Muito tem sido dito sobre este
assunto, recentemente por causa do Museu nacional de Arte Antiga, mas pouco se
tem feito e por parte da tutela poucas explicações se têm ouvido.
Todos perceberam já que a não
admissão de pessoal suficiente para manter a abertura dos museus, palácios e
monumentos em condições de segurança, se deve a políticas restritivas e de
contenção de despesas, mas o problema não fica por apenas por aí.
Os processos de admissão são
complexos e demorados, e têm sempre que passar na tutela das tutelas, o
Ministério das Finanças, que se rege por números e não pelas necessidades
comunicadas pelos serviços, como se sabe.
Os problemas não se resumem
apenas às verbas e às autorizações das Finanças, mas também à organização e às
carreiras, que terão sido “simplificadas”, reduzindo-se na Cultura (e boa parte
dos ministérios) a apenas 3 categorias: técnicos superiores, assistentes
técnicos e assistentes operacionais.
Ao contrário do que se possa
inferir pela informação do sítio do MNAA (constante na imagem abaixo), não
existem vigilantes/recepcionistas, mas sim assistentes técnicos que desempenham
funções na vigilância, bilheteiras e lojas. Os profissionais que desempenham
estas funções têm exactamente a mesma categoria profissional dos que trabalham
nas secretarias de todos os serviços, de outros que trabalham na DGPC, no MC, e
em outros ministérios, admitidos com as mesmas exigências e salários, mas são
obrigados a trabalhar com um horário excepcionado (sábados, domingos e
feriados), sem qualquer benefício que os distinga dos seus pares.
Assim se explicam dificuldades de
recrutamento, de fixação de profissionais e também o descontentamento geral, de
quem tem obrigações acrescidas, que não têm qualquer compensação que equilibre
essa disponibilidade.
Era da mais elementar justiça
colocar estes profissionais numa carreira específica, reconhecendo-lhes
direitos correspondentes às obrigações…
1 comentário:
Os amantes também se violam
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