Há uma eternidade, eu fui um dos que fui punido injustamente por um professor de Organização Política e Administrativa da Nação (OPAN), no antigo sexto ano dos Liceus, por tentar defender que o socialismo democrático era o melhor modelo a seguir, especialmente pela riqueza criada, pela disciplina no trabalho e pelo bem estar social alcançado pelos países a que me referia. Reconheço hoje que o professor foi coerente consigo próprio, e com o regime que defendia, e que eu estava a ser ingénuo. Isto passou-se depois da minha primeira viagem à Dinamarca e à Suécia, e pouco depois do Maio de 68, e eu era apenas um jovem sem qualquer experiência de vida.
Passados muitos anos, eis-me confrontado com as palavras de um ministro do Trabalho e da Segurança Social, que me tenta “vender” as virtualidades de um modelo semelhante de flexisegurança, ao aplicado pela Dinamarca. Confesso que estou velho para “engolir” este tipo de discurso, vindo de um membro deste governo que é, nem mais nem menos, o maior empregador de contratados a prazo com recibos verdes do país. Sobre o assunto o senhor ministro não se compromete com uma solução, mesmo reconhecendo que existe um claro incumprimento da Lei. Se Vieira da Silva fosse ministro de um executivo dinamarquês já se tinha demitido.
Custa-me a aceitar que o partido do governo teime em utilizar a palavra socialista, quando a sua actuação pouco, ou mesmo nada tem que o caracterize desse modo. Sinto-me incomodado, ou mesmo revoltado, quando ouço um ministro do meu país falar de flexisegurança e do modelo dinamarquês, quando acrescenta a palavra semelhante, e apenas preconiza a flexibilidade dos despedimentos, sabendo que não tem uma Segurança Social eficaz, nem nada faz para a fortalecer como foi feito na Dinamarca.
Finalizo com a constatação do facto de hoje já nem o facto de se ter emprego garante a subsistência de uma boa parte dos cidadãos. Sabendo quem o pressiona neste sentido, o patronato (parte dele), pergunto se o senhor ministro aceitou a pasta para defender os interesses da maioria dos portugueses? É que eu tenho muitas dúvidas!
Passados muitos anos, eis-me confrontado com as palavras de um ministro do Trabalho e da Segurança Social, que me tenta “vender” as virtualidades de um modelo semelhante de flexisegurança, ao aplicado pela Dinamarca. Confesso que estou velho para “engolir” este tipo de discurso, vindo de um membro deste governo que é, nem mais nem menos, o maior empregador de contratados a prazo com recibos verdes do país. Sobre o assunto o senhor ministro não se compromete com uma solução, mesmo reconhecendo que existe um claro incumprimento da Lei. Se Vieira da Silva fosse ministro de um executivo dinamarquês já se tinha demitido.
Custa-me a aceitar que o partido do governo teime em utilizar a palavra socialista, quando a sua actuação pouco, ou mesmo nada tem que o caracterize desse modo. Sinto-me incomodado, ou mesmo revoltado, quando ouço um ministro do meu país falar de flexisegurança e do modelo dinamarquês, quando acrescenta a palavra semelhante, e apenas preconiza a flexibilidade dos despedimentos, sabendo que não tem uma Segurança Social eficaz, nem nada faz para a fortalecer como foi feito na Dinamarca.
Finalizo com a constatação do facto de hoje já nem o facto de se ter emprego garante a subsistência de uma boa parte dos cidadãos. Sabendo quem o pressiona neste sentido, o patronato (parte dele), pergunto se o senhor ministro aceitou a pasta para defender os interesses da maioria dos portugueses? É que eu tenho muitas dúvidas!
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FOTOGRAFIA
11 comentários:
O senhor mistro do patronato e da insegurança social está a fazer o seu trabalho e já deve ter garantido um lugar num concelho de administração à moda de coelhone "o moca de Rio Maior".
Lol
AnarKa
A música deu-me saudades ...
Os cartoons fizeram-me sorrir..,
O texto obrigou-me a pensar...
Que posso desejar mais?!
Uma feliz semana , caríssimo.
Sou totalmente contra modelos importados de países com realidades totalmente diferentes da nossa.
O que acredito é num modelo construido segundo o que nós somos, construido de base, já que esta constante colocação de remendos no actual edifício, tem mostrado que ele está cada vez pior e em vias de ruir.
bem...essa lua de mel foi extrondosa loool
pois á democaracia esta como em tudo em portugal na m* vai haver um dia que bate no fundo não sei é quando
Beijinhos
Boa semanita
Olá querido Zé, linda a tua Postagem... Parabéns!
Beijinhos de carinho,
Fernandinha
Eu não tenho dúvidas nenhumas. A promiscuidade e os jogos de interesse entre a política e a alta finança e os grandes grupos económicos é tão evidente que não há possibilidade de engano. Se alguma dúvida houvesse , bastava fazer uma retrospectiva das políticas sociais (se é que existiram) praticadas por este governo.
Saudações do Marreta.
Zé Povinho
Eu também tenho muitas dúvidas.
E quanto a modelos à moda da casa já os temos tido de sobejo e tem-se visto no que têm dado.
Abraço
fotos e cartoons malandros hoje ;-)
"utilizar a palavra socialista, quando a sua actuação pouco, ou mesmo nada tem que o caracterize desse modo."
...assino por baixo :-(
E sei o que é, como tu, o ter que trabalhar a dobrar...
RUA com este Governo!!!
A luta continua!!
Tenho lá no bloguito um museu para me tirares uma duvida...
Bjs
e obrigada de novo pela encomenda :-)
Aqui está um raciocínio que merece aplausos. Confesso que não sei quem ocupa o poder actualmente na Dinamarca, nem me parece que saber a cor política do seu governo seja significativo, especialmente se lançaram uma flexisegurança com os direitos dos trabalhadores devidamente assegurados. Agora, a cor política do nosso governo é que não é rosa-socialista, mas antes negro-choque, com laivos de cinzento salazarista.
Suficientemente do lado do patronato, para se acreditar que os trabalhadores pudessem, alguma vez, ver os seus direitos respeitados.
Um abraço anarquista
Ao longo dos anos, essa bandeira dos modelos suecos e dinamarqueses, foi sendo adoptada ora por uns ora por outros. É uma bandeira que fica sempre bem ser agitada mas que depois, na realidade, não é adaptável à nossa realidade! Já não há pachorra para estes pseudo-socialistas!
Aquele abraço infernal!
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