A Europa que sempre se arrogou de pergaminhos no campo social e cultural, continua a pretender manter essa imagem de fachada, mas caminha a passos largos para uma ditadura económica, a que por eufemismo classifica de economia de mercado.
Desde que as ideologias cederam passo ao pragmatismo tecnocrático, deixámos de lado os princípios os princípios básicos do Estado Social e da protecção dos direitos individuais, conquistados com muitos sacrifícios na segunda metade do século XX.
O discurso político dos nossos dias, ainda que eivado de novos termos, faria corar de vergonha qualquer estadista europeu do século passado, pois incide exactamente nos princípios contra os quais lutaram durante décadas. Que diriam eles de um acordo comercial com a China, apesar das violações dos direitos humanos e da falta de direitos laborais naquele país? E qual seria a sua reacção quanto à possibilidade de perda de direitos e o desregular das leis laborais, a pretexto da competitividade com os mercados orientais onde a exploração do trabalho é uma realidade?
O poder político está claramente subordinado ao poder económico, é uma evidência gritante traduzida no discurso meramente economicista com que nos brindam, e a competitividade que defendem e almejam, assenta em desigualdades de direitos sociais gritantes, que conduzem a Europa e os europeus a um modelo que é o chinês, e de que os cidadãos se começam lentamente a aperceber.
Será que os cidadãos europeus vão aceitar pacificamente esta “democracia achinesada” que os governos pretendem implementar?
Desde que as ideologias cederam passo ao pragmatismo tecnocrático, deixámos de lado os princípios os princípios básicos do Estado Social e da protecção dos direitos individuais, conquistados com muitos sacrifícios na segunda metade do século XX.
O discurso político dos nossos dias, ainda que eivado de novos termos, faria corar de vergonha qualquer estadista europeu do século passado, pois incide exactamente nos princípios contra os quais lutaram durante décadas. Que diriam eles de um acordo comercial com a China, apesar das violações dos direitos humanos e da falta de direitos laborais naquele país? E qual seria a sua reacção quanto à possibilidade de perda de direitos e o desregular das leis laborais, a pretexto da competitividade com os mercados orientais onde a exploração do trabalho é uma realidade?
O poder político está claramente subordinado ao poder económico, é uma evidência gritante traduzida no discurso meramente economicista com que nos brindam, e a competitividade que defendem e almejam, assenta em desigualdades de direitos sociais gritantes, que conduzem a Europa e os europeus a um modelo que é o chinês, e de que os cidadãos se começam lentamente a aperceber.
Será que os cidadãos europeus vão aceitar pacificamente esta “democracia achinesada” que os governos pretendem implementar?
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FOTO - PORTUGUÊS?
11 comentários:
amigo Zé Povinho toca um ponto que há muito intui. A "chinazação" da economia e da vida social europeia e da cultura ocidental. Repare que nunhum lider mundial, por mais importante que seja, se atreve a falar nos direitos humanos quando visita a China. tal é o tamanho da anaconda oriental na economia de todos os paises. O recente e triste episódio do Dalai Lama é apenas um exemplo...quantos mais haverá que não escrutinamos?
um abraço fraterno
António Delgdo
Esqueci-me de uma observação suscitada pelas imagens e é sobre o Scolari. Vamos ver se a Caixa Geral de Depósitos, não mudará a imagem publicitaria com ele e se não aparece para ai uma montagem a dar o famoso sopapo onde apareça o anagrama e dizeres da CGD.
endereço de novo o abraço ja deixado no anterior comentario
António
Infelizmente quando se trata de economia esquece-se muita coisa, neste caso da China ainda é pior, quando muitos olham para lá só conseguem ver negócios, por isso curvam-se ás vontades dos chineses.
Há quem fique de olhos em bico só de pensar nos muitos milhões de chineses como potencial mercado. Já me constou que até se vai incentivar a produção do arroz em detrimento de outros produtos alimentares, porque se vai provar em breve que a sua ingestão aumenta os níveis de produtividade.
Viva Mao
Nós não devíamos aceitar, pois não.
Mas não se vislumbra, a curto prazo, capacidade para dinamizar movimentos profundos de alteração social. Campeiam o egoísmo, o individualismo e o egocentrismo. Assim não vamos lá.
Os movimentos de contestação social, de luta por ideais e por direitos humanos, que na segunda metade do Séc.XX, tiveram alguma visibilidade e sucesso, aliando por vezes uma certa dose de idealismo, a uma espontaneidade natural, têm vindo a desaparecer. O Estado musculado não lhes dá tréguas, o poder do dinheiro sobrepõe-se aos direitos individuais.
Quanto ao achinesamento das relações entre o Estado e os indivíduos, faz-me temer novas Tiananmen, a muito curto prazo!
Aquele abraço infernal!
para lá caminhamos a passos largos... o conceito de estado social está a ser disvirtuado e será mais uma vez o zé povinho a sofrer as consequências...
as imagens estão muito ..muito boas..
cp's
Cada vez mais me convenço que não há socialistas, nem sociais-democratas, nem democratas-cristãos... Não há fachos nem comunas... Quando chegam ao poder são todos iguais! Apenas existe um poder... o dinheiro! O vil metal! Tudo gira à volta do dinheiro e de interesses económicos...
A Europa está perdida, mas felizmente , vejo uma chama de esperança na América Latina com a geração de Chavez ou Evo Morales, eleitos democraticamente, de países francamene menos evoluídos que o nosso, mas que não têm medo de fazer oposição aos EUA, à tão afamigerada "Economia de Mercado"...
Ah! E façam-me o favor de nunca enunciarem a China como Ditadura Comunista! Que regime verdadeiramente comunista comete tais atrocidades contra o direito laboral!?
Como disse... Só um poder interessa... DINHEIRO!
Não me alongo mais... Fica bem
Zé, não vês que anda todo o mundo distraído?
Além disso, ler dá muito trabalho, os jornais são caros...
Na tv assistimos àquelas debates na AR e ficamos a saber que está tudo bem. Chineses? Violação dos direitos humanos? Onde?
Ah.... na China, pois é, mas sabias que o Mourinho saiu do Chelsea?
Um abraço, amigo Zé.
Texto mais que certo, mais que claro, com as dimensões certas. Retive! Obrigado!
A era do TER tudo converte, tudo transforma, tudo corrompe.
Um abraço.
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