Quando afirmo a minha discordância com esta Europa onde nos colocaram sem que para isso tivéssemos sido auscultados, em geral chamam-me retrógrado e extremista. Não me reconheço nesses rótulos, nem acho que esta Europa tenha sido construída democraticamente e com o aval dos cidadãos dos diferentes países que a compõem.
À partida sabia-se que os diferentes países tinham graus de desenvolvimento diferentes e que era absolutamente imperioso tentar harmonizar as suas economias para o projecto ser bem-sucedido. Outra exigência indispensável era o acordo dos cidadãos nessa tarefa e nesse projecto conjunto.
Como tudo foi feito sem a participação colectiva, o projecto esteve, desde o princípio, condenado ao fracasso, como se está agora a ver.
Um antigo membro do BCE, de origem alemã, veio agora dizer, sem qualquer rodeio, que a zona euro deveria ser reduzida aos países economicamente estáveis, e que as economias mais fracas deveriam abandonar a moeda única.
Alguns dos que me criticaram desde o princípio, talvez comecem agora a perceber porque é que eu não acreditei nesta Europa imposta, e porque é que se continua a insistir em medidas absolutamente ilógicas para resolver os problemas económicos dos países que estão em dificuldades.
A solidariedade deu lugar à lei da selva, e os países do sul da Europa estão a ser “empurrados” para o papel de reservas de mão-de-obra barata para a produção de bens concorrenciais com a produção dos países emergentes.
2 comentários:
Vamos ser empurrados pela borda fora do pelotão da frente (expressão tão do agrado dos nossos (des)governantes)
Bjos da Sílvia
É o jogo dos nove lembram... Ficou fraco! "Nove fora, um! Vão sugando os países como laranjas e deixando os bagaços. No final só restará? Me recorde ai Dona Merck!...
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