Tal como a grande maioria dos portugueses, tenho alguma dificuldade na área das matemáticas, sobretudo quando se trata de apreciar os argumentos dados para aumentar pouco os salários, relacionando-os com a inflação esperada. Ainda há pouco tempo, dizia o governo que os aumentos para a função pública íam ser de 2,1%, e que esse era o valor previsto para a inflação do ano de 2008.
Ouvi diversas explicações sobre o cálculo da inflação, e até me fizeram uma simulação do seu cálculo, mas curiosamente, para 2007 o resultado, tomando em consideração os aumentos praticados na função pública, deu um resultado bastante superior a 3,4%. Claro que me vieram logo dizer que o cálculo atingia esse valor porque não tinha sido considerado o aumento salarial médio nacional, que foi bastante superior ao dos funcionários públicos, e que portanto estava tudo explicado.
Vamos ser práticos, e tomemos em consideração apenas alguns dos produtos e serviços que oneram quase todos os portugueses, como por exemplo a gasolina, os transportes públicos, o gás, a energia eléctrica, os produtos alimentares e a despesa com a habitação. Alguém já fez as contas e encontrou algum aumento inferior à inflação que nos é apresentada? Eu não encontrei, e digo-vos que procurei bastante.
Eu sei que há cépticos em relação ao que afirmo, e que preferem acreditar nos dados que nos são fornecidos, mas para esses fica um alerta: leiam os jornais, ou ouçam as notícias, porque lá verão os aumentos dos transportes públicos a rondar os 4%, os combustíveis a subir (em 2007, 20%), as rendas de casa e as taxas dos empréstimos bem acima da inflação, a energia eléctrica idem, o gáz também, os produtos alimentares é só consultar os preços nos supermercados, etc.
Por vezes chego a desconfiar que os senhores que nos dão os dados oficiais sobre a inflação, compram apenas nas lojas chinesas, calcorreiam os saldos e compram só fora da estação, têm motorista e carro atribuido e um cartão de crédito da entidade patronal para as despesas de casa e alimentação.
Com tanta matemática criativa, não admira que eu continue a ser um nabo na matéria
Ouvi diversas explicações sobre o cálculo da inflação, e até me fizeram uma simulação do seu cálculo, mas curiosamente, para 2007 o resultado, tomando em consideração os aumentos praticados na função pública, deu um resultado bastante superior a 3,4%. Claro que me vieram logo dizer que o cálculo atingia esse valor porque não tinha sido considerado o aumento salarial médio nacional, que foi bastante superior ao dos funcionários públicos, e que portanto estava tudo explicado.
Vamos ser práticos, e tomemos em consideração apenas alguns dos produtos e serviços que oneram quase todos os portugueses, como por exemplo a gasolina, os transportes públicos, o gás, a energia eléctrica, os produtos alimentares e a despesa com a habitação. Alguém já fez as contas e encontrou algum aumento inferior à inflação que nos é apresentada? Eu não encontrei, e digo-vos que procurei bastante.
Eu sei que há cépticos em relação ao que afirmo, e que preferem acreditar nos dados que nos são fornecidos, mas para esses fica um alerta: leiam os jornais, ou ouçam as notícias, porque lá verão os aumentos dos transportes públicos a rondar os 4%, os combustíveis a subir (em 2007, 20%), as rendas de casa e as taxas dos empréstimos bem acima da inflação, a energia eléctrica idem, o gáz também, os produtos alimentares é só consultar os preços nos supermercados, etc.
Por vezes chego a desconfiar que os senhores que nos dão os dados oficiais sobre a inflação, compram apenas nas lojas chinesas, calcorreiam os saldos e compram só fora da estação, têm motorista e carro atribuido e um cartão de crédito da entidade patronal para as despesas de casa e alimentação.
Com tanta matemática criativa, não admira que eu continue a ser um nabo na matéria
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FOTOGRAFIA - AVES
11 comentários:
Então querias ver os nossos ocupados ministros a fazer compras num hipermercado? Não, eles mandam alguém fazer isso por eles, e quanto aos pagamentos... .
Bjos
Eu também tenho dificuldades com números, principalmente quando nos são apresentados de forma diferentes, dependendo da perspectiva de cada um, aliás até já deixei de acreditar neles.
O amigo está sempre atento e vigilante. Também eu tenho andado a matutar, se me é permitida a expressão, como se podem compaginar aumentos de 2,1% (e não serão só para a Função Pública porque este valor funciona depois quase como referencial para os restantes sectores) com aumentos de 3,9% (para já) nos transportes, aumentos diários (quase) nos combustíveis, aumentos de 9% (no meu concelho) nas tarifas e taxas de água, saneamento e lixo, aumentos nos escalões do IRS, aumentos da luz, do gás, do pão, dos livros escolares, disto, daquilo... não é possível. Olhe, eu hoje lá no meu canto resumir muito disto ao caricatural título de "bestanças lusas". Se tiver a amabilidade, gostava que lesse.
Ai Zé tinha piada ver o Shocas no jumbo ou no lidl...melhor, no Dia!!!
já tinha leva do com muito tomate podre no meio dos olhos.
Gostava era de saber como é que se consegue governar uma pessoa com o salario minimo...ou um reformado com 150 euros de reforma.
Cambada de javardos!!!
beijão grande
Olá Amigo Zé
Todos os dias do ano (não só no Natal...)deviamos pensar nas nossas «deficiências»:
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.
Beijos cheios de calor num dia gélido.
ADORO ler-te, dizes sempre as verdades que eu gostaria de dizer na tromba de alguns, isto irrita-me imenso, mas (ordem médica) não me posso irritar...vou agora para a consulta de hipertensão!
Sou uma doente de risco grande, mas...estou tão farta de ouvir esses... que só dizem m....para nos tapar os olhos com areia; sabes, não consigo ouvir as notícias porque não suporto ouvi-los falar mas em contrapartida venho ler-te e fico calma, parece que sinto que estás a falar por mim.
Ontem quando ouvi essa notícia do aumento dos transportes públicos em 3,9% lembrei-me logo da m---- do aumento para a F.P. de 2,1 que era igual à inflação, pois era...
Inflação, isto é uma miséria, então os transportes conseguem ser superiores ao valor estimado para a inflação, ou sou estúpido ou quer dizer que a inflação não é, nem será a que apregoam. Eu não compro.
PS. Eu gosto do Natal, mas a verdade é que me deixa triste.
Pelas saudades dos ausentes e pela falsidade das pessoas.
Saudações amigas
Zé, mas será preciso sair de casa e ler jornais para saber como vai o poder de compra?
Alguma vez pensei ver, na minha vida, os hipermercados proporem o pagamento das compras em 3 prestações?
Nem os cartões de crédito já servem para nada, Zé!
Esses senhores andam a "gozar" com o pagode.
Mas temos de poupar o quê? Se nem o essencial as pessoas têm.
Nóa todos temos dificuldades em números, claro, porque a matemática deles deve ser a outra, a prová-lo está a ostentação da "cimeira".
Uma ofensa ao povo, já nem digo aos pobres, porque pobres somos quase todos já...
Um abraço
Um abraço
Sobre a inflação nem quero me pronunciar...
Gostei do ultimo cartoon :-)
Bjs
Caro Zé,
Os cálculos e estimativas servem os propósitos de quem os encomenda. Se o governo pretende justificar os seus 2,1%, toca de calcular a inflação, eliminando os factores que prejudiquem a percentagem. A matemática política não se aprende na escola. Aprende-se nos meios da máfia político-económica.
Um abraço amigo
Contracorrente
Há várias matemáticas amigo Zé Povinho. Como há várias realidades, e várias gentes e pessoas que são mais pessoas que outras. E interesses que interessam aos poderosos e interesses para a raia miúda.E assim se aplica a inflação. Tens aqui algumas imagens de gritos!....
Tenho estado ausente por motivos de saúde de familiares próximos e amigos.Assim que pude vim logo visitar-te. Tenho hoje no Silêncio Culpado um texto de opinião em que me identifico e me mostro com o nome e o rosto que tenho.
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