segunda-feira, março 12, 2018

OS POBRES CONTINUAM POBRES



Quando muito se fala de crescimento, de aumento do emprego, e de alívio do cinto, importa muito saber se este aumento de riqueza teve uma justa repartição ou se pelo contrário se assistiu a uma maior concentração da riqueza.

Os investigadores do ISCTE foram acompanhando um grupo de pessoas em situação de pobreza e depois de alguns anos verificaram que muito poucos conseguiram sair da pobreza, mesmo depois de arranjarem emprego.

Diversas ilações podem ser tiradas sem grandes dúvidas, começando desde logo pela constatação de que o trabalho não garante a saída da pobreza, de que a riqueza continua a ser mal distribuída, e que o tal alívio do cinto não foi igual para todos.

Quem acredita que o mercado se auto-regula deve repensar as suas ideias, quem acredita que o patronato quer empregados felizes deve considerar outra medicação, e quem acreditou que este governo ia mudar o paradigma deve questionar-se.



2 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Com os salários de miséria que muitos patrões pagam ninguém sai da miséria.
Abraço

O Puma disse...


Os piores são os fazedores de misérias
Não sabem o que é sentar à mesa e comer pedras