terça-feira, abril 19, 2011

MUSEUS GRATUITOS?

Ao ler a opinião da ministra da Cultura, publicada no DN da passada segunda-feira, sobre o tema em questão, fiquei com a impressão de que a senhora ministra só tem este tipo de discurso porque está de saída, ou porque está muito equivocada.

Tudo roda em torno das gratuitidades aos domingos e feriados até às 14 horas, que em muitos casos são contestadas, especialmente em museus e monumentos que fazem parte de roteiros turísticos consolidados.

Podemos discutir se gostávamos de ter entradas grátis em todos os museus, como acontece com o Museu Berardo, mas seria curial colocar em local bem visível o custo dessa atitude, para não distorcer uma discussão que se quer séria.

Gabriela Canavilhas fala dos museus ingleses para exemplificar as virtualidades das gratuitidades, mas pode-se contrapor a realidade francesa, onde se paga, e onde temos uma melhor gestão museológica e onde o público é muito mais abundante, mas não vale a pena.

Alguém deveria recordar à senhora ministra que o Palácio Nacional da Pena, que é um monumento nacional e está sob a tutela do seu ministério, ainda que seja gerido por uma aberrante sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, não dá gratuitidades aos domingos e feriados a ninguém, excepto aos residentes no concelho de Sintra, e sobre isso a senhora ministra não se pronuncia.



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Imagem retirada da net


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7 comentários:

São disse...

Eu já estive em fila em Madrid para entrar no PRado gratuitamente e também já paguei e também visitei o Museu nacional em MOmtjuich gratuitamente e pagando.

Não tenho conhecimentos suficientes para analisar a questão.
Avho é que não deveriam encerrar aos feriados( com algumas excepções, claro) nem domingos.

desejo-lhe e aos seus uma Páscoa muito doce.

Anónimo disse...

Os museus nacionais não encerram aos feriados, excepto no 1º de Maio, domingo de páscoa, 25 de Dezembro e 1 de Janeiro. Para que conste, não há dinheiro para pagar trabalho extraordinário (feriados e horas) mas até agora não foram anunciadas greves. Será que o país pode prescindir alegremente nesta época de carências das receitas das entradas nos museus? Entre pagar museus ou pagar na saúde não será que temos que considerar prioridades?
Boa noite
Palaciano

Anónimo disse...

A Gaby deve estar mesmo tapadinha e não sabe que se corta na saúde, na educação e nas pensões. Como é que a pianista quer dar concertos com um piano desafinado?
Bjos da Sílvia

Anónimo disse...

Esta mania que tantos portugueses têm de falar do que não sabem, mostrando a sua ignorância! Primeiro, a ministra não disse o que disse por estar de saída, logo que tomou posse disse que gostaria que todos os portugueses pudessem entrar livremente nos seus Museus, só que as condições económicas não lhe permitiam vir a tomar essa opção. Segundo, e felizmente já aqui foi corrigido por alguém, os Museus NÃO encerram aos Domingos e feriados, excepto os referidos. Terceiro, o Palácio da Pena é hoje inteiramente administrado pela Monte da Lua, não pelo Ministério ou pelo IMC. Finalmente, e isto é muito curioso, os maiores defensores do pagamento são os directores dos museus privados, como o João Neto, do Museu de farmácia. Só se esquece de dizer que lutou por, e conseguiu, que os membros da APOM, que dirige, não pagassem entrada nos museus nacionais. Dá vontade de dar uma boa gargalhada, não dá?

José disse...

Para um dos anónimos
O Zé fala do que sabe e a senhora ministra iludiu o facto de se contestar a gratuitidade para os visitantes ESTRANGEIROS, como se pode depreender das sua palavras, "deixemos as famílias portuguesas de fora deste esforço".
Podia também deitar alguma luz sobre esta discussão salientando que os portugueses não são 11% dos visitantes pagantes, quem nos dera, mas sim do total de visitantes.
Quanto ao Palácio Nacional da Pena, que está a ser administrado pelos Montes da Lua, ainda é um monumento nacional sob responsabilidade do Ministério da Cultura. Não basta criar uma sociedade anónima para o Estado se desresponsabilizar, até porque são capitais públicos que a constituem.
Abraço do Zé

Anónimo disse...

"Iludiu" o facto de se contestar a gratuitidade para os visitantes ESTRANGEIROS, como se pode depreender das sua palavras, "deixemos as famílias portuguesas de fora deste esforço"???

Iludiu? Não percebo o seu raciocinio - em primeiro lugar, não sei onde foi buscar essa de "SE" contestar a gratuitidade dos "estrangeiros". Quem é o "se"?O seu post e o artº do presidente da APOM não falam nisso, contestam é a eventual gratuitidade absoluta, que aliás a ministra não defende no artº - já agora convinha citar a frase toda - deixemos as famílias portuguesas de fora deste esforço, "pelo menos aos domingos de manhã".
Mas mesmo que haja quem conteste a gratuitidade dos estrangeiros ao Domingo, não é a própria ministra que diz - deixemos as "famílias portuguesas" de fora deste esforço - e que afirma que acha ser necessário um "enquadramento legal para cobrarmos, mais eficazmente, aos estrangeiros e aos grupos organizados de turistas"? Mostra, isso sim, estar consciente do problema das agencias de viagens que cobram aos turistas, mas despejam nos museus autocarros inteiros aos domingos de manhã, sem que a legislação comunitária permita "descriminações positivas" entre nacionais e estrangeiros.
Não me leve a mal a insistencia, que aliás termina aqui, mas acho que não leu os 3 art do DN com cuidado, pelo menos o da ministra.

Já agora, não lhe merece um comentário o facto de TODOS os membros da APOM e TODOS os membros do ICOM terem direito a entradas livres em TODOS os museus? A que propósito, pergunto eu? E depois ainda contestam a gratuitidade? Para os outros, tá bom de ver...

opolidor disse...

o problema desta srª é que é muito mais dedicada
á cultura cor de rosa...