Como era de esperar, o ministro Vieira da Silva, deixou sem resposta os deputados que o confrontaram com o problema da precariedade laboral e com o mau exemplo dado pelo Estado enquanto empregador. Lamentavelmente da boca do governante saiu o discurso do costume, das políticas activas de emprego e das iniciativas como o Rendimento Social de Inserção ou do Complemento Social para Idosos, que em nada contribuíram para esclarecer o que quer que seja sobre a precariedade.
A crispação perante a evidência foi notória e Vieira da Silva lá acabou por dizer que a prioridade do Governo é «conciliar a competitividade com a contratação colectiva e o combate à precariedade», não esclarecendo de que lado da barricada estará o Governo, já que é um dos maiores infractores, se não maior.
Enquanto no hemiciclo se falou da precariedade, chegou também de Coimbra a notícia de uma mesa-redonda, sob a égide da Presidência do Tribunal da relação de Coimbra, onde se pronunciaram frases como estas, «quando é apregoada a ruptura da protecção social, o entusiasmo esmorece. Parece-me que vamos ter é a flexisegurança no seu vector de flexibilidade e nenhuma no seu vector de segurança activa», ou « o diagnóstico mostra que a precariedade está a aumentar e que, com a flexisegurança, seria muito pior».
O senhor ministro Vieira da Silva não deixou pistas nenhumas sobre as intenções do Governo, o que é um mau sinal para quem trabalha, já que como responsável pelas áreas do Trabalho e da Segurança Social, não foi capaz de definir um modelo que se possa discutir abertamente deixando no ar demasiadas interrogações sem resposta.
A crispação perante a evidência foi notória e Vieira da Silva lá acabou por dizer que a prioridade do Governo é «conciliar a competitividade com a contratação colectiva e o combate à precariedade», não esclarecendo de que lado da barricada estará o Governo, já que é um dos maiores infractores, se não maior.
Enquanto no hemiciclo se falou da precariedade, chegou também de Coimbra a notícia de uma mesa-redonda, sob a égide da Presidência do Tribunal da relação de Coimbra, onde se pronunciaram frases como estas, «quando é apregoada a ruptura da protecção social, o entusiasmo esmorece. Parece-me que vamos ter é a flexisegurança no seu vector de flexibilidade e nenhuma no seu vector de segurança activa», ou « o diagnóstico mostra que a precariedade está a aumentar e que, com a flexisegurança, seria muito pior».
O senhor ministro Vieira da Silva não deixou pistas nenhumas sobre as intenções do Governo, o que é um mau sinal para quem trabalha, já que como responsável pelas áreas do Trabalho e da Segurança Social, não foi capaz de definir um modelo que se possa discutir abertamente deixando no ar demasiadas interrogações sem resposta.
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FOTOGRAFIA
10 comentários:
Aqui ainda não conseguiram manipular os números, em que são experts. E mesmo que o venham a conseguir, a realidade que emana do sentimento expresso pelo português comum desmente qualquer manipulação.
Saudações do Marreta.
Olá querido amigo Zé, gostei muito desta postagem...
Beijinhos de carinho,
Fernandinha
A precariedade, aqui, esconde uma realidade bem mais angustiante. Palavra estranha, mas escrevo-a na mesma: descartabilidade. Este é o ideal empresarial moderno, o de transformar as pessoas em meros instrumentos descartáveis da produção Um belo novo milénio, cheio de promessas tristes.
Um abraço anarquista
A estudar com atenção, "O grupo de Macau" e depois talvez se faça luz quanto aos desígnios deste (des)governo. Por muito que nos custe eles sabem com precisão o que estão a fazer; infelizmente os benificiários são uma meia dúzia, tudo em nome do "quinto império".
Abraços
O senhor ministro Vieira da Silva já me deu um presente envenenado...isto quer dizer muito ou tudo.
Passei por aqui para dar uma espreitadela ao teu espaço.Por aqui continua tudo animado como é habito.
Quero também desejar-te um bom fim de semana.
SAUDAÇÕES.
Olá Zé,
Infelizmente é tal qual diz e não se visualizam soluções de lado nenhum.
Um beijinho amigo e bom fim de semana.
Soluções?
Então não ouviram as últimas?
Como disseram em Coimbra, é muita flexi e pouca segurança!
Zé Povinho, Zé Povinho
tudo é precário afinal,
não serão só os empregos
mas tudo o que é Portugal.
São precários os hospitais
e as prisões que não existem
são precárias as empresas
que à recessão resistem.
Só ficam os tubarões
e os vigaristas profundos
e o resto são só tesões
dos sócretinos imundos.
Venham festas e balões,
venham carnavais à solta,
venham mais uns aldrabões
porque o povo não se revolta.
Quem quebra os nossos grilhões?
Estimado Amigo Zé,
Essa de substituir o combustível por óleo de cozinha não lembra "nem ao diabo"...
Do que gostei mesmo foi dos campos de girassóies e de cravinas com que abre a série de ricas imagens e cartoons que hoje partilha connosco.
De facto, o seu bom gosto é uma delícia...
Obrigado.
Um abraço amigo, com votos de um resto de fim de semana feliz,
Maria Faia
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