Tornou-se vulgar ouvir dizer que ter dinheiro significa ter poder. É uma verdade indiscutível sabendo nós que numa sociedade neoliberal como a que se está a criar, tudo gira em torno do dinheiro e do lucro.
Há quem diga que o neoliberalismo pode conviver com uma sociedade com princípios e ética, contudo a prática vem desmentindo essa tese.
A crise no maior banco privado do país veio trazer à baila a ambição e a hipocrisia que grassa no sistema político nacional. Durante meses as autoridades de supervisão nada disseram, como nada se estivesse a passar, até que alguém decidiu falar alto e lá se mexeu no assunto. A ocasião escolhida, a quadra do Natal, não terá sido apenas uma coincidência, para muitos entendidos, porque quase todos concordam que nesta época o assunto não toma proporções que afectem mais profundamente os negócios da instituição.
Se os problemas do BCP, são apenas assuntos de gestão, a intromissão dos políticos nesta matéria começam a mostrar o que se suspeitava, e dizia à boca pequena, que existe uma grande promiscuidade entre o poder económico e o poder político. A guerra de palavras, com acusações mútuas, entre o PS e o PSD, sobre as personalidades que irão ficar à frente dos destinos do BCP e da CGD, deixa à vista de todos a luta pelo poder e o modo como esta se processa. Nunca como agora, tinham ficado tão claros os métodos utilizados por quem dirige os nossos partidos políticos.
Há quem diga que o neoliberalismo pode conviver com uma sociedade com princípios e ética, contudo a prática vem desmentindo essa tese.
A crise no maior banco privado do país veio trazer à baila a ambição e a hipocrisia que grassa no sistema político nacional. Durante meses as autoridades de supervisão nada disseram, como nada se estivesse a passar, até que alguém decidiu falar alto e lá se mexeu no assunto. A ocasião escolhida, a quadra do Natal, não terá sido apenas uma coincidência, para muitos entendidos, porque quase todos concordam que nesta época o assunto não toma proporções que afectem mais profundamente os negócios da instituição.
Se os problemas do BCP, são apenas assuntos de gestão, a intromissão dos políticos nesta matéria começam a mostrar o que se suspeitava, e dizia à boca pequena, que existe uma grande promiscuidade entre o poder económico e o poder político. A guerra de palavras, com acusações mútuas, entre o PS e o PSD, sobre as personalidades que irão ficar à frente dos destinos do BCP e da CGD, deixa à vista de todos a luta pelo poder e o modo como esta se processa. Nunca como agora, tinham ficado tão claros os métodos utilizados por quem dirige os nossos partidos políticos.
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FOTOS * SENTIMENTOS
13 comentários:
Infelizmente, como sabes, o dinheiro comanda isto tudo. E o poder político sempre se submeteu ao económico. Olha , agarra o Pai Natal e pede-lhe boleia para a Lapónia.
Beijinhossssss
Caro Zé Povinho,
Assino por baixo a tua análise. Até o Menezes veio dizer que convinha que estivesse à frente da CGD um membro do partido da oposição, qu'é pr'a manter um equilíbrio político... Na banca? Neoliberalismo político-económico, o mesmo tacho, a mesma gamela. O povo é que fica de barriga vazia.
Um abraço amigo
Ostentam cores diferentes mas demonstram as mesmas ambições. Todos iguaizinhos!
Bjos
As escolhas são feitas pela côr? Porra, que grande discriminação. Vou começar a chamar-lhes RACISTAS!...
Lol
De sublinhar que a culpa não é dos não poderosos. Desses não é com certeza
vale tudo, até tentar controlar o maior banco privado, enfim, tudo continua igual...
E os criminosos, Zé?
Ali não houve, não há crimes?
Ninguém fala disso? Ou vai ficar tudo assim? E o Banco de Portugal, onde fica nesta história escabrosa?
Uns roubaram, outros encobriram... e ninguém vai preso?
Este desvio para a política, assim como a época do Natal, não foram por acaso, não.
Mas expliquem-me: se o BP dá cobertura a um caso como este, o que esperamos dele?
E eu pensei que o BCP precisava de competência e honestidade...
Zé, quem nos salva destes abutres?
Um abraço
Credibilidade?
Acho este post muito esclarecedor e um alerta para a forma como os partidos gerem, no seu próprio interesse, este quintal rectangular à beira-mar plantado.
Tomei a liberdade de o transcrever para Do Miradouro, apesar de já ter referido este caso no post do dia 24, Poderosos aliados na exploração do País
Abraço e votos de Bom Ano
Sem dúvida! As máscaras caíram-lhes em pleno Natal, vindo ainda longe o tempo tradicional para as mesmas.
Na roda do poder, é um agora tu... logo eu..
Comigo não contam para os legitimar.
Um abraço.
Zé Povinho
Temos que mudar as mentalidades. Temos que fazer surgir uma consciência cívica que se rebele contra este estado de coisas. Aliás tu dás um óptimo contributo com o teu blogue.
Mas temos que fazer mais.E sobretudo não votar "neles".
Um abraço
Infelizmente a promiscuidade destes dois poderes não é de hoje mas todos nós gostaríamos que a sociedade tivesse evoluído noutro sentido. Em ambos estivessem dissociados, com total independência para que tudo fosse mais claro.
Duvido que alguma vez aconteça.
Beijinhossssss
Bom Ano Novo!
Olá Zé, pois de facto esses senhores (todos eles)podem ...
e tanto quanto se percebe subscrevem o adágio popular que dá sempre que pensar : " quem parte e reparte e não fica para si com a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte ... "
São os artistas por nós eleitos ...
Belos cartoons!
Um beijinho amigo
Maria
Será o BCP um pouco público ou o governo um pouco privado?!
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