Na calma que deriva do descanso a que me impus nos últimos dias, comecei a reflectir sobre o que tenho visto estampado em blogues e na imprensa que, por hábito antigo, continuo a ler com regularidade.
O descontentamento está a subir e as tensões sociais acentuam-se a olhos vistos. Um facto político abriu uns parênteses nesta situação, que foi a escolha de Meneses para dirigir o PSD e a candidatura de Santana Lopes para a direcção da bancada parlamentar do mesmo partido, que suscitou alguma expectativa em algumas pessoas.
Não nutro a mesma esperança, devo confessar, porque o problema vai muito para além dos protagonistas, residindo antes no sistema político-partidário que temos, e na sua lógica de funcionamento, em que as opiniões mesmo que com diferenças assinaláveis, acabam por se render ao aparelho partidário e aos interesses instalados, que garantem o funcionamento e o financiamento da máquina que pode vir a garantir o assalto ao poder.
Sei que para alguns dos meus leitores estou a ser demasiado céptico, que nem sequer estou a ser justo por não dar tempo ao tempo para tirar então, as minhas conclusões, mas é assim que eu penso.
O pecado, ou melhor, a doença do nosso sistema partidário, é a dependência do grande poder económico, que nos distingue por exemplo das democracias do norte da Europa, em que a política é apenas uma forma de serviço público e de intervenção cívica dos cidadãos, onde o financiamento privado não é permitido, dando espaço a uma verdadeira independência entre estes dois poderes, o político e o económico.
O descontentamento está a subir e as tensões sociais acentuam-se a olhos vistos. Um facto político abriu uns parênteses nesta situação, que foi a escolha de Meneses para dirigir o PSD e a candidatura de Santana Lopes para a direcção da bancada parlamentar do mesmo partido, que suscitou alguma expectativa em algumas pessoas.
Não nutro a mesma esperança, devo confessar, porque o problema vai muito para além dos protagonistas, residindo antes no sistema político-partidário que temos, e na sua lógica de funcionamento, em que as opiniões mesmo que com diferenças assinaláveis, acabam por se render ao aparelho partidário e aos interesses instalados, que garantem o funcionamento e o financiamento da máquina que pode vir a garantir o assalto ao poder.
Sei que para alguns dos meus leitores estou a ser demasiado céptico, que nem sequer estou a ser justo por não dar tempo ao tempo para tirar então, as minhas conclusões, mas é assim que eu penso.
O pecado, ou melhor, a doença do nosso sistema partidário, é a dependência do grande poder económico, que nos distingue por exemplo das democracias do norte da Europa, em que a política é apenas uma forma de serviço público e de intervenção cívica dos cidadãos, onde o financiamento privado não é permitido, dando espaço a uma verdadeira independência entre estes dois poderes, o político e o económico.
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NEGOCIAÇÕES (?)
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FOTOGRAFIA
12 comentários:
Ele disse, eu vou andar por aí!
Para nós, eles andam todos por aí!
Nós, andamos por aqui!
Eu nunca fui ao aí, nunca saí daqui!
Eles às vezes vem aqui e depois vão para o aí!
Ao menos que eles me deixassem em paz aqui!
Um abraço do lado de cá
Assino por baixo de tudo aquilo que disseste. Porém o grande problema, o maior de todos os problemas é não haver uma alternativa.
Zé, junta-te a nós na luta pela erradicação da pobreza. Visita o Notas Soltas. É preciso cerrar fileiras contra esse flagelo.
amigo Zé Povinho, eu não gosto dos partidos e sobretudo quando se vergam aos poderes económicos. Nem tenho esperança em nenhum politico portugues. Há em Portugal, uma deriva muito grande entre o autoritarismo de certo passado, quase uma saudade e por outro lado um esboço de liberdade mal entendida que dá uma caracteristica muito especial à nossa forma de ser e estar. Razão pela qual não sou nada favorável a maiorias partidárias porque ao não termos maturidade democratica esta descamba em autoritarismo.
Um abraço
António Delgado
O sistema democrático assente nos actuais partidos políticos está esgotado em Portugal, porque se transformou numa federação de interesses, agência de empregos, que abafa tudo o que seja intervenção cívica, impondo-se como partidocracia. Já poucos se revêem nestas organizações e nem a vinda de algum "D. Sebastião" já congrega apoiantes como se verá com Santana Lopes muito em breve.
Ou surgem novos partidos fora do sistema ou então só nos resta deixar de votar nestes que não servem.
O meu descrédito é enorme, acredito que com sempre as mesmas caras se possa mudar alguma coisa.
Hoje só quero convidar-te a juntares-te a nós no NOTAS SOLTAS IDEIAS TONTAS (http://notassoltasideiastontas.blogspot.com) no grito contra a pobreza, hoje dia 17/10/07 em que, internacionalmente, se exige a sua erradicação.
A submissão do poder político ao poder económico em Portugal é evidente.
Basta ver que, regra geral, 80% dos nossos governantes saem do Governo direitinhos para grandes empresas ou escritórios de referência.
Será porque são todos assim tão competentes? Não me parece.
E as opções que têm sido tomadas (e não só por este governo, seria bom que se recordassem) permitem que hoje o fosso entre ricos e pobres em Portugal seja enorme e que tenhamos 2 milhões de pobres!
o rodani fez um cartoon five stars!
Olá Zé, lindo o teu texto.
Deixo-te muitos beijinhos com carinho.
Fernandinha
Olá Zé, quero agradecer a tua visita e dizer-te que para tristezas já nos bastas os problemas quando temos dificuldades para os resolver.
Zé nos meus cantinhos tento cantar o lado belo da vida.
E se quizermos olhar, temos muito coisa que nos faz felizes.
Beijinhos,
Fernandima
Zé, tens toda a razão. A situação está a tornar-se insuportável. Já não há tempo. Fala agora mesmo o Cavaco sobre o "risco" de pobreza.
Risco???? Só????
Então já não há uns milhões de pobres, CÁ em Portugal? Em que país é que esta gente que nos
(des)governa vive?
Um abraço, Amigo
Eu não te acho nada céptico. Acho que tens toda a razão! è mesmo assim que funcionam os partidos. E o Menezes perdeu logo a partir do momento que se rendeu à máquina partidária: Os Barões e o Santana Flopes ;-)
É tudo a mesma m....
Bjs
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