Enquanto se reuniam no Porto os ministros das Finanças da União Europeia, Nicolas Sarkozy antecipa-se e ataca a actuação do Banco Central Europeu em entrevista dada ao Le Monde. Curiosamente, um dos visados nas suas críticas é precisamente Jean Claude Juncker, que ele próprio ajudou a eleger para presidente do Eurogrupo.
No seu estilo sensacionalista, veio afirmar aquilo que já se sabia, que “achava estranho que o BCE tenha injectado dinheiro nos mercados financeiros sem baixar as taxas de juro”, acrescentando que “foram criadas condições para facilitar a actuação dos especuladores, ao mesmo tempo que se dificultou o trabalho dos empreendedores”.
Os ministros das Finanças vieram naturalmente dizer que estavam de acordo com a estratégia do senhor Jean Claude Trichet, presidente do BCE, ou não estivessem eles ligados ao mundo da alta finança.
Analisando a questão por outro prisma, ainda que não se goste do sr. Sarkozy, a verdade é que o investimento no tecido empresarial europeu não acompanha o volume de proveitos gerados, continuando no entanto a aumentar na actividade especulativa e na deslocalização para territórios asiáticos. As consequências são sentidas sobretudo no campo do desemprego que, depois de um ligeiro abrandamento, mostra tendências para aumentar, nos salários que tendem a baixar em valor real, e no aumento dos encargos familiares e empresariais devido aos aumentos dos juros reais.
A política monetária agora adoptada coloca em risco toda a economia europeia, que já não enfrenta só o risco real do aumento do petróleo, mas também o aumento dos juros, a valorização excessiva do euro e a perda da competitividade dos seus produtos. É interessante que o aviso tenha vindo precisamente da boca de Sarkozy, um politico conservador.
Agradecimento ao amigo JADL
No seu estilo sensacionalista, veio afirmar aquilo que já se sabia, que “achava estranho que o BCE tenha injectado dinheiro nos mercados financeiros sem baixar as taxas de juro”, acrescentando que “foram criadas condições para facilitar a actuação dos especuladores, ao mesmo tempo que se dificultou o trabalho dos empreendedores”.
Os ministros das Finanças vieram naturalmente dizer que estavam de acordo com a estratégia do senhor Jean Claude Trichet, presidente do BCE, ou não estivessem eles ligados ao mundo da alta finança.
Analisando a questão por outro prisma, ainda que não se goste do sr. Sarkozy, a verdade é que o investimento no tecido empresarial europeu não acompanha o volume de proveitos gerados, continuando no entanto a aumentar na actividade especulativa e na deslocalização para territórios asiáticos. As consequências são sentidas sobretudo no campo do desemprego que, depois de um ligeiro abrandamento, mostra tendências para aumentar, nos salários que tendem a baixar em valor real, e no aumento dos encargos familiares e empresariais devido aos aumentos dos juros reais.
A política monetária agora adoptada coloca em risco toda a economia europeia, que já não enfrenta só o risco real do aumento do petróleo, mas também o aumento dos juros, a valorização excessiva do euro e a perda da competitividade dos seus produtos. É interessante que o aviso tenha vindo precisamente da boca de Sarkozy, um politico conservador.
Agradecimento ao amigo JADL
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FOTOS - ESTRATÉGIA DA ARANHA
9 comentários:
E a banca tudo domina. Outro poder!
Beijinhos
O poder do dinheiro e de quem o manipula é, hoje em dia um facto incontestado.
E sempre nas mãos dos mesmos, de quem muito tem, de quem sofregamente quer sempre mais...
Infelizmente!
Bonitas fotos e cartons Zé.
Um abraço!
vindo de sarkozy até causa 1 pouco estranheza de facto... mas de facto o retorno dos investimentos nas hiper empresas europeias está muito aquem do que seria desejavel...
o mundo global com as vantagens inerentes e que são sobejamente conhecidas trouxe também o perigo da volatilidade e especulação de capitais... que têm naturalmente consequências nefastas...
cp's
Não me admira que os ministros das Finanças tivessem tido a reacção que tiveram.
E muito menos me espanta que o Presidente da República francês tenha dito o que disse. Sarkozy, com um estilo muito próprio diga-se (mas que, aqui e ali, é digno de encómios), tenha a sua agenda, as suas ideias e parece querer marcar pontos a seu favor.
O que tudo isto prova é que as plutocracias que nos governam pouco ou nada querem saber das pessoas. Estamos reduzidos ao mínimo, embora continuemos na doce ilusão de pensarmos que valemos muito. Da maneira que as coisas estão, isolados não valemos nada!!!!
Toda a economia europeia não, segundo o um nosso "iluminado" ministro, somos tão pequenos que essa crise não nos atinge, será que o homem também é humorista ?
Tiago
A única pergunta que me apetece fazer é a seguinte: para onde vai o ministro quando deixar de o ser? Talvez se saiba se é humorista, incompetente, ou defensor de interesses.
Abraço do Zé
Zé, hoje fico-me pela obervação das aranhas. Repelentes mas vistas assim, no mistério do tecer daquelas teias, fico a pensar nos poderes da natureza... Corta!
Mas de Sarkozy não me apetece falar.Nem do resto. Desculpa-me.
Um abraço amigo.
Nós não paramos de levar nas lonas só que há quem não queira assumir isso. Quanto a Sarkozy e à sua condição de conservador.... mais conservador que José Sócrates?
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