Quando muito se fala de
crescimento, de aumento do emprego, e de alívio do cinto, importa muito saber
se este aumento de riqueza teve uma justa repartição ou se pelo contrário se
assistiu a uma maior concentração da riqueza.
Os investigadores do ISCTE foram
acompanhando um grupo de pessoas em situação de pobreza e depois de alguns anos
verificaram que muito poucos conseguiram sair da pobreza, mesmo depois de
arranjarem emprego.
Diversas ilações podem ser
tiradas sem grandes dúvidas, começando desde logo pela constatação de que o
trabalho não garante a saída da pobreza, de que a riqueza continua a ser mal
distribuída, e que o tal alívio do cinto não foi igual para todos.
Quem acredita que o mercado se auto-regula deve repensar as suas ideias, quem acredita que o patronato quer
empregados felizes deve considerar outra medicação, e quem acreditou que este
governo ia mudar o paradigma deve questionar-se.
2 comentários:
Com os salários de miséria que muitos patrões pagam ninguém sai da miséria.
Abraço
Os piores são os fazedores de misérias
Não sabem o que é sentar à mesa e comer pedras
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