Ontem fiquei a saber que George W. Bush vetou uma lei apoiada por democratas e republicanos no Congresso dos EUA, que estendia a cobertura da assistência médica a milhões de crianças carenciadas e sem seguro de saúde.
O governante do país que mais armamento produz em todo o mundo, e simultaneamente o que mais exporta, está a inquietar até os seus próprios apoiantes com este veto. A razão deste veto prende-se, segundo Bush, com os seus elevados custos.
As críticas já soaram de todos os quadrantes, acusando o presidente de “veto desumano” e de “distanciamento do povo americano”.
Lá, como cá, o pretexto para os cortes no sector da saúde é o dos custos. Por cá caminha-se cada vez mais para um sistema idêntico ao dos EUA, onde apenas os seguros de saúde garantirão um atendimento de qualidade e em tempo útil, ministrado num sector cada vez mais privatizado e baseado no lucro, complementado por alguns, poucos, estabelecimentos públicos que actuarão essencialmente numa base assistencial, quase caritativa, com todas as carências próprias deste tipo de actividade.
Não pretendo ser pessimista, mas sim realista, pois tudo aponta neste sentido apesar do que possa ser o discurso do senhor ministro C. de Campos. Podemos vir a gastar rios de dinheiro com a OTA ou com o TGV, para depois ser entregue à exploração de privados e com ajudas de verbas compensatórias garantidas por uma eternidade, como no caso da Lusoponte, mas a saúde, essa teremos que a pagar através de seguros ou em dinheiro, se a ela quisermos ter acesso quando precisamos.
O governante do país que mais armamento produz em todo o mundo, e simultaneamente o que mais exporta, está a inquietar até os seus próprios apoiantes com este veto. A razão deste veto prende-se, segundo Bush, com os seus elevados custos.
As críticas já soaram de todos os quadrantes, acusando o presidente de “veto desumano” e de “distanciamento do povo americano”.
Lá, como cá, o pretexto para os cortes no sector da saúde é o dos custos. Por cá caminha-se cada vez mais para um sistema idêntico ao dos EUA, onde apenas os seguros de saúde garantirão um atendimento de qualidade e em tempo útil, ministrado num sector cada vez mais privatizado e baseado no lucro, complementado por alguns, poucos, estabelecimentos públicos que actuarão essencialmente numa base assistencial, quase caritativa, com todas as carências próprias deste tipo de actividade.
Não pretendo ser pessimista, mas sim realista, pois tudo aponta neste sentido apesar do que possa ser o discurso do senhor ministro C. de Campos. Podemos vir a gastar rios de dinheiro com a OTA ou com o TGV, para depois ser entregue à exploração de privados e com ajudas de verbas compensatórias garantidas por uma eternidade, como no caso da Lusoponte, mas a saúde, essa teremos que a pagar através de seguros ou em dinheiro, se a ela quisermos ter acesso quando precisamos.
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7 comentários:
a questão é simples, meu caro Zé, matar crianças no iraq ou nos eua, é tudo uma questão de vocação...sanguinária!
abraço
Povo? Povo? Consta que ouvindo esta palavra, Bush terá dito (com licença que eu vou reproduzir): What the fuck is that?
Meu caro Zé,
Então o dinheiro não faz falta para as armas? E as armas não fazem falta para mais umas guerras?E como é que eles estão à frente no negócio das mesmas. Elementar meu caro.
Eles querem lá saber! Eles só precisam de carne para canhão, enquanto houver.
Um abraço
Grandes seguradoras, hospitais privados e construtores civis pois claro! Quem quer saber dos pobres ou das crianças se o Deus dinheiro é que conta?
Afinal o socialismo português quer dizer simplesmente - capitalismo selvagem e retrógrado, elegendo Bush como seu guru.
Lol
Eu também ontem vi lá um "estadista" americano que era contra os seguros de saude obrigatórios, porque segundo ele nunca teve um e está ali em boa saude, veio a saber-se de seguida que o pia desse sr. era tão pobre que tinha uma colecção de bengalas que valia um milhão de dólares.
Por cá o que precisamos é de grandes obras, então se outros governos as fizeram porque é que estes "socialistas" não as podem fazer, no final o povo será chamado para bater palmas e comer um feijoada em cima da ponte, na pista do aeroporto ou no meio da linha do TGV, não se fala com a boca cheia.
A propósito de saúde e de esperança de vida, estive a fazer uma pesquisa e fiquei com dados interessantes que mostram que o facto de dizerem que a esperança de vida aumentou se deve quase só à diminuição da taxa de mortalidade infantil, porque se não entrarmos em linha de conta com esses números, que não são irrelevantes, a esperança de vida estabilizou na última década do século XX e desde então mostra, ainda que com variação ténue que está a regredir. Será curioso cruzar estes dados com os de outros países europeus. Já comecei a reunir dados de França e até agora os números parecem confirmar a minha teoria.
Bjos
E mais, temos que pagar para sermos muito saudáveis com o fim de trabalhar bem para lhes encher mais os bolsos!
MARAVILHA!
um abraço, Zé.
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