O ministro da Defesa afirmou que
roubo em Tancos “não é a maior quebra de segurança do século”, e conseguiu
dizer isso sem se rir, o que me deixa assustado. Portugal é um país pequeno,
com umas forças armadas pequenas e mal equipadas, por isso até o senhor Jacques
de La Palice poderia dizer o mesmo, mas os portugueses continuavam a estar preocupados.
Quando se procuram
responsabilidades as respostas dos dirigentes de topo são sempre vagas, falam
sempre em inquéritos, em comissões e, de algum modo, dizem que as respostas
virão a seu tempo (quando tudo acalmar).
Já foram noticiados alguns
episódios de armas roubadas em instalações militares e policiais, mas parece
que o que aconteceu agora foi uma novidade.
Pouco me interessa, nesta altura
dos acontecimentos, saber quem foi responsável pelo roubo, mas parece-me que os
responsáveis políticos afinal não são responsáveis por nada, e que existem
sempre procedimentos administrativos que os desculpabilizam, apesar de terem
aceite as pastas, com os meios que lhes foram disponibilizados.
Nada disto é bonito, nada disto é
aceitável aos olhos dos cidadãos, que sabem que não são os ministros que
roubaram as armas ou incendeiam as florestas, mas deles espera-se uma actuação
eficaz e que saibam assumir as responsabilidades políticas quando as coisas
correm mal, por falta de meios ou por desorganização.
1 comentário:
O tacho tem uma atração especial, veja que até um advogado serve para ministro da defesa.
Joca
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