quarta-feira, fevereiro 22, 2017

NEGÓCIOS, PROTECCIONISMO E BALELAS

Tem sido norma ouvir-se que Portugal tem um mercado de trabalho excessivamente protegido, e que isso é prejudicial para a produtividade, competitividade e atracção de investimento estrangeiro. As vozes que se ouvem neste sentido são sempre as ligadas aos grandes negócios e empresas, seus representantes e os comentadores e economistas que gravitam em torno dos seus interesses.

A realidade é pouco favorável a estes senhores que se intitulam de liberais, porque em Portugal é facílimo o despedimento colectivo, a precariedade é maior do que a média europeia, e os sindicatos em Portugal são menos fortes do que na maioria dos países mais desenvolvidos da Europa.

Um pequeno exemplo da falta de protecção do emprego e dos direitos dos trabalhadores, em Portugal, relativamente ao que se passa nos países que mais nos têm criticado, é o caso da possibilidade da compra da Opel pela PSA, que mereceu a intervenção da própria chanceler alemã, Angela Merkel, que conduziu à promessa de Carlos Tavares, chairman da PSA de proteger os funcionários da Opel.


Imaginem senhores liberais o que diriam vocês da Intervenção no mesmo sentido do nosso 1º ministro, relativamente à compra por alguma empresa estrangeira de outra ainda nacional (raridades)…

Lohner Porsche o 1º Híbrido

1 comentário:

Anónimo disse...

A sua questão é de fácil resposta:
adoptava a postura do costume, i.e punha-se de gatas para os interesses estrangeiros, vide recente processo da Central Nuclear Espanhola, como em tudo o resto. Não temos , nem nunca tivemos uma postura vertical, infelizmente.