Tem sido norma ouvir-se que
Portugal tem um mercado de trabalho excessivamente protegido, e que isso é
prejudicial para a produtividade, competitividade e atracção de investimento
estrangeiro. As vozes que se ouvem neste sentido são sempre as ligadas aos
grandes negócios e empresas, seus representantes e os comentadores e
economistas que gravitam em torno dos seus interesses.
A realidade é pouco favorável a
estes senhores que se intitulam de liberais, porque em Portugal é facílimo o
despedimento colectivo, a precariedade é maior do que a média europeia, e os
sindicatos em Portugal são menos fortes do que na maioria dos países mais
desenvolvidos da Europa.
Um pequeno exemplo da falta de
protecção do emprego e dos direitos dos trabalhadores, em Portugal,
relativamente ao que se passa nos países que mais nos têm criticado, é o caso
da possibilidade da compra da Opel pela PSA, que mereceu a intervenção da
própria chanceler alemã, Angela Merkel, que conduziu à promessa de Carlos
Tavares, chairman da PSA de proteger os funcionários da Opel.
Imaginem senhores liberais o que
diriam vocês da Intervenção no mesmo sentido do nosso 1º ministro,
relativamente à compra por alguma empresa estrangeira de outra ainda nacional (raridades)…
Lohner Porsche o 1º Híbrido
1 comentário:
A sua questão é de fácil resposta:
adoptava a postura do costume, i.e punha-se de gatas para os interesses estrangeiros, vide recente processo da Central Nuclear Espanhola, como em tudo o resto. Não temos , nem nunca tivemos uma postura vertical, infelizmente.
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