domingo, dezembro 09, 2007

MOSTEIRO POUSADA

Na semana que findou recebemos a notícia segundo a qual a Câmara de Alcobaça e o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico (IGESPAR), estão a negociar a instalação de uma pousada no Mosteiro de Alcobaça.
Este tipo de notícias não me causa grande surpresa, até porque já ouvi algo semelhante sobre o Convento de Cristo em Tomar, embora tenha tido consequências para quem falou antes do tempo. O que me intriga é que se fazem estes acordos mas nunca vemos concursos para a adjudicação destes espaços, nem se conhecem as contrapartidas pelas cedências de espaços, que são ou fazem parte de edifícios classificados e que estão sob salvaguarda do Ministério da Cultura.
Para que se entenda o sentido das minhas afirmações e o motivo da minha apreensão, deixo-vos algumas questões sobre as quais acho que há défice de informação:
- No edifício fronteiro ao Palácio Nacional de Queluz, na Torre do Relógio, está em funcionamento uma pousada, alguém sabe como foi atribuída a sua exploração e quais as condições dessa concessão?
- No Palácio de Seteais, temos uma unidade hoteleira em funcionamento, explorando um negócio de alojamento de luxo. Recentemente, ficou sob alçada da sociedade anónima Parques de Sintra Monte da Lua, mas quem é capaz de me informar acerca das contrapartidas que revertem para o Estado português, qual o ministério que beneficia desta concessão?
Dei apenas dois exemplos, mas há mais, e embora haja quem esteja a explorar estes edifícios classificados que são propriedade do Estado, não acredito que nenhum dos meus leitores saiba, ou sequer imagine quais os valores envolvidos nestes negócios, nem tão pouco como foram atribuídos os contratos de exploração.
Interessante exemplo de como pouco se liga ao nosso Património.

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ESCULTURA E DESENHO
Verrocchio

Sandro Botticelli

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CARTOON

9 comentários:

Meg disse...

Agora fiquei perplexa.
Ignorava e julgo que não serei a única. Pois eu também fiquei com muito interesse em saber como e por quem são feitas essas "negociatas". Porque só podem ser negociatas.
E que mais não sabemos, Zé?

Um abraço

zé lérias (?) disse...

...e as negociatas não têm fim, não é isso?
Pobre país com gente tão passiva, digo eu.

Faz hoje 59 anos que foi proclamada a
Declaração Universal dos Direitos do Homem.
E que tal um poste sobre o assunto?
Um abração.

Anónimo disse...

Os vendilhões do Templo, ou antes do Património. Arrisco dizer que não terá sido lançado concurso público, e que em relação a Alcobaça se prepara o mesmo esquema, não é?
Bjos

quintarantino disse...

Meu caro amigo, admito e confesso aqui publicamente a minha ignorância. Também suponha que as concessões tivessem de ser sempre por concurso público.

Anónimo disse...

Oi, achei seu blog pelo google está bem interessante gostei desse post. Gostaria de falar sobre o CresceNet. O CresceNet é um provedor de internet discada que remunera seus usuários pelo tempo conectado. Exatamente isso que você leu, estão pagando para você conectar. O provedor paga 20 centavos por hora de conexão discada com ligação local para mais de 2100 cidades do Brasil. O CresceNet tem um acelerador de conexão, que deixa sua conexão até 10 vezes mais rápida. Quem utiliza banda larga pode lucrar também, basta se cadastrar no CresceNet e quando for dormir conectar por discada, é possível pagar a ADSL só com o dinheiro da discada. Nos horários de minuto único o gasto com telefone é mínimo e a remuneração do CresceNet generosa. Se você quiser linkar o Cresce.Net(www.provedorcrescenet.com) no seu blog eu ficaria agradecido, até mais e sucesso. If is possible add the CresceNet(www.provedorcrescenet.com) in your blogroll, I thank. Good bye friend.

Jorge P. Guedes disse...

Muito estranho este negócio das Pousadas, antes concessionadas pelas Pousadas de Portugal e depois tendo passado para o grupo Pestana.
são caras, algiumas delas não apresentam serviço condizente com os preços praticados e até já comi comida requentada, isso mesmo, requentada em uma delas, em Guimarães, não a que está no centro da cidade mas na outra de que não me recordo agora o nome. Comparando-as com as espanholas, adiferença é um abismo!
A conservação de muitas é deficiente e a sua gestão não atende minimamente aos interesses dos portugueses. Só querem turismo estrangeiro.
Agora, dás-me essas duas novidades.Não faço ideia de quem as irá explorar, mas não é nada transparente o processo de concessão de licenças e respectivos contratos.

Peço desculpa, entretanto, pela minha reduzida disponibilidade de tempo para os blogues nos próximos 10 dias, mas quem é professor perceberá bem do que falo.

Um abraço

Anónimo disse...

As rendas devem ser interessantes, mas pelos vistos não as verei mencionadas no orçamento do MC.
Negociatas que parece terem passado ao largo do público.
Lol

Laurentina disse...

As nossas não teem nada aver com os Paradores espanhois...mas isso são outros quinhentos como de costume!!!

Meu amigo tens um selo á tua espera no meu sitio .
È teu e mereces

Beijão grande

Pata Negra disse...

Era mais bonito sabermos das negociatas mas nem por isso deixariam de ser negociatas! Essas negociatas não são para o ZÉ