trocadas entre todos os partidos, sobre se os partidos são “donos” ou não dos mandatos, afinal estão a cair sobre os telhados de vidro de todos eles, e mesmo assim, nenhum toma a iniciativa de propor uma regra que garanta a independência dos deputados em relação às direcções partidárias, em todas as matérias, proibindo terminantemente aquilo que chamam (indevidamente) de “disciplina de voto”.
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