sexta-feira, maio 18, 2007

INCONVENIENTES DA PROPAGANDA

Há quem lide muito bem com a comunicação social e, salvo alguns deslizes, este governo tem lidado com bastante competência com o meio. Quando esta prática é feita por um governo estamos quase sempre perante um acto de propaganda e não de informação, o que envolve riscos em matéria de quantidade e de oportunidade.
Na ordem do dia está, sem dúvida alguma, os números do desemprego em Portugal, que é uma praga social que nos preocupa a todos. Pois aqui temos um exemplo um exemplo dos inconvenientes da propaganda governamental. Um dia antes de serem tornados públicos os dados oficiais sobre o desemprego fornecidos pelo INE, referentes aos primeiros meses deste ano, sai na comunicação social a notícia de que o número total de desempregados caiu 7% em Abril.
Quase em simultâneo temos também notícias sobre o bom desempenho da economia e até o comentário de Cavaco Silva que invoca S. Tomé, utilizando “o esperar para ver” em vez do “ver para crer”, o que não altera substancialmente a ideia.
Segundo o INE temos 8,4% de desempregados, a maior taxa desde que este governo tomou posse. Fica assim bem claro para os portugueses que estamos perante uma política ineficaz no combate ao desemprego, apesar dos anúncios em catadupa feitos pelo governo quanto ao crescimento económico.
Os políticos deste país, no governo ou na oposição têm de se capacitar de que os cidadãos se apercebem das realidades, sempre que vão às compras ou que chegam as contas para pagar. É por aí que todos nós medimos a saúde das finanças nacionais. Bolsa, acções, dados estatísticos, são matérias sobre as quais especulam os que não são obrigados a fazer muitas contas durante o mês para chegar ao fim com uns tostões para a bica.
O Zé Povinho é mais pragmático do que a classe política, a carteira é o seu barómetro da economia, não há propaganda que altere o que é real.

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FOTOGRAFIA
nordre

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PROPAGANDA POLÍTICA (?)

Os "40.000 blowjobs" de ontem

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O HUMOR NA REDE

4 comentários:

Anónimo disse...

Ó Zé
Já viste algum ministro às compras empurrando o carrinho do supermercado? Pois é, pergunta-lhes o preço das cebolas ou do chicharro que vais ver a ignorância dos bichos. Quanto ao pilim, eles também não ganham o mesmo que tu.
Et pour cause...
Fui

Anónimo disse...

A publicidade é uma arma de dois gumes, pois como a verdade, tarde ou cedo vem à tona.
Fui

Anónimo disse...

O desemprego atingiu números que envergonham o país e os políticos. Ainda há poucos anos se brandiam números, salientando-se que em Portugal o problema tinha uma pequena dimensão em comparação com os parceiros europeus, E agora? Onde estão os senhores que encheram a boca com essas afirmações? Andam por aí e não borram de negro a face para que possam passar despercebidos.
É uma vergonha e um falhanço.

Anónimo disse...

Escasseiam os empregos, abundam os tachos. Assim isto não vai para a frente.