Há situações e problemas que pela sua natureza não devem ser abordadas apenas pela rama, mas sim bem analisadas.
A situação na zona euro é tão grave que não dá para ignorar os riscos que podem advir dum passo errado nesta altura do campeonato. As posições da Alemanha, da Finlândia e da Grécia são absolutamente insustentáveis a muito curto prazo, e o que é grave é que a Europa não consegue ter uma posição coerente e consensual.
Todos sabem que o que se pediu à Grécia era simplesmente impossível, e que com o fraco crescimento da economia europeia, ficou ainda mais impossível. Também era evidente que a mudança de práticas na Grécia ia levar algum tempo, e que dentro dos prazos acordados isso não iria acontecer, mas fingiu-se que ia ser possível.
A Alemanha e a Finlândia querem forçar ao máximo a situação, e o povo grego não está disposto a ceder muito mais, e muito menos em tempo útil.
Em caso de incumprimento da Grécia, que parece ser o mais provável se este braço de ferro prosseguir, o que se seguirá? Se bem conheço os mercados, também eles vão forçar mais a situação, e lá teremos mais uns ataques aos outros países europeus, e lá se vai o euro por água abaixo.
Lembram-se da Europa solidária e do tal princípio da subsidiaridade de que nos falaram quando alguém decidiu “aprofundar a nossa integração” europeia?
3 comentários:
Caro amigo, nunca fui defensora da integração de Portugal na União Europeia e sempre achei que seria catastrófico o abandono sistemático da agricultura e da pesca com os consequentes encerramentos de outras actividades que lhe andam associadas.
Parecia-me que Portugal iria ser uma estância de férias da Europa, sei lá, um "resort de luxo" da alta burguesia atendendo ao seu clima, praias... enfim, um paraíso para gente endinheirada.
Este modelo de união não iria ter sucesso, não vai ter e oxalá a sua fragmentação não venha a concretizar-se a curto prazo. É que o que está a acontecer à Grécia não me permite outra previsão que não seja um futuro catastrófico. A muito curto prazo!
Urge tomar outras medidas que não apenas o aumento de impostos e a redução de empregados na função pública( a pagar sempre a factura). Estamos , os que vivemos de ordenados e pensões, a afundar-nos rapidamente e irremediavelmente.Entretanto a economia definha, definha, definha...
Bem-hajas, Zé!
Abraço fraterno
Quem votou nesta Europa onde nos enfiaram a martelo? Quem nos prometeu uma Europa solidária?
Bjos da Sílvia
Quando estávamos orgulhosamente sós, estávamos na miséria. Entrámos na Europa e prometeram-nos que a nossa vida ia melhorar. E afinal estamos na mesma. Ou pior.
Um abraço
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