Já tenho aqui manifestado alguma admiração pelo “espírito nórdico”, onde a organização existe, a consciência cívica se manifesta, e onde as preocupações sociais são uma realidade. Não estou a falar em mundos perfeitos, mas em sociedades mais justas porque todos para isso contribuem segundo as suas obrigações.
Não é por acaso que nos países nórdicos a economia paralela é muito inferior à média da OCDE. Mencionei já questões de educação, inculcadas desde tenra idade e fortalecidas pelo exemplo, podia mencionar alguma influência religiosa, que muitos preferem ignorar, para explicar uma maior consciência do bem comum, mas isso é outro assunto.
Por cá, e pelos países do Sul da Europa, a economia paralela tem elevada expressão, e aumenta em situações de crise causando ainda maiores problemas sociais do que aqueles que os que a praticam pretendem solucionar.
É mais fácil atacar os funcionários públicos, dizendo que ganham muito, têm muitas regalias e não fazem nada. Os governantes até ajudam nesta matéria, porque isso divide o universo dos trabalhadores por conta de outrem, enfraquecendo todos os assalariados, e desvia as atenções dos erros de governação.
É também popular atacar um ou vários empresários que decidem mudar os domicílios fiscais das suas empresas para países menos sedentos de impostos. O que se evita é dizer que são muitos os trabalhadores que não descontam pela totalidade dos seus salários, e são coniventes com os seus patrões nessa “esperteza”.
As culpas são sempre dos outros, e os problemas reais e perfeitamente identificados ficam sempre por resolver.
Se os governantes não nos governam bem, podemos correr com eles. Se os impostos são demasiado altos, porque há muita gente a fugir das suas obrigações, vamos exigir mais fiscalização e menores taxas de imposto. Há muita coisa que pode ser feita com consciência cívica. Cada um de nós tem o seu papel na sociedade, mas só podemos exigir dos outros se nós próprios cumprirmos a nossa parte.
Este não é um discurso moralista, mas apenas um conjunto de ideias que nos podem ajudar a ter uma sociedade melhor e mais justa. A política nacional não prima pela ética, mas a sociedade no seu conjunto pode mudar as coisas, se cada um souber e quiser fazer a sua parte.
Não é por acaso que nos países nórdicos a economia paralela é muito inferior à média da OCDE. Mencionei já questões de educação, inculcadas desde tenra idade e fortalecidas pelo exemplo, podia mencionar alguma influência religiosa, que muitos preferem ignorar, para explicar uma maior consciência do bem comum, mas isso é outro assunto.
Por cá, e pelos países do Sul da Europa, a economia paralela tem elevada expressão, e aumenta em situações de crise causando ainda maiores problemas sociais do que aqueles que os que a praticam pretendem solucionar.
É mais fácil atacar os funcionários públicos, dizendo que ganham muito, têm muitas regalias e não fazem nada. Os governantes até ajudam nesta matéria, porque isso divide o universo dos trabalhadores por conta de outrem, enfraquecendo todos os assalariados, e desvia as atenções dos erros de governação.
É também popular atacar um ou vários empresários que decidem mudar os domicílios fiscais das suas empresas para países menos sedentos de impostos. O que se evita é dizer que são muitos os trabalhadores que não descontam pela totalidade dos seus salários, e são coniventes com os seus patrões nessa “esperteza”.
As culpas são sempre dos outros, e os problemas reais e perfeitamente identificados ficam sempre por resolver.
Se os governantes não nos governam bem, podemos correr com eles. Se os impostos são demasiado altos, porque há muita gente a fugir das suas obrigações, vamos exigir mais fiscalização e menores taxas de imposto. Há muita coisa que pode ser feita com consciência cívica. Cada um de nós tem o seu papel na sociedade, mas só podemos exigir dos outros se nós próprios cumprirmos a nossa parte.
Este não é um discurso moralista, mas apenas um conjunto de ideias que nos podem ajudar a ter uma sociedade melhor e mais justa. A política nacional não prima pela ética, mas a sociedade no seu conjunto pode mudar as coisas, se cada um souber e quiser fazer a sua parte.
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CARTOON
Falência
8 comentários:
Zé,
tens toda a razão. Vou,no entanto, fazer de advogado do diabo. Quando os nossos Governantes são os primeiros a prevaricar, como convencer o comum dos portugueses a fazer o que está correcto sem esse exemplo "de cima"?
Abraço.
Meu caro
Quando Maomé não vai à montanha, vem a montanha a Maomé.
Abraço do Zé
Oxalá que sim.
Conta comigo para ajudar a empurrar.
Gostei, Zé. O povinho até concorda contigo, só que espera sempre que sejam os outros a começar, e só aderem se todos aderirem. O nosso estilo de rebanho exige um pastor e por isso vamos escolhendo vários e não acertamos uma.
Deus queira que muitos te oiçam e deixem de esperar pelos outros...
Bjos da Sílvia
Sem dúvida, falta-nos como pão para a boca competência e seriedade, mas gente que combine essas características com uma capacidade de liderança e de gerar empatia por esta ideia que deixo há muito provocadoramente :
- Vamos mudar o Mundo em pequenos passos ? - É para já, Zé ?...
:)
Maria
Um passo de cada vez já é bom...
Abraço do Zé
Enquanto houver quem se julgue mais esperto do que os outros isto não vai lá.
Kokuana
"Por aqui esse peso não afunda políticos pois dizem que merda flutua..."
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