Enquanto o secretário de Estado
da Cultura nomeia um boy para seu assessor, e mantém 3 motoristas ao seu
serviço, a Cultura vai sofrer mais um corte substancial no próximo Orçamento de
Estado, e o seu pessoal vai sofrer um corte importante, traduzido numa
“poupança” de mais de 8 milhões de euros, como se percebeu pelas palavras do
SEC.
Já se percebeu que grande parte
dos cortes vão incidir sobre a Direcção Geral do Património Cultural, que
tutela museus, palácios, monumentos e a arqueologia em geral, só que não se
percebe muito bem como é que isso pode acontecer, tal a penúria que grassa pelo
sector.
Tendo em consideração o que já
aconteceu, num passado recente, as hipóteses são poucas e centram-se quase que
em exclusivo na entrega de palácios ou monumentos a entidades públicas geridas
pelo direito privado, como já se viu em Sintra.
Os anéis passíveis de passar para
a gestão privada são poucos nas condições actuais, e apenas vejo com como
possibilidades o Palácio de Mafra e a Tapada, o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre
de Belém, o Museu Nacional de Arqueologia e o futuro Museu Nacional dos Coches.
Saliente-se que tal como
aconteceu em Sintra, o Património construído só tem a ganhar, já os cofres
públicos ficarão certamente a perder pois estas são as jóias que ainda restam à
DGPC para arrecadação de receitas próprias.
Como nota final apenas um alerta:
sem a arrecadação de receitas de Património que era mais do que
auto-sustentável a Cultura ficará mais dependente do OE e portanto dos nossos
impostos.
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