Mostrar mensagens com a etiqueta Segurança Social. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Segurança Social. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, dezembro 09, 2016

A TECNOLOGIA É LIXADA

Enquanto uns se deliciam com as novas tecnologias, e com as facilidades que elas nos proporcionam, outros tremem de cada vez que se anuncia uma nova descoberta, ou um novo uso para as tecnologias mais recentes.

O recente anuncio da Amazon que pretende avançar com loja sem filas nem caixas, é o mais perfeito exemplo do que digo: delicia quem diz não ter tempo a perder, horroriza quem trabalha em supermercados.

As novas tecnologias podem facilitar-nos a vida mas também contribuem para um aumento do desemprego, e isso já devia estar a ser equacionado pelos diferentes governos deste planeta, porque existe uma potencial ameaça ao sistema de segurança social que tanto prezamos na Europa.

A tecnologia continuará a evoluir, e ela é (quase sempre) benéfica para a humanidade, mas na verdade é alterado um factor de equilíbrio da sociedade actual, que é o baixo desemprego. Chegados aqui é necessário reequacionar a natureza dos nossos impostos, pensados para fazer uma redistribuição da riqueza a partir dos rendimentos do trabalho.


Não existem muitas opções para garantir uma redistribuição mais justa da riqueza, com estes avanços constantes da tecnolologia, e o patronato não vai gostar de nenhuma, porque terá que se taxar as máquinas, ou o que elas produzem, diminuir os horários de trabalho, e aumentar os salários, a menos que se desejem grandes assimetrias e constantes conflitos sociais.


quarta-feira, maio 27, 2015

QUEREM DESTRUIR A SEGURANÇA SOCIAL

Talvez já tenha caído no esquecimento de muitos a reforma da Segurança Social de 2007, onde se alteraram os limites da idade da aposentação, a que se sucederam novas formas de cálculo das mesmas e os cortes que diziam ter sido impostos pela troika.

Agora temos uma ministra a afirmar que é preciso cortar 600 milhões já no próximo ano, acrescentando mesmo que se necessário, se irá recorrer a cortes nas pensões. As coisas são ainda piores, já que o PS pretende baixar a TSU, retirando 1850 milhões em 4 anos às receitas da Segurança Social, dizendo que o dinheiro surgirá de outras fontes.

Os partidos que se auto-intitulam de ser do arco do poder, PSD, CDS e PS jogam perigosamente com o dinheiro de quem desconta, sem nunca dar ênfase ao facto de que tendo hoje mais reformados, o Estado gasta menos do que gastava em 2011.


Por favor, não brinquem com o nosso dinheiro, e não digam que a Segurança Social não é sustentável, só porque os governantes se atiraram aos fundos de pensões das empresas, jogaram com fundos de capitalização, não acautelaram a CGA com os descontos devidos por parte do Estado, enquanto entidade empregadora, e ainda querem mexer nestes dinheiros para “fomentar o emprego”, que é como quem diz, “encher a barriga a empresários gulosos”.


terça-feira, abril 14, 2009

MIOPIA POLÍTICA...

Quando atravessamos uma crise que tem reflexos mundiais, e quando se gastam (este é o termo) muitos milhões de euros do erário público para salvar as instituições financeiras, que desbarataram o seu dinheiro e o dos depositantes, na procura desenfreada de lucros acima da média, é confrangedor ouvir uma ministra dizer que há “alarmismo” quando se denunciam casos de má nutrição de crianças verificados em escolas e em hospitais.

O combate à crise tem sido feito pelo lado da consolidação das instituições bancárias, as mesmas que arrecadaram lucros monstruosos na última década, criando-se a ideia de que era a melhor maneira de injectar liquidez nos mercados que ameaçavam o colapso. Como era de esperar esse dinheiro foi direitinho para o bolso dos detentores do grande capital, que entretanto viram as suas carteiras de acções descer de valor. O investimento não surgiu, a não ser aquele protagonizado pelo Estado, com o nosso dinheiro, e o consumo contraiu-se gerando enormes excedentes de bens, aumento de desemprego e falências em série.

Desde o início que muitos economistas e sociólogos dizem que a melhor maneira de injectar liquidez na economia real, é através dos bolsos dos cidadãos, aproveitando-se as situações de crise para reduzir as assimetrias causadas pelo capitalismo selvagem que impera quando a economia está em alta. O Japão é talvez o único país do mundo que sabe o que é a deflação, e o único que já experimentou diversas receitas para a combater, tendo chegado à conclusão que uma melhor distribuição das riquezas, assegura uma menor pressão sobre a segurança social, permitindo assim intervenções sobre a economia sem grande contestação social.



*** * ***
PINTURA
Coffee La Paix watercolor by ricardomassucatto

Paris draft by ricardomassucatto

*** * ***
CARTOON
Por Fraga


Por Baptistão