domingo, setembro 23, 2007

PATRÕES PORTUGUESES

Depois de Ludgero Marques temos agora a CIP a bater na mesma tecla, o trabalho precário. Já não lhes basta a possibilidade de “usar e deitar fora” que já lhes é permitida, agora reprovam até a ideia de lhes ser retirados os apoios a este tipo de contratação.
Talvez haja quem não saiba, mas há muitos contratadores de pessoal a termo, que por praticarem este tipo de contratação, beneficiam de benesses nas prestações sociais e nos impostos, ao contrário do que se passa com outros que têm pessoal efectivo nos quadros das suas empresas.
Curioso é o termo utilizado nesta contestação da CIP, já que fala em “políticas activas de emprego”, quando defende uma política de exploração de mão-de-obra com contratos de curto prazo, indefinidamente como já se verifica, e ainda por cima com apoios governamentais.
Note-se que nem sequer falam na injustiça, que é para alguns patrões que contratam pessoas para os quadros das suas empresas, sem qualquer destes benefícios que reclamam.
A consciência social não é uma característica deste tipo de patrões, nem este tipo de gestão de recursos humanos, com a grande rotatividade que se pratica actualmente, será benéfica para as empresas, porque os profissionais experientes já começam a escassear, e a formação custa dinheiro e demora algum tempo.
O choque que é necessário é o choque de mentalidades, e os nossos patrões bem precisam de as mudar.

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FOTOS - INSECTOS
Crimeaphil

Andy_Ko

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CARTOON

Pat Bagley

Bado

9 comentários:

Pata Negra disse...

-Eh pá, eu tenho uma empresa a pensar nos trabalhadores, eu passo o tempo a trabalhar para os trabalhadores.
Enganou-se a falar, queria dizer:
- Eu passo o tempo na empresa a pensar em trabalhar os trabalhadores!

Anónimo disse...

Mas desde qd alguem abre uma Empresa para pensar nos trabalhadores que tem que lá ter?

As grandes empresas é a mesma coisa...Enfim, o chamado Capitalismo.


;-)

Tiago R Cardoso disse...

Parece que para muita gente os lucros não chegam, é preciso espremer mais ainda.

José Lopes disse...

Os insectos e o Mickey são apropriados quando se fala de gananciosos. Os tipos deviam ser obrigados a um esforço maior ao nível das prestações sociais, porque este tipo de contratos só os beneficia a eles. REPARTIÇÃO da riqueza, saberão eles do que se trata?
Cumps

José Lopes disse...

Adenda. A música, de que me tinha esquecido. Cabaret, também muito a propósito.
Cumps de novo

Zé Miguel Gomes disse...

Creio que o mal é geral e com raízes profundas... Não me perguntes como se muda, não sei :(

SILÊNCIO CULPADO disse...

Estamos numa época em que o valor do dinheiro já não é só para os lautos prazeres da vida em que alguns se inundam. precisam sempre mais de símbolos de distintividade em relação aos outros mortais. Para isso faz-se o que for preciso: espremem-se euro a euro os trabalhadores, põe-se a consciência no prego e, se não chegar para tudo o que se quer, recorre-se a expedientes ilícitos. Vale tudo.

paginadora disse...

Amigo Zé

Este pessoal tem alguma preocupação para quem trabalha para eles? São um bando de vigaristas gananciosos, que vivem à custa do trabalho dos outros.

Consciência social? Ná. Nada disso existe para quem vive apenas para sugar, até à última gota o seu alimento diário: o sangue e o suor dos outros.

Um abraço e uma boa semana.

Isamar disse...

E mudar mentalidades leva tanto tempo! Às vezes nem com tempo mudam. E assim vão os trabalhadores de mal a pior.
Beijinhpos