Mostrar mensagens com a etiqueta Civismo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Civismo. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, novembro 13, 2017

PÚBLICOS E PATRIMÓNIO



Aproveitando a visibilidade dada pelo caso do jantar no Panteão Nacional, penso que convém assinalar que o Património não tem apenas que ser dignificado, até porque existem outras vertentes a que é necessário dar a devida atenção se queremos cuidar verdadeiramente do Património.

É sabido que a conservação dos museus, palácios e monumentos necessita de investimento, que é insuficiente como se sabe, e que a sua preservação depende de todos nós, porque é insubstituível.

O investimento depende de todos, através dos impostos e das receitas arrecadadas com bilheteiras e lojas, pelo que dependem não só de políticas mas também de visitas aos museus.

A preservação dos edifícios e das colecções dependem não só de quem cuida do Património, mas também de quem o visita, que por vezes não se comporta devidamente, por ignorância, ou por falta de civismo.

Muitos de nós pensamos que o público que visita museus e monumentos se comporta devidamente, e isso é válido em boa parte dos visitantes, mas infelizmente ainda há muita gente que não se sabe comportar devidamente, e os períodos da gratuitidade (domingos e feriados pela manhã) são um verdadeiro pesadelo para quem lá trabalha, ainda que não seja apenas nesses períodos que os maus comportamentos se verifiquem.

Um jantar no Panteão pode ser mais inofensivo do que um qualquer visitante com  uma conduta reprovável.



quarta-feira, novembro 06, 2013

O CIVISMO NA ESTRADA



É comum ler-se sobre a falta de civismo dos automobilistas enquanto conduzem os seus automóveis, e todos nós conhecemos uns quantos “nabos do volante”, ou já vimos condutores a quem saiu a carta na Farinha Amparo. Será que devemos ficar por aí?

Na realidade existem muitos mais perigos nas estradas para além dos automobilistas, e pouco se fala desses verdadeiros perigos, porque é politicamente incorrecto.

Podia começar pelos motociclistas com apetência para a velocidade e para as gincanas no meio do trânsito, que ultrapassam pela esquerda e pela direita, colocando a própria vida, e não só, em perigo.

O que dizer dos ciclistas, principalmente dos que usam as bikes para diversão, que circulam lado a lado como se isso fosse normal ou aceitável, circulando em vias estreitas e muito movimentadas, tantas vezes com auriculares, sempre sem um espelho e muito menos ainda com uma superfície reflectora no veículo, ou nas vestes, e sem uma luz à frente ou na rectaguarda.

Também convém referi os peões, que decidem atravessar uma rua subitamente, mesmo que não numa passadeira, e muitas vezes entretidos com os seus telemóveis ou ouvindo música. Já nem falo nos peões que em vez de usarem os passeios (onde os há) caminham pela estrada, ou correm alegremente pela mesma, desafiando inconscientemente a sorte.

Pelo exposto fica apenas uma conclusão: o que é necessário é existir mais civismo na estrada, mais respeito pela vida e pelos outros, seja qual for o meio de locomoção que usemos.

sexta-feira, dezembro 25, 2009

E DEPOIS DO NATAL?

Há rituais que se repetem em determinadas épocas do ano e depois se esquecem até ao ano seguinte, quando se volta a repescar a ideia. No Natal são muitas as individualidades que se lembram da pobreza existente, fazem discursos piedosos, aparecem em almoços e jantares promovidos por organizações que estão sempre no terreno, com um ar compungido, e logo se retiram para os salões dos palácios ou casinos que se habituaram a frequentar.

Em Inglaterra foi notícia um príncipe que passou uma noite debaixo duma ponte, pretendendo assim demonstrar que a sua preocupação vai além dos habituais discursos e eventos de caridade. Por cá, como disse, os altos dignitários ficam-se pelas fotografias de ocasião ou pelos discursos perante as câmaras de televisão, enquanto que no resto do ano apenas têm o nome ligado a comissões de honra de entidades caritativas, o que é chique.

Este ano foi particularmente mau para quem vive, ou vivia, do seu trabalho por conta de outrem ou mesmo por conta própria porque a crise acabou com muitos sonhos e com muitos projectos de muita gente.

Não creio que 2010 seja substancialmente melhor do que este ano, mas continuarei a admirar e a colaborar nos meus tempos livres, com as organizações para quem a preocupação com a miséria do nosso semelhante são uma causa permanente.

Há muito que se pode fazer, assim haja vontade e consciência cívica.



*** * ***
FOTOGRAFIA
Aleksey Vasilyev



*** * ***
CARTOON
Jitet Koestana

sexta-feira, outubro 26, 2007

RAPIDINHAS

Pena de morte – Enquanto que pela Europa nos vamos batendo contra a pena de morte, eis que aparece a China a dizer que “quanto à pena de morte, países diferentes têm circunstâncias diferentes. As medidas concretas devem ser guiadas pelas condições específicas de cada país”. Como se alguma explicação possa justificar a crueldade que é tirar a vida a um semelhante, com um tiro na nuca.
Com esta posição a China mostra uma das facetas de falta de respeito pelos direitos humanos, mas diga-se de passagem que está bem acompanhada na justificação, com os chamados “perigos sérios”, pelos Estados Unidos, que recentemente viu mais um dos seus políticos receber o Nobel da Paz.
Portugueses são desconfiados e menos cívicos – Segundo a OCDE os portugueses são desconfiados e têm falta de civismo, classificando-se em 25º lugar entre 26 países. Estes estudos sobre os quais se tiram imediatamente conclusões económicas e filosóficas, fazem-me sorrir, porque nunca são aproveitados para se atacar as suas causas, que são quase sempre de ordem social e política.
Que dizer da “ausência de confiança generalizada nos outros e nas instituições”? E que os portugueses “acham legítimo receber apoios estatais indevidos, adquirir bens roubados, ou aceitar luvas no exercício das suas funções”? Claro que não são todos os portugueses, mas sim uma percentagem superior à registada noutros países.
A confiança depende da transparência dos actos, logo talvez não seja difícil tirar conclusões, já quanto aos apoios estatais indevidos ou as luvas, volto à transparência e às desigualdades e injustiças sociais, Não basta tirar apenas conclusões sobre os efeitos negativos para a economia, destas constatações, importa combater as razões da desconfiança e da falta de civismo.

*** * ***
FOTOS - FORMAS E CÔR
sila

Trond

*** * ***

CARTOON - IMPRENSA FRANCESA

Burki

Hermann

quarta-feira, maio 02, 2007

NÃO ME CUSTA CONCORDAR

Já aqui critiquei por diversas vezes notícias ou comentários de jornais por não concordar em parte ou totalmente com o seu conteúdo. Hoje não é o caso, já que venho aplaudir a lucidez dum editorial do DN disponibilizado ontem no DN Online.
Sob o título “Trabalhadores, patrões e o país que somos” li uma análise que é bastante coincidente com a minha, sobre a importância e a acção dos sindicatos. A importância é evidente, pois só assim se podem reunir meios de defesa dos trabalhadores e capacidade reivindicativa e negocial perante as entidades empregadoras. Na acção, perdem a eficácia ao permitirem a influência e até a ingerência de partidos políticos, confundindo assim os seus associados e causando a rejeição de grande parte da opinião pública.
Não é só o sindicalismo que apresenta debilidades, elas encontram-se também do lado do patronato, pois é notório que há empresas em que os direitos dos trabalhadores são desprezados porque infelizmente ainda há bastantes patrões sem escrúpulos.
A conclusão do editorial, perante estas considerações, é do melhor que já vi escrito sobre esta problemática:
“O aumento da produtividade das empresas joga-se num caldo social em que o patrão é justo e o trabalhador consciente.
Hoje (ontem), 1º de Maio, todos deveríamos pensar um pouco nestas questões porque só com maturidade cívica se pode construir um país melhor.”
Oxalá a maturidade cívica venha a ser uma realidade neste país, que bem precisado está.

*** * ***
CURIOSIDADES TIRADAS DA NET
Ainda bem que estamos na Europa




Lembra-me alguém, mas não digo quem.

*** * ***
A FOTO

Trond Andersen