Em Portugal dá-se, infelizmente,
pouca importância à comunicação, que muitas vezes acaba por ser confundida com
publicidade.
Recentemente o governo permitiu
(?) que as informações sobre os incêndios fossem centralizadas em Lisboa,
“libertando” assim os comandantes dos bombeiros da tarefa de informar os órgãos
de comunicação social, sobre o andamento das operações.
O resultado tem sido uma
verdadeira trapalhada, com comunicações duas vezes ao dia, com uma página da
internet com informações que são contrariadas pelos autarcas das regiões
flageladas pelas chamas, e noticiários em que os repórteres emitem opiniões
pessoais e desabafos dos cidadãos desesperados, aumentando assim o alarme
social.
Pode e deve-se controlar a
comunicação política, já os factos, como a realidade dramática dos incêndios,
não pode nem deve ser escondida ou filtrada, pelo menos do modo agora ensaiado.
Erros como o de não divulgar a
lista das pessoas mortas num incêndio, ou sobre a gravidade da queda de um meio
aéreo, só descredibilizam as autoridades e o governo. A impressão que fica é a
de que se tenta esconder responsabilidades e descoordenação, e é esse o
discurso que vai vingar a partir de agora, e era mais do que previsível.
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