Em conversa com responsáveis da
Cultura pude constatar que são muitos os que desconhecem o que se passa em
serviços da sua área de trabalho, que deviam conhecer em profundidade.
O assunto era a greve dos
funcionários de vigilância dos museus, e fiquei a saber que um director de
museu, e um responsável na área contabilística, desconheciam os montantes dos
salários dos funcionários que estavam em greve, e não sabiam que eles não recebiam
nem um avo mais, pelo trabalho feito aos sábados e domingos.
Tudo isto pode parecer caricato e
surreal, mas garanto-vos que é verdade. Também é verdade que um responsável por
um museu, nas vésperas dum feriado, se dirigiu aos vigilantes desejando-lhes
uma “boa ponte”, quando eles nem podiam ter direito a passar o feriado com a
família, quanto mais ter uma ponte.
Para se perceber bem o divórcio
entre as chefias e os subordinados, nem vou recorrer a um exemplo nacional, mas
cito o caso da Tate Gallery, onde a instituição (ou alguns dos responsáveis),
pediu donativo aos funcionários para oferecer um veleiro ao director. É preciso
ter muita lata, ou estar muito alheio à realidade.
Tate Modern
1 comentário:
Também quero um veleiro ��
Bjo da Sílvia
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