A Cultura é, sem qualquer sombra
de dúvida, o parente pobre de todos os governos em Portugal.
Os ansiados 1% do Orçamento de
Estado nunca foi atingido, e nos últimos anos a fatia dedicada à Cultura tem
minguado, afectando mesmo o funcionamento de museus, palácios e monumentos, que
além de viverem num sufoco financeiro, viram o número de visitas aumentar
enormemente.
Ouvir da boca do ministro da
Cultura a admissão de apoio do Estado na realização do Festival da Eurovisão, é
no mínimo caricato, porque o financiamento d televisão pública já é pago pelos
portugueses, quer queiram, quer não, e pensar que ainda vai ser consignado mais
dinheiro para um festival, causa uma fúria justificada.
O senhor ministro esqueceu-se de
falar sobre o restauro dos carrilhões de Mafra, para os quais existiu verba
consignada durante anos, por exemplo. Esqueceu-se também de sossegar os
portugueses sobre a segurança, ou falta dela, devido ao mau estado dos
carrilhões, que continuam apoiados em andaimes, porque a madeira que suporta os
sinos está completamente podre.
Luís Filipe Castro Mendes deverá
explicar-se sobre a Fundação Côa Parque, o seu estado e os problemas de
segurança que ficaram bem evidentes com os actos de vandalismo recentes.
Que tal arranjar um tempinho para
explicar as razões do descontentamento dos vigilantes de museu que já
manifestaram o seu desagrado com uma greve e prometem não ficar por aqui.
Por último, pergunte-se ao senhor
ministro se pensa que estão reunidas as condições mínimas de segurança para
funcionários e visitantes nos museus que dependem da DGPC, e que formação foi
ministrada nestes últimos 2 anos, no campo da segurança.
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