Não me apetece falar de
submarinos nem de fotocópias, mas sim de Paulo Portas e das suas declarações mais
recentes, sobre salários, emprego, e sobre a reforma do Estado.
Sobre a reforma do Estado está
bem à vista que não passa dum corte cego nos salários, no pessoal, nas reformas
e nas funções do Estado. A discussão sobre as funções do Estado não foi feita,
o diálogo com os sindicatos não passou duma farsa, e a retórica sobre a reforma
é patética.
Quando Paulo Portas fala do ajustamento
feito pelo sector privado, esquece-se de mencionar o esforço exigido ao
funcionalismo público, que foi o maior dos países do resgate, em descida do
emprego público, e em redução de salários, bastante superior ao sector privado,
considerando os últimos 5 anos.
Os portugueses estão a pagar
erros de governação de vários executivos, mas isso não é matéria que os
governantes queiram levar à Justiça, não vá isso atingir muitos dos que lá
estão ou por lá passaram…