terça-feira, julho 18, 2017

MUSEUS E FALTA DE PESSOAL



Muito tem sido dito sobre este assunto, recentemente por causa do Museu nacional de Arte Antiga, mas pouco se tem feito e por parte da tutela poucas explicações se têm ouvido.

Todos perceberam já que a não admissão de pessoal suficiente para manter a abertura dos museus, palácios e monumentos em condições de segurança, se deve a políticas restritivas e de contenção de despesas, mas o problema não fica por apenas por aí.

Os processos de admissão são complexos e demorados, e têm sempre que passar na tutela das tutelas, o Ministério das Finanças, que se rege por números e não pelas necessidades comunicadas pelos serviços, como se sabe.

Os problemas não se resumem apenas às verbas e às autorizações das Finanças, mas também à organização e às carreiras, que terão sido “simplificadas”, reduzindo-se na Cultura (e boa parte dos ministérios) a apenas 3 categorias: técnicos superiores, assistentes técnicos e assistentes operacionais.

Ao contrário do que se possa inferir pela informação do sítio do MNAA (constante na imagem abaixo), não existem vigilantes/recepcionistas, mas sim assistentes técnicos que desempenham funções na vigilância, bilheteiras e lojas. Os profissionais que desempenham estas funções têm exactamente a mesma categoria profissional dos que trabalham nas secretarias de todos os serviços, de outros que trabalham na DGPC, no MC, e em outros ministérios, admitidos com as mesmas exigências e salários, mas são obrigados a trabalhar com um horário excepcionado (sábados, domingos e feriados), sem qualquer benefício que os distinga dos seus pares.

Assim se explicam dificuldades de recrutamento, de fixação de profissionais e também o descontentamento geral, de quem tem obrigações acrescidas, que não têm qualquer compensação que equilibre essa disponibilidade.

Era da mais elementar justiça colocar estes profissionais numa carreira específica, reconhecendo-lhes direitos correspondentes às obrigações…



1 comentário:

O Puma disse...

Os amantes também se violam