A estratégia do governo de aumentar a idade mínima de reforma na função pública, independentemente da carreira contribuinte dos mesmos, foi aquilo que se chama um erro de palmatória. O resultado está à vista e faz manchete dos jornais, no último ano “um em três reformou-se da função pública antes da hora”.
É irónico que uma medida que visava obter resultados a curto prazo, tenha acabado por resultar num inteiro fiasco. O governo subestimou a inteligência dos portugueses que entenderam desde logo, que a intenção a prazo é a de diminuir os montantes das reformas, de todos. Bem feitas as contas, as penalizações de um ou dois anos são inferiores à redução prevista para o futuro.
Há um factor que as autoridades e as estatísticas têm relutância em divulgar, como divulgada foi a idade média de reforma de 59,2 anos, que é o facto de as carreiras contributivas e os seus montantes serem substancialmente superiores na função pública.
Jogar com os números, divulgando uns e omitindo outros, pode parecer uma estratégia correcta, só porque cria alguma animosidade contra o funcionalismo público, o que convém ao governo. Mas, na realidade não só resolve os problemas de sustentabilidade do sistema, como não é uma atitude séria nem correcta de quem mereceu a confiança dos portugueses.
Falei sempre de estratégia, quando devia ter dito estratagema, que é a palavra que melhor se coaduna com atitudes de tão baixo nível, idealizadas por quem assumiu tão altas responsabilidades no Estado português.
É irónico que uma medida que visava obter resultados a curto prazo, tenha acabado por resultar num inteiro fiasco. O governo subestimou a inteligência dos portugueses que entenderam desde logo, que a intenção a prazo é a de diminuir os montantes das reformas, de todos. Bem feitas as contas, as penalizações de um ou dois anos são inferiores à redução prevista para o futuro.
Há um factor que as autoridades e as estatísticas têm relutância em divulgar, como divulgada foi a idade média de reforma de 59,2 anos, que é o facto de as carreiras contributivas e os seus montantes serem substancialmente superiores na função pública.
Jogar com os números, divulgando uns e omitindo outros, pode parecer uma estratégia correcta, só porque cria alguma animosidade contra o funcionalismo público, o que convém ao governo. Mas, na realidade não só resolve os problemas de sustentabilidade do sistema, como não é uma atitude séria nem correcta de quem mereceu a confiança dos portugueses.
Falei sempre de estratégia, quando devia ter dito estratagema, que é a palavra que melhor se coaduna com atitudes de tão baixo nível, idealizadas por quem assumiu tão altas responsabilidades no Estado português.
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ESCOLHA FOTOGRÁFICA
4 comentários:
As meias verdades são piores que a mentira. Eles tudo fazem para dividir o povinho para reinar à nossa custa.
O cartoon dá que pensar.
Hoje é um repenicado
Achas que eles estavam interessados em falar em carreiras contribuitivas? Logo os que têm menores carreiras contribuitivas com direito a reformas à maneira.
Lol
São de facto estratagemas e baixa política. Os actuais políticos são mesmo muito maus e já não têm credibilidade.
Abraço
Eu em vez de estratégia ou estratagema chamar-lhe-ia "Chico-espertismo saloio".
Abraço.
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