Quando atravessamos uma crise que tem reflexos mundiais, e quando se gastam (este é o termo) muitos milhões de euros do erário público para salvar as instituições financeiras, que desbarataram o seu dinheiro e o dos depositantes, na procura desenfreada de lucros acima da média, é confrangedor ouvir uma ministra dizer que há “alarmismo” quando se denunciam casos de má nutrição de crianças verificados em escolas e em hospitais.
O combate à crise tem sido feito pelo lado da consolidação das instituições bancárias, as mesmas que arrecadaram lucros monstruosos na última década, criando-se a ideia de que era a melhor maneira de injectar liquidez nos mercados que ameaçavam o colapso. Como era de esperar esse dinheiro foi direitinho para o bolso dos detentores do grande capital, que entretanto viram as suas carteiras de acções descer de valor. O investimento não surgiu, a não ser aquele protagonizado pelo Estado, com o nosso dinheiro, e o consumo contraiu-se gerando enormes excedentes de bens, aumento de desemprego e falências em série.
Desde o início que muitos economistas e sociólogos dizem que a melhor maneira de injectar liquidez na economia real, é através dos bolsos dos cidadãos, aproveitando-se as situações de crise para reduzir as assimetrias causadas pelo capitalismo selvagem que impera quando a economia está
12 comentários:
Quem ouve esses figurões, até parece que é agora que as coisas vão melhorar.
Da América, há um muro de silêncio sobre o estado geral do país.
A GM faliu, há cidades com milhares de tendas onde dormem os que perderam as casas. Constroiem-se à pressa, mais prisões...
Mas é preciso preservar a referência.
A comunicação social é conivente, pois só vive com o poder, não com a verdade.
Muito mais haveria para dizer.
Mas não sou economista.
Só sei
(porque vejo claramente visto)
que isto vai de mal a pior.
Um forte abraço
Zé,
Também a mim me chocou o que ouvi da boca da ministra, não s´o o teor mas especialmente o tom... "as escolas já fazem mais do que a sua obrigação".
Só faltou mandar as crianças pastar, bolas!
Estou pelos cabelos com isto tudo.
A pouca vergonha também devia ter limites.
Um abraço triste
Alarmismo?!
Essa senhora que visite as misericórdias, as paróquias, as instituições de solidariedade social, as sopas dos pobres, os bairros degradados. Isto já para não falar na pobreza camuflada com fato e gravata que tem vergonha em dar a cara.
Saudações do Marreta.
Isto está mau,muito mau!
Quem está bem na vida,está-se borrifando,para os problemas dos pobres.Para quê preocuparem-se,se têm tudo o que querem,até campos de golfe se constróiem em época de crise para eles descansarem os neurónios do stress semanal,de tanto pensarem como hão-de encher os bolsos e explorar ainda mais os empregados!
Mais uns tempos a caminhar desta forma,vamos transformando a sociedade em 2 classes:Os muito ricos e os escravos!
Paris,toujour Paris,linda Pintura.
Muito boas,as caricaturas.
cumps
á há partidos a aventar a hipótese de aumentos nas pensões, para tentar aumentar o consumo, mas porque a produção é baseada na mão-de-obra barata, tudo ficará na mesma, a menos que o aperto do cinto obrigue a algo mais radical.
Lol
AnarKa
Viva, estimado Zé. Gostei imenso desta esplanação, serve para abrir os olhos a muita gente que está completamente alienada.
O busílis da questão é como diz, uma questão de distribuição da riqueza. O prolema é o egoísmo dos homens e o capitalismo desenfreado!
Mas a continuarmos com governos como o que temos, pro'liberal que de socialista nada tem, nunca mais vamos ter paz. A criminalidade aumenta, assim como a miséria social e humana.
Um abraço
Cada dia pior que o anterior. Até quando?
Um abraço
Zé Povinho:
Chocante ouvir uma Ministra considerar alarmismo os casos de má nutrição na escola... um gesto de avestruz porque não posso acreditar que esteja assim tão afastada da realidade.
Divertidos cartoons.
Beijos
Voltarei para comentar. Desculpa a ausência.
Miopia política? Há tanto disso por aí!
Um abraço amigo
Bem-hajas!
Nem sei que diga...
Saudações.
Belíssimas aguarelas!
Quanto ao resto, ou melhor, o principal, direi que a inteligência não tem sido a melhor arma dos economistas ocidentais...
Um abraço.
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