A propósito de um estudo, parece que encomendado pelo Instituto Nacional de Administração à Universidade Católica, o senhor ministro das Finanças concluiu brilhantemente, que “os cidadãos querem mais e melhor e que se gaste menos”.
Pelo que ouvi na rádio, foram inquiridas 300 pessoas das duas maiores cidades do país e 50 dirigentes da Administração Pública, pelo que se estranha muito a representatividade do mesmo, e mais ainda que dele se tirem algumas conclusões.
A propósito da afirmação de Teixeira dos Santos, pergunto se os portugueses fossem questionados sobre se “achavam que podiam produzir mais e melhor por menos dinheiro”, teria uma resposta que fosse do seu agrado.
Um estudo destes, ainda que coordenado por Roberto Carneiro, não deixa margem para dúvidas que é da conveniência do governo, quer pela oportunidade quer pelas conclusões, mesmo partindo de premissas bastante duvidosas. Como é que se pode admitir a comparação do desempenho entre o sector público e o privado, quando não há termo de comparação na maioria das funções? Porque carga de água o Ministério das Finanças aparece como um bom exemplo, quando é o mais odiado pelos contribuintes e dos que mais tempo demora a resolver as reclamações dos contribuintes? Será que os auscultados gostam tanto assim da celeridade das cobranças, que nem se importam com a morosidade nas reclamações?
Outro dado muito curioso deste estudo, foi a revelação do senhor ministro das Finanças de que há melhorias na função pública, dando como exemplo o rejuvenescimento dos funcionários. Curioso, porque a idade média dos funcionários tem aumentado a olhos vistos, e as admissões têm estado praticamente congeladas, à excepção do seu próprio ministério.
Eu concluo com um dito popular – querem galinha gorda por pouco dinheiro?
Pelo que ouvi na rádio, foram inquiridas 300 pessoas das duas maiores cidades do país e 50 dirigentes da Administração Pública, pelo que se estranha muito a representatividade do mesmo, e mais ainda que dele se tirem algumas conclusões.
A propósito da afirmação de Teixeira dos Santos, pergunto se os portugueses fossem questionados sobre se “achavam que podiam produzir mais e melhor por menos dinheiro”, teria uma resposta que fosse do seu agrado.
Um estudo destes, ainda que coordenado por Roberto Carneiro, não deixa margem para dúvidas que é da conveniência do governo, quer pela oportunidade quer pelas conclusões, mesmo partindo de premissas bastante duvidosas. Como é que se pode admitir a comparação do desempenho entre o sector público e o privado, quando não há termo de comparação na maioria das funções? Porque carga de água o Ministério das Finanças aparece como um bom exemplo, quando é o mais odiado pelos contribuintes e dos que mais tempo demora a resolver as reclamações dos contribuintes? Será que os auscultados gostam tanto assim da celeridade das cobranças, que nem se importam com a morosidade nas reclamações?
Outro dado muito curioso deste estudo, foi a revelação do senhor ministro das Finanças de que há melhorias na função pública, dando como exemplo o rejuvenescimento dos funcionários. Curioso, porque a idade média dos funcionários tem aumentado a olhos vistos, e as admissões têm estado praticamente congeladas, à excepção do seu próprio ministério.
Eu concluo com um dito popular – querem galinha gorda por pouco dinheiro?
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Fotografia
10 comentários:
Eu também podia encomendar um estudo se tivesse o dinheiro que o INA aparenta ter.
Mas, aqui entre nós, caro Zé Povinho, esses senhores existem para quê? E fazem o quê?
Mas olhe, eu sinto-me extremamente motivado. Ando mesmo tentado a propor ao Senhor Ministro passar a trabalhar mais e receber ainda menos. Sei lá, pode ser que o défice passe a superavit e assim já me veja livre da carantonha daquele Figueiredo que anda por aí a fazer de conta...
O ministro é mais que um demagogo.
Anda a chular-nos.
Quer um outro bom exemplo?
Acabo de ouvir na Antena 2 que, somos quem menos investe em matéria de Cultura, na U.A., a seguir à Roménia!
Querem ou quê?, com este desprezo pelas pessoas que têm pouco ou nada?
Um abraço.
Para começar isto não foi um estudo mas sim uma sondagem ainda por cima muito pequena.
Quanto ao privado trabalhar melhor que o publico, mantenho o que disse no Notas, questões de preconceitos.
Gostaria ainda saber, qual o peso que o factor "motivação", teve neste estudo.
De facto, como dizia o outro..."chapéus há muitos, seus palermas", e quem diz chapéus, diz estudos encomendados. As amostras são criteriosamente escolhidas, em função dos resultados pretendidos, ou não parece?
Felizmente já vamos conhecendo a forma pouco séria como nos costumam tratar e desvalorizamos por completo estes estudos caídos do céu...ou do inferno!
Aquele abraço infernal!
Os estudos/estatísticas, não passam disso mesmo...encomendas!para depois poderem dizer as bacuradas que quiserem, como foi o caso.
Dependendo de quem encomenda, os resultados saiem duma maneira ou doutra ;-)
Bjs
Gostei do cartoon do Jonh Coole ;-)
Estudos à medida das conveniências. E ainda por cima com o dinheiro do pagode. Haja paciência!
Bom post, Zé.
Olha Zé, Talvez daqui a pouco possamos mesmo deixar de comer. Depois? Depois acontece-nos o mesmo que ao burro do senhor inglês.Remédio santo!
Não será isso que "eles" querem?
Um abraço
Esse senhor , tem uma lábia que só visto ...também o ouvi !
Que Deus lhe perdoe a ele e à comandita dele .
Onde é que ja se viu um estudo encomendado com uma amostra de 300 pessoas ...isso não é vinculativo nem aqui nem na china ...é treta .
Beijão grande
Eu acho que vou encomendar um estudo para saber se estou bem ou mal pago!
Vou mandar entrevistar professores em Espanha e dar-lhes conta do meu vencimento.
Vão mas é estudar novas formas de intrujar o próximo, que nestas o pessoal já não cai!...
Um abraço.
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