Há tempos critiquei um comentador dum jornal, que dizia que a atitude dos trabalhadores da função pública era insensata, por ameaçarem fazer greve enquanto ainda decorria um processo negocial. O problema aqui é o de saber se existe de facto um processo negocial.
Esta semana os portugueses tiveram a prova da seriedade e lisura com que o governo vem mantendo esta pretensa negociação com os sindicatos representativos dos funcionários públicos. De manhã, o membro do governo que dirige o processo afirmou à comunicação social que o congelamento das carreiras se ía manter em 2008, e que as progressões só começariam em 2009, de tarde a mesma pessoa vem dizer que afinal as progressões iriam acontecer já em 2008. Ninguém percebeu, nem sequer a outra parte envolvida, os sindicatos, que vieram afirmar que tal hipótese não fazia sequer parte das posições negociais colocadas pelo governo.
Não sabemos se a razão desta inflexão no discurso tem algum significado prático ou se fazia sequer parte das intenções do executivo, mas sabemos que não é ético colocar sobre a mesa umas propostas para serem discutidas e, depois vir para a praça pública afirmar outra coisa. Se foi para desacreditar a outra parte falhou redondamente, e colocou em causa a seriedade do próprio processo e de quem o dirige.
Os portugueses têm muitas razões para duvidar das palavras dos políticos, esta é apenas mais uma achega para que duvidemos da seriedade das suas intenções.
Esta semana os portugueses tiveram a prova da seriedade e lisura com que o governo vem mantendo esta pretensa negociação com os sindicatos representativos dos funcionários públicos. De manhã, o membro do governo que dirige o processo afirmou à comunicação social que o congelamento das carreiras se ía manter em 2008, e que as progressões só começariam em 2009, de tarde a mesma pessoa vem dizer que afinal as progressões iriam acontecer já em 2008. Ninguém percebeu, nem sequer a outra parte envolvida, os sindicatos, que vieram afirmar que tal hipótese não fazia sequer parte das posições negociais colocadas pelo governo.
Não sabemos se a razão desta inflexão no discurso tem algum significado prático ou se fazia sequer parte das intenções do executivo, mas sabemos que não é ético colocar sobre a mesa umas propostas para serem discutidas e, depois vir para a praça pública afirmar outra coisa. Se foi para desacreditar a outra parte falhou redondamente, e colocou em causa a seriedade do próprio processo e de quem o dirige.
Os portugueses têm muitas razões para duvidar das palavras dos políticos, esta é apenas mais uma achega para que duvidemos da seriedade das suas intenções.
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BELEZA EM FOTOS
5 comentários:
Eis uma das razões para fazer greve, mas há muitas outras.
Abraço
o problema os politicos é precisamente esse... agora dizem uma coisa, depois outra... como lhes der jeito!
por isso não têm credibilidade.
cp's
Os politicos já não merecem nenhuma confiança!
Tds prá Rua! :D
Eheheheheh...a Luta COntinua!
A SULISTA
As fotos ssão muito bonitas ;-)
a sulista
O direito à greve é de carácter individual e ninguém pode dizer se deve ou não deve fazer-se, a não ser o próprio indivíduo.
Quanto a quem escreve nos jornais, meu amigo...
A grande maioria é gente acabada de sair das ricas faculdades de jornalismo que temos e para as quais se entra facilmente com uma média de 11 ou 12 valores e com parcos conhecimentos de Português e da cultura do país.
Depois, acabados os cursinhos, ficam, coitados, a penar até que arranjam um local de estágio onde são pau para toda a obra e quase escrevinham o que lhe dizem.
No CM, por exemplo, assistimos à maior série de asneiras por página de que haverá memória na imprensa portuguesa.
Ainda, e para terminar. a grande maioria desses jovens pretendentes à carteira profissional não faz a mínima ideia do que representa uma greve para quem sabe o que é lutar pelos direitos de toda uma classe.
Claro que há gente nova muito capaz, são é muito poucos!
um abraço.
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