Costumo receber todos os anos a proposta de Orçamento de Estado e é com curiosidade, apenas isso, que leio o texto em diagonal e tiro notas sobre os números atribuídos a cada ministério, e os comparo com as previsões de execução do ano anterior. Não sou economista, nem pouco mais ou menos, mas não resisto ao exercício de comparar as verbas de um e de outro ano.
O ministério de Manuel Pinho recebe mais 23,6%, sendo que só o IAPMEI sobe a sua despesa em 85%, para distribuir pelos agentes económicos, claro.
O Ambiente também vê atribuídos 613,5 milhões, 9,5% de aumento, calcule-se que prioritariamente para recuperação urbana (?).
A Cultura sobe 9,2%, continuando a significar 0,1% do total, recebendo 245,5 milhões.
O Ensino Superior recebe 2.508 milhões, mais 8,9%, a Defesa 2.114 milhões, a Saúde 8.640 milhões, e a Presidência do Conselho de Ministros 309,3 milhões, mais 19% do que previsto para este ano.
Estes números provocam algumas questões, como saber se um aumento de 1% para a Saúde é compatível com um aumento de 4,9% para a Agricultura que até teve uma cura de emagrecimento de cerca de 1.000 funcionários, o aumento do Ministério de Trabalho e Segurança Social com um aumento de 7,4%, ou as Finanças com mais 6,1% e a Educação com menos de 0,1%.
É preocupante que os sectores como a Saúde, a Educação, o Trabalho e Segurança Social, e a Cultura, apresentem orçamentos tão baixos, o que indicia que nestes sectores os cortes vão ser muito sentidos tanto no investimento como no pessoal. Não auguro nada de bom para 2008, nem estou a ver como é que a contestação possa diminuir, já que são funções que o Estado deve assegurar e com qualidade, o que não me parece ser possível com as verbas constantes da proposta de orçamento já conhecidas.
O ministério de Manuel Pinho recebe mais 23,6%, sendo que só o IAPMEI sobe a sua despesa em 85%, para distribuir pelos agentes económicos, claro.
O Ambiente também vê atribuídos 613,5 milhões, 9,5% de aumento, calcule-se que prioritariamente para recuperação urbana (?).
A Cultura sobe 9,2%, continuando a significar 0,1% do total, recebendo 245,5 milhões.
O Ensino Superior recebe 2.508 milhões, mais 8,9%, a Defesa 2.114 milhões, a Saúde 8.640 milhões, e a Presidência do Conselho de Ministros 309,3 milhões, mais 19% do que previsto para este ano.
Estes números provocam algumas questões, como saber se um aumento de 1% para a Saúde é compatível com um aumento de 4,9% para a Agricultura que até teve uma cura de emagrecimento de cerca de 1.000 funcionários, o aumento do Ministério de Trabalho e Segurança Social com um aumento de 7,4%, ou as Finanças com mais 6,1% e a Educação com menos de 0,1%.
É preocupante que os sectores como a Saúde, a Educação, o Trabalho e Segurança Social, e a Cultura, apresentem orçamentos tão baixos, o que indicia que nestes sectores os cortes vão ser muito sentidos tanto no investimento como no pessoal. Não auguro nada de bom para 2008, nem estou a ver como é que a contestação possa diminuir, já que são funções que o Estado deve assegurar e com qualidade, o que não me parece ser possível com as verbas constantes da proposta de orçamento já conhecidas.
*** * ***
PROVOCAÇÃO DE UM AMIGO
*** * ***
O planeta terra é a nossa casa. Se gostas de ter a tua casa limpa e arrumada, faz o mesmo fora dela. O futuro depende de ti.
O teu exemplo faz toda a diferença. Respeita o ambiente.
*** * ***
AMIGOS - Estou a descansar dedicando por isso menos tempo a esta actividade, mas vou ouvindo as notícias, leio uns livros que estavam a ganhar pó nas estantes e vou certamente visitar uns quantos lugares onde não ponho os pés há muito tempo, ou que não tive ainda a oportunidade de ver. Refiro-me a jardins e a museus e monumentos que têm o condão de me atrair sempre que surge uma ocasião. Para variar, à segunda-feira vou ao cinema, ainda não tendo decidido o que quero ver, mas isso é uma decisão para tomar perto da hora de almoço.
*** * ***
FOTOGRAFIA
10 comentários:
Quem pode alegrar-se com uma situação destas. Quem pode alegrar-se com um país em que os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres? Quem pode alegrar-se com a frieza e indiferença com que se atiram os números independentemente de corresponderem a pessoas que sofrem? É preciso ser-se muito cego ou muito egoísta para poder alegrar-se. Fazes-nos falta Zé. Sempre.
Eu sabia que não resistias muito tempo sem um post, e vim logo quando resolves falar dos números que mostram que as funções sociais do Estado são as que menores aumentos vão ter.
Ru julgava que o partido do governo era socialista, mas parece que me enganei.
Cumps
Sempre atento e com uma presença actante vejo-te a falar de números e de orçamento e das incongruências entre o discurso e a prática. No lazer acertei como era previsível, os interesses são os mesmos...
Bjos
Esperamos já, depois de tão frio orçamento, um orçamento mais festivo que virá para 2009, entretanto vamos ser espremidos em 2008.
«É preocupante que os sectores como a Saúde, a Educação, o Trabalho e Segurança Social, e a Cultura, apresentem orçamentos tão baixos»
Não é preocupante. É escandaloso!
São os pilares da construção de qq futuro! Só neste país miserável, é que isto acontece :-(
De férias hein?..Bom descanso! ;-)
Bjs
Mais um dado a revelear as orientações que presidem ao Orçamento e que ilustram o que se pretende para o País é dado hoje à estampa no "Público".
O tão proplado reconhecimento do mérito aos funcionários públicos dedicados e exemplares (e também os há, seria bom que se começasse a dizer isto) através de prémios e quejandos, tem menos verba orçamentada do que aquilo que foi apregoado. Por contraparida o reforço na consultadoria e aquisição de pareceres e estudos externos passa acima dos 60%. Fico esclarecido.
Um pouco mais do mesmo com que temos sido brindados nos últimos anos, já nem devia ser admiração. Apoios para o capital e sacrifícios para o trabalho. Viva o xuxalismo!
Lol
É o baralhar e dar de novo, a táctica do alfaiate, corta de um lado, estica do outro e para o ano volte de novo para novos arranjos!
Já tenho pouca pachorra para analisar os Orçamentos de Estado, até porque a seguir a eles vem sempre um suplementar para emendar as asneiras, ou pelo menos tentar!
Aquele abraço infernal!
Boa , boa eu costumo ir ao cinema ao forum à segunda feira ...a ver se nos encontramos alguma vez.
Beijão grande
Meu caro:
O orçamento é uma coisa tão banal e corriqueira. Há sempre quem esteja de um lado e do outro...
Agora um Prémio nobel para Portugal não é todos os dias!...
Veja o meu último post!!!
É para um grande banco nacional (com ramificações no estrangeiro).
Enviar um comentário