Talvez o viagra fosse bom para o cavaco não ficar tão pequeno à frente do alberto. Sim todo ele ficaria grande, esses comprimidos não são para fazer crescer o cavaco?!
Só ainda não percebi se a maior parte do pessoal anda a falar do Código de Processo Penal ou do Código Penal? O amigo, por acaso, sabe de que falam quase todos por aí? É que eu acho que alguns andam perdidos, ms aqui entre nós dar uma vacatio legis de 15 dias ao Código de Processo Penal e 180 dias ao novo Regime Jurídico da Urbanização e Edificação não lembrava ao diabo... quer dizer, lembrou a alguém...
Fala-se do Código do Processo Penal (CPP), evidentemente. Eu como muitos outros portugueses, pensamos que com as alterações introduzidas, mormente em relação a prazos, e atendendo à morosidade dos processos de investigação, que são o que são, arriscamo-nos a ter em liberdade muitos indivíduos que terão eventualmente cometido crimes graves, porque as investigações ainda não tiveram tempo de ser concluidas. Por esta malha larga vão previsivelmente passar sobretudo os crimes de colarinho branco, onde a obtenção de prova é complexa e morosa, onde há falta de investigadores e onde se vêem envolvidos alguns advogados de defesa e meios financeiros que garantem uma série de manobras dilatórias que fazem arrastar ainda mais os processos. Abraço do Zé
Amigo Zé Povinho, quando questionava a confusão era, evidentemente, a da Comunicação Social. O desgraçado do Código Penal não tem nada a ver. A sua perspectiva tem razão de ser e penso que deveria ter sido ponderada. E equacionada. Como contributo, não posso deixar de levantar o outro lado da questão... quantos cidadãos ficam com a espada de Damócles suspensa sobre a cabeça, estando inocentes ou sem possibilidades de nada fazerem, por causa da morosidade dos inquéritos? No fundo, penso que o legislador fez o que fez sem olhar a consequências, mas que agora há por aí muito aproveitamento e empolamento. Ele até o homem de Santa Comba já era libertado em Dezembro e isto em grandes parangonas... um dia depois, mais discretamente, não vá as pessoas perceberem, já não era assim. Mais uma vez, temos a nossa Comunicação Social com o habitual frenesim de ver quem desencanta mais uma... e, dessa maneira, muitas vezes lá vai a objectividade pelo cano abaixo. Eu, que no dia-a-dia lido com questões de Direito (mais Administrativo), confesso que ainda não consegui ler tudo o que fizeram o favor de publicar em Agosto, muito menos o Código de Processo Penal. Mas do que li, há uma coisa que já percebi: continua a insistir-se numa redacção enviesada das coisas, pouco clara e susceptível de mil interpretações e mil e uma dúvidas....
Caro Quintino Claro que as garantias são uma peça fundamental do Direito, e apresunção da inocência também. O que me pergunto, e nãotenho qualquer experiência neste campo, é se houve cautelas suficientes a anteceder estas alterações, ou se pelo contrário se está a simplificar demasiado, para apresentar alguns números estatísticos mais favoráveis a quem governa. Saliento a frase "continua a insistir-se numa redacção enviesada das coisas, pouco clara e susceptível de mil interpretações e mil e uma dúvidas....", que é bem sintomática do que antes afirmei. Abraço do Zé
A minha versão é de que se trata de um incentivo declarado à criminalidade. A triste tradição de uma Justiça lenta e pouco abrangente elevada ao expoente máximo de descredebilização. Abraço do Corcunda.
Olá Zé. Se soubesse deste post já cá tinha vindo antes, rir para melhor dispor o dia. Que máximo esses cartoons! E que eficiência, comprovada no tamanho do nariz ... Quanto ao CPP, subscrevo o nosso amigo Corcunda. Um beijinho Maria
Não sou especialista em matérias de direito. Não é a minha área nem tive sequer contacto directo com as mesmas. Quando tenho que recorrer a um advogado ele dá-me sempre uma visão diferente da que eu tenho. Mas sou um cidadão comum que sente na pele estas confusões todas em que estamos metidos. Isto é assim: se libertam ou não libertam o homem de Santa Comba não é relevante, o que é relevante é que, à pala desta nova lei, já estão muitos cá fora que não deviam estar. E representam um perigo indiscutivelmente. Continuo a defender que as sociedades não se regeneram através das sanções. Há que ir às causas dos comportamentos desviantes e actuar sobre elas. Mas isso iria conduzir a uma maior justiça social que não se pretende que exista. Bom mas a questão é esta: as pessoas que cometem determinados crimes representam um perigo quando atiradas para uma sociedade que não as recupera, e com experiências de prisão que refinam as suas tendências criminosas. Depois temos as forças de segurança que receando represálias vão ser mais cautelosas no exercício das suas funções. Tudo somado é insegurança para o cidadão comum.
13 comentários:
Talvez o viagra fosse bom para o cavaco não ficar tão pequeno à frente do alberto. Sim todo ele ficaria grande, esses comprimidos não são para fazer crescer o cavaco?!
LOL...o Goraz cumpriu!
Qt ao nariz do Viagra...Ahahahah
ABraço
da
SUL
Meu malandro. Isso é o monopólio dos amigos todos. Os últimos artigos, catoon's e fotografias estão muito bons.
Cumps
Só ainda não percebi se a maior parte do pessoal anda a falar do Código de Processo Penal ou do Código Penal?
O amigo, por acaso, sabe de que falam quase todos por aí?
É que eu acho que alguns andam perdidos, ms aqui entre nós dar uma vacatio legis de 15 dias ao Código de Processo Penal e 180 dias ao novo Regime Jurídico da Urbanização e Edificação não lembrava ao diabo... quer dizer, lembrou a alguém...
Fala-se do Código do Processo Penal (CPP), evidentemente. Eu como muitos outros portugueses, pensamos que com as alterações introduzidas, mormente em relação a prazos, e atendendo à morosidade dos processos de investigação, que são o que são, arriscamo-nos a ter em liberdade muitos indivíduos que terão eventualmente cometido crimes graves, porque as investigações ainda não tiveram tempo de ser concluidas. Por esta malha larga vão previsivelmente passar sobretudo os crimes de colarinho branco, onde a obtenção de prova é complexa e morosa, onde há falta de investigadores e onde se vêem envolvidos alguns advogados de defesa e meios financeiros que garantem uma série de manobras dilatórias que fazem arrastar ainda mais os processos.
Abraço do Zé
15 dias são mais do que suficientes, afinal os nossos tribunais estão vazios e os juizes sem nada para fazer.
Amigo Zé Povinho, quando questionava a confusão era, evidentemente, a da Comunicação Social.
O desgraçado do Código Penal não tem nada a ver.
A sua perspectiva tem razão de ser e penso que deveria ter sido ponderada. E equacionada.
Como contributo, não posso deixar de levantar o outro lado da questão... quantos cidadãos ficam com a espada de Damócles suspensa sobre a cabeça, estando inocentes ou sem possibilidades de nada fazerem, por causa da morosidade dos inquéritos?
No fundo, penso que o legislador fez o que fez sem olhar a consequências, mas que agora há por aí muito aproveitamento e empolamento.
Ele até o homem de Santa Comba já era libertado em Dezembro e isto em grandes parangonas... um dia depois, mais discretamente, não vá as pessoas perceberem, já não era assim.
Mais uma vez, temos a nossa Comunicação Social com o habitual frenesim de ver quem desencanta mais uma... e, dessa maneira, muitas vezes lá vai a objectividade pelo cano abaixo.
Eu, que no dia-a-dia lido com questões de Direito (mais Administrativo), confesso que ainda não consegui ler tudo o que fizeram o favor de publicar em Agosto, muito menos o Código de Processo Penal. Mas do que li, há uma coisa que já percebi: continua a insistir-se numa redacção enviesada das coisas, pouco clara e susceptível de mil interpretações e mil e uma dúvidas....
Caro Quintino
Claro que as garantias são uma peça fundamental do Direito, e apresunção da inocência também. O que me pergunto, e nãotenho qualquer experiência neste campo, é se houve cautelas suficientes a anteceder estas alterações, ou se pelo contrário se está a simplificar demasiado, para apresentar alguns números estatísticos mais favoráveis a quem governa.
Saliento a frase "continua a insistir-se numa redacção enviesada das coisas, pouco clara e susceptível de mil interpretações e mil e uma dúvidas....", que é bem sintomática do que antes afirmei.
Abraço do Zé
A minha versão é de que se trata de um incentivo declarado à criminalidade.
A triste tradição de uma Justiça lenta e pouco abrangente elevada ao expoente máximo de descredebilização.
Abraço do Corcunda.
Olá Zé.
Se soubesse deste post já cá tinha vindo antes, rir para melhor dispor o dia. Que máximo esses cartoons!
E que eficiência, comprovada no tamanho do nariz ...
Quanto ao CPP, subscrevo o nosso amigo Corcunda.
Um beijinho
Maria
ora aqui está um post excepcional!
cp's
Não sou especialista em matérias de direito. Não é a minha área nem tive sequer contacto directo com as mesmas. Quando tenho que recorrer a um advogado ele dá-me sempre uma visão diferente da que eu tenho. Mas sou um cidadão comum que sente na pele estas confusões todas em que estamos metidos. Isto é assim: se libertam ou não libertam o homem de Santa Comba não é relevante, o que é relevante é que, à pala desta nova lei, já estão muitos cá fora que não deviam estar. E representam um perigo indiscutivelmente. Continuo a defender que as sociedades não se regeneram através das sanções. Há que ir às causas dos comportamentos desviantes e actuar sobre elas. Mas isso iria conduzir a uma maior justiça social que não se pretende que exista. Bom mas a questão é esta: as pessoas que cometem determinados crimes representam um perigo quando atiradas para uma sociedade que não as recupera, e com experiências de prisão que refinam as suas tendências criminosas. Depois temos as forças de segurança que receando represálias vão ser mais cautelosas no exercício das suas funções. Tudo somado é insegurança para o cidadão comum.
os patões não sabem outra musica, facilidades de despedimento,saber gerur é mais dificil
saudações amigas
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